O que não nos mata torna-nos mais fortes
(Só alguns vão entender)
Ninguém desconhece que a vida prega-nos partidas, de um
momento para o outro, sem contarmos com isso. Mas são essas partidas, que dão
esse sabor de existência. A mim particularmente, acalentam-me a alma,
desafiam-me. Tenho o péssimo defeito de acreditar nas pessoas, sempre
acreditei. Há pessoas que, de tempos-em-tempos, cruzam a nossa linha de vida e,
nas quais, acreditamos serem as “tais”, as
amigas. Não raras vezes, deparamos que, afinal nos enganamos e, são as tais
sim, as aranhas que nos tecem o mais
bonito “véu” e ficam à espera de nos
ver cair nele. Admito que já caí em alguns véus, de bonitos que eles eram, mas
sempre soube e consegui sair deles. Dói-me imenso, a unha do dedo mindinho do
pé esquerdo, quando me pisam o calcanhar do pé direito. De há duas semanas para
cá, “umas aranhas” em quem acreditava e julgava amigas, têm-me pisado, não o
calcanhar, mas o pé inteiro, agora imaginem, as dores que isso me provocou e
onde.
Não, não me provocaram dor nenhuma, porque estas aranhas, não
têm peso suficiente para mim, são insignificantes de mais, o seu veneno apenas
me provocou uma comichão, não há nada melhor, que um bom sapato, com sola de borracha,
como os que eu uso, para as esmagar. Tentaram, mas como diz o ditado, “o que não nos mata torna-nos mais fortes “
e a mim, indubitavelmente, tornou-me muito mais forte, muito mais mandão. Sou
mandão porque trabalho e faço acontecer. Pena que outros, ou outras, que não
trabalham nem fazem acontecer, queiram antecipadamente mandar.
Já outros(as), aranhas entenda-se, muito mais fortes que
estes(as) tentaram noutras ocasiões, “matar-me” e nunca conseguiram. Sou imune
a venenos de aranhas e forte o suficiente para seguir, se quiser, com o
trabalho que me prende, que me enche de satisfação e de orgulho, mas não sei se
quero continuar preso. Estou nesta prisão, voluntariamente,
há já oito anos, talvez tenha chegado o tempo de me libertar.