quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

AS QUATRO FACES DE UMA MOEDA


MUITOS ODEIAM A TIRANIA APENAS PARA QUE POSSAM ESTABELECER A SUA
Platão

Não sou especialista em política, menos ainda em política internacional, aliás não sou especialista em coisa nenhuma, mas isso não faz de mim uma pessoa sem opinião.
É isso que aqui vou expressar, porque sou livre, ou assim me considero, bom, talvez nem tanto, mas isso são outros “quinhões”. Estou em crer que, não errarei muito e, se bem pensado por todos vós, certamente partilhareis do mesmo pensamento.
O que se passa na Venezuela?
O que é a Venezuela?  
Como chegou e porque se encontra a Venezuela nesta encruzilhada?
Nestas coisas, como em quase todas na vida, há no mínimo três pontos de vista, o meu, o teu, e o do outro. Ou seja, o certo, o errado e o neutro. E sim, e por esta ordem que eu nestas coisas não me engano e raramente tenho dúvidas.
Para respondermos à pergunta, como chegou a Venezuela a esta encruzilhada, temos de saber o que é a Venezuela. A resposta é, simplesmente, a maior reserva provada de petróleo do mundo, repito MUNDO. Como se isto só por si não fosse suficientemente grande, acontece que a Venezuela, melhor dito, o seu petróleo está a quatro ou cinco dias de navio das refinarias do Texas. Em comparação o petróleo do médio oriente está a trinta e cinco dias de navio dos EUA.
Então, certamente, já estarei em condições de responder à primeira pergunta- O que se passa na Venezuela?Simplesmente a luta e disputa por uma riqueza “infindável”. Lamento desiludi-los, no meu entender, não é a fome do povo Venezuelano o problema deste país, não é a inflação nem todos os problemas sociais, nem sequer é a ditadura ou a democracia, é a luta e disputa pelo poder económico, é a sagacidade, esse é o problema. Estou em crer que, nem sequer  é Nicolas Maduro, ou talvez seja, mas só, pelo facto de não querer ceder ao que se julga o todo poderoso Donald Trump ou seja os EUA. Devo confessar que, não nutria muita simpatia, direi mesmo, nenhuma simpatia por Nicolas Maduros, como não nutria pelo seu antecessor. Hoje, admito sentir essa simpatia. HEMM!
Como chegou a Venezuela a esta encruzilhada, um país rico, não, rico é pouco, riquíssimo, a uma situação onde o povo passa fome, onde faltam todos os bens necessários a uma natural e saudável vida. Chegou porque os EUA, Europa, Canadá, e outros, no fundo os que se julgam donos do mundo entenderam boicotar tudo o que é essencial, desde géneros alimentares, medicamentos e capitais (dinheiro) que é dos Venezuelanos para que um país possa viver em paz, harmonia e felicidade.
Há fome na Venezuela? HÁ.
Resolve-se com a dita ajuda humanitária? NÃO
Foram as forças de Nicolas Maduro que incendiaram os camiões da dita ajuda humanitária? É minha convicção que NÃO. Os camiões estavam na Colômbia não na Venezuela. Não nos esqueçamos do que se passou no Iraque, na Líbia, agora também na Síria, a propósito das armas atómicas, ou outras mentiras que eles criaram para nos fazerem acreditarem que têm sempre razão. Não, não têm, são mentirosos compulsivos, e para estes ditos, há um lugar onde devem estar, na prisão, no hospital psiquiátrico, com internamente para toda a vida, ou no cemitério. Estes mentirosos compulsivos, depois de terem assassinado o que eles diziam ser os tiranos dos povos que invadem ou invadiram, como agora dizem de Nicolas Maduro, para restabelecer a liberdade e democracia todos nós sabemos como se encontram estes países.    
Deixemo-nos de hipocrisias e mentiras, deixemos de ser ovelhas, se realmente os EUA, e os seus correligionários pensassem no povo Venezuelano e nos povos que estão em guerra e passam fome e quisessem acabar com a fome destes povos, BASTAVA, sim BASTA que acabem com as sanções imposta, não façam a guerra neste países. Não tenho dúvidas que, este grande país que é a Venezuela, voltaria a ser aquilo que já foi. Um GRANDE PAÍS. Aos portugueses que ainda se encontram na Venezuela e aos que voltaram, e aos Venezuelanos, lutem para que acabem as sanções impostas e lhe devolvam o que é do povo Venezuelano.
Os tiranos só o são porque os deixamos ser.  








sábado, 23 de fevereiro de 2019

Ao Mais Alto Nível


“À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”

Todos os dias deparamos com programas nas televisões, a denunciarem, e penso que bem, situações de desmandos que o mesmo é dizer corrupção. É a TVI a falar dos casos da câmara de Pedrógão Grande, e ontem, dia 22 é a RTP a falar da câmara de Elvas. Sou Elvense, embora não residente, e confesso que gosto que falem de Elvas nas televisões, nas rádios, nos jornais em tudo que seja sitio mas, naturalmente, para continuarem a Elevar Elvas e não a reduzi-la.
O que está em causa é um concurso para contratação de 82 empregados da Câmara, a questão é?
- Seriam mesmo necessários, todos esses empregados? Claro que uns, ou quase todos, estes uns ou quase todos, são naturalmente os que concorreram, ou os seus familiares, dirão que sim, já que a câmara abriu concurso. A minha reflexão é, e, se em vez de ser a câmara, se fosse uma empresa, sentiria a necessidade de fazer um concurso ou admissão, para de uma assentada contratar 82 pessoas? Esta reflexão poder-nos-ia levar a outras, mas de momento não é esse o objectivo.
- A notícia ou denúncia é a de que, eventualmente, houve ou há conluio para empregar, dar segurança, ou como diz o vice presidente da câmara trazer para mais perto da família, e dar estabilidade profissional às pessoas que lhe são próximas. E a proximidade familiar e estabilidade profissional dos outros onde fica? Pergunto-me quando os autarcas, e não só, concorrem aos vários “poleiros” e não pelouros e são eleitos, eles dizem que estão a concorrer para assegurarem a proximidade familiar e assegurarem a estabilidade profissional sua e dos que lhes são próximos?
A meu ver, e, certamente no ver de pessoas íntegras, e desconheço a lei, mas certamente também esta, não impede que, os amigos e familiares dos que já ocupam lugares de topo ou não, de concorrer e poderem vir a ser admitidos nos quadros, ou lugares, dos organismos para os quais estão a concorrer.
Tudo será certamente possível se feito com legalidade, legitimidade e transparência e neste caso, parece-me que há falhas, no mínimo a transparência. Senão vejamos, desconheço quantas pessoas concorreram no total aos vários lugares. O que se sabe pela noticia, é que foram admitidas 82 pessoas e das quais, 27 são familiares ou amigos de pessoas do topo, na hierarquia da câmara ou de funcionários. O meu pensamento vai para quantas pessoas amigas ou familiares destes, topo ou funcionários, concorreram? Houve algum familiar ou amigo destes, que porventura não tenha entrado? Os 27 que entraram foram o total dos familiares e amigos que concorreram? Porque é que parte das provas foi feita por uma empresa externa e outra parte por um júri composto por elementos do topo da hierarquia da câmara e que tinham familiares e amigos a concorrem? Estas pessoas não se deviam escusar a fazer parte desse júri? Só depois da resposta a estas perguntas poderemos concluir se houve ou não, conluio na atribuição dos lugares. No entanto, e já diz o ditado “ Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é burro ou não tem arte” e aqui parece-me que não há burros. Está bem de ver que há interesses, cego não é o que não vê, mas o que não quer ver. “À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”
Já agora permitam-me só mais uma reflexão. Acham que se um pai ou mãe ou outro familiar qualquer for por exemplo bêbado, alcoólico, o filho ou filhas têm de o ser também, ou são-no?
Se entendem que não, acham que só por ser filho(a) de bêbados não pode falar dos bêbados e chamar a atenção para esta “doença social”, então por que motivo uma jornalista não pode chamar a atenção para outra doença social que é a corrupção.