sábado, 18 de maio de 2024

Democracia a funcionar/Liberdade de expressão

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Há algum tempo que não faço nenhuma publicação, não por falta de temas, que esses, têm havido muitos. Talvez por preguiça, talvez por falta de interesse em me pronunciar ou talvez como é sabido por aquele que me “seguem” mais de perto, tenho andado noutros interesses, já que, de vez em quando é preciso diversificar, para não nos cansarmos. 

Sejam pelos motivos que forem, hoje apeteceu-me escrever qualquer coisinha, sobre o assunto que domina a actualidade politica, e não, não é sobre o Sebastião Bugalho, esse não me interessa para nada.

Ontem (17/05/2024) André Ventura propôs na Assembleia da República, (AR) que se abrisse um processo crime contra o presidente da república, pelos crimes de traição à pátria, entre outros, proposta essa que foi rejeitada pela assembleia, sabendo de antemão, já que é jurista, doutor em leis, e como ele mesmo reconheceu em entrevista, antes de apresentar tal proposta que, a “discussão” apresentada pelo presidente da república, não configurava tais crimes. Dizia que tinha pareceres que “defendiam” o cometimento de crimes por parte do presidente da república, mas, não apresentou nenhum. Há uma nítida má fé e vontade de denegrir a imagem do PR e difamá-lo.

Eu não imagino sequer onde o Sr presidente da república foi “buscar” tão brilhante e imaginativa ideia. Será que ele se sente devedor de alguma coisa? Ou o pai dele enquanto governador de Moçambique. Será que o pai dele, trouxe, (roubou) os pretos? Então que pague do seu bolso e devolva o que não lhe pertence.

Eu enquanto português não me sinto devedor de coisíssima nenhuma

O Sr presidente da república parece esquecer factos históricos relevantes, as ex. colónias ultramarinas, incluído o Brasil, Timor, Índia (Goa, Damão e Diu), Macau, à data dos acontecimentos eram território português, logo tudo o que possa ter vindo de lá e lá ter ficado, era português.

- Ah! E a escravidão? – a escravidão, era infelizmente, um “comércio” como era o ouro, as especiarias, etc.

Porque é que temos de ser nós, hoje, ou os nossos filhos a pagarem por o que era tido como a normalidade?

Não! não me sinto culpado de coisíssima nenhuma, por isso, não me sinto na obrigação, enquanto português, de pagar ou devolver o quer que seja. Considero que foi mais um delírio do “nosso” presidente da república.

Como foi dito pelo Miguel Sousa Tavares na 5ª coluna o que o André Ventura fez foi uma denúncia caluniosa sendo crime público independentemente da pessoa, sendo neste caso o presidente da república ainda se torna mais grave. Sendo crime público, não carece de queixa, então do que está à espera o ministério público, para iniciar um processo crime contra André Ventura?

Verdade que o presidente da república também desvalorizou/desvaloriza a “proposta” de André Ventura, dizendo é a “democracia a funcionar”.

Já diz o ditado: - “Quem não se sente, não é filho de boa gente”.

Estas “gentes” não são de facto, filhos de boa gente. Nem a dignidade, nem a honra defendem.

Também ontem, o André Ventura, na assembleia da república, chamou de preguiçosos os turcos. Caiu o santo e a trindade, todos se levantaram e puseram as mãos a deus. O “deus”, presidente da assembleia da república, desvalorizou e perdoou o “pecado”, chamando-lhe “liberdade de expressão”, e que ele não é sensor. Afinal, a (AR) está em sintonia com a santa madre igreja e o santo padre. Aqui cabem todos, todos, todos. Amém! .

Os “santos”, continuam a não acreditar que na AR, cabem todos, todos, todos, por mais que pequem.

Já ouvi coisas bem piores, “nesta igreja” (AR) e ainda não vi nenhum expulso.

Se os “santos” da AR estão tão indignados quer com os “pecados”, as palavras de André Ventura quer com as do presidente da “igreja” por permitir e “defender” as mesmas, já um antigo provérbio diz que: “tão ladrão é quem vai à horta, como que fica à porta” porque não apresentam queixa contra estes? Assim talvez calassem a “liberdade de expressão”