quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Para que a culpa não morra solteira

 

Já vai longa esta guerra entre a Rússia e a Ucrânia, versus Putin/Zelenskyy, que nos envolve a todos, e que infelizmente, está aí para durar.

Ontem, dia 15/11/2022, ao fim do dia, princípio da noite, enquanto decorria na Indonésia o encontro dos G20, éramos surpreendidos pelo “ataque” da Rússia a um país da Nato, Polónia.

Este “ataque”, provocou a consternação mundial, reuniões urgentes dos “governos” apelos à calma por parte da China o escalar da ameaça e do medo de uma provável retaliação, instalou-se entre nós, dando origem à provável 3ª guerra mundial

A Rússia veio logo dizer que não tinha nada a ver com este “ataque” e que esta “noticia” era uma “provocação”. Uns acreditaram, outros negaram e outros duvidaram. Incluo-me no terceiro grupo, embora mais inclinado para os que não acreditavam neste ataque por parte da Rússia.

Já aqui manifestei a minha opinião sobre o “Sr.” Putin, não é de todo um “santo”, bem pelo contrário, é um diabo, um megalómano, um louco, e a prová-lo estão os contínuos ataques com misseis à Ucrânia.

Mas, todo o louco tem momentos de lucidez, e, apesar de toda a sua retórica de ameaças com armas nucleares, não ia considerar ser este o momento, para provocar uma ataque/retaliação por parte da Nato às suas forças, sabe que neste momento está em desvantagem.

Porque é que o míssil caiu na Polónia?

Quem o lançou/mandou lançar, e o fez cair na Polónia, o que esperava que acontecesse no imediato?

Já se sabe, passadas menos de vinte e quatro horas que o míssil foi lançado da Ucrânia e a sua queda na Polónia foi devido a “erro” não tendo havido intenção de “ataque”.

Erro?, foi mesmo erro, ou houve intenção de provocar uma reacção imediata por parte da Nato, quando a Ucrânia estava a ser fustigada por ataques maciços de misseis e decorria o encontro dos G20?

Zelenskyy veio logo “defender” que este “ataque” por parte da Rússia, na versão dele, era um ataque e uma ameaça aos países “irmãos” da Nato. Fica claro que ele pretendia no imediato uma resposta/retaliação da Nato. No fundo queria a “internacionalização” da guerra, como sempre defendeu e quis, tendo visto nesta brecha a “oportunidade”. Nunca lhe bastou a ajuda em armamento e dinheiro, por parte do ocidente. Ele quer o total envolvimento.

De salientar que a Rússia veio no imediato dizer que o míssil não tinha sido lançado por eles, tentando deste modo “apaziguar” um pouco a situação. Claro que houve conversas diretas ente Putin e Biden, só assim se compreende a “passividade” e o não acreditar por parte do Biden de que a Rússia tivesse a intenção de escalar a este nível a guerra.

Zelenskyy, já veio admitir o “erro” e pedir desculpa pelo “incomodo” que provocou?

Já pediu desculpas aos familiares dos polacos mortos?

O governo polaco já exigiu um pedido de desculpas ao Zelenskyy?

O Zelenskyy já nos pediu desculpa a todos nós? Eu quero no mínimo um pedido de desculpa.

À hora que escrevo este artigo de opinião ainda não o tinham feito.

Compreendo que ele, Zelenskyy, e os ucranianos estejam cansados e fartos desta guerra, como aliás todos nós estamos.

Compreendo que ele não esteja satisfeito com a destruição do seu país, das suas cidades. Como nós não estamos.

Compreendo que ele lamente as inúmeras perdas de vida de militares e civis. Como nós lamentamos.

Mas, o nós sermos solidários com a “sua dor” não lhe dá o direito de iniciar a 3ª guerra mundial, e provocar a destruição de todos nós.

Não se “inventem” desculpas de erros. Aqui houve uma intenção clara de “alastrar” a guerra no imediato aos países da Nato e em consequência mundial.

Já diz o povo os erros pagam-se caros. Se houve erro tem de ser “pago” e bem caro.

Esta intenção ou erro, tem de obrigatoriamente ser sancionada. Como? – Não sei! O que sei é que não pode haver uma segunda tentativa, para que a “culpa não morra solteira”.

Defendo que a Rússia nunca devia ter iniciado esta guerra.

Defendo que a Rússia não pode ganhar esta guerra.

Com a mesma convicção defendo que esta guerra tem de parar e já, antes que seja tarde demais.