quinta-feira, 7 de março de 2019

Mais que um GRITO o meu SUSSURRO











"A violência doméstica tem de ter um fim, o combate a este fenómeno é um desafio colectivo da sociedade e que a evocação das vítimas constitui um começo de acção". 
António Costa (Primeiro.ministro)

Ahahahahhaahah, sim, rio-me da hipócrita pública e política. Não, não me rio das vítimas, mulheres ou homens, com esse eu choro. Hoje foi decretado e comemorado o “Dia de luto nacional pelas vítimas de violência doméstica”. Tudo que é bicho pensante, quis comemorar, não fossem os outros bichos pensantes, ou não, como direi? só me ocorre a palavra pensar, mas esta não serve, hummm, que palavra? que palavra? não encontro outra, tem de ser mesmo, pensar, que esse bicho é violento. Só mesmo os hipócritas, acreditam que, pelo simples fato de se comemorar um dia, pomposamente baptizado, se vai acabar com a violência doméstica. Ah! Não é para acabar, dirão uns, é para chamar a atenção para o flagelo que isto representa. Pois, pois, digo eu, até parece que é novidade para alguém, como se todos nós não tivéssemos já, a nossa atenção, mais que chamada à atenção. É como se acreditássemos que, pelos simples facto, de irmos a um funeral e comemorarmos a dor da perda de alguém já não houvesse mais mortes. Não, a morte vai continuar a ocorrer, refiro-me à morte natural incluindo as doenças no natural, logo a violência doméstica vai continuar e a morte consequente desta também.
O “nosso” primeiro-ministro, ah! só um aparte, esta do nosso, fez-me lembrar “o meu”, ou “o nosso”, expressão, melhor, tratamento militar, quando nos dirigíamos a algum superior ou inferior hierárquico, “o meu” “o nosso” era de todos, mas não era de ninguém quando chegava a hora da verdade…mas isto, foi apenas um interregno de atenção, voltemos ao nosso primeiro-ministro, António Costa, que referiu na sua página do Twitter “ a violência doméstica tem de ter um fim, o combate a este fenómeno é um desafio colectivo da sociedade e que a evocação das vítimas constitui um começo de acção.
Claro que concordo com o “nosso” primeiro-ministro António Costa que, a violência doméstica, tem de ter um fim. Mas ele não disse como é que lhe vai por fim e gostaria muito de saber como é que ele, ou os seus ministros, ou os polícias, ou os magistrados, ou a sociedade lhes vão por fim. Como? É a minha pergunta.
Pois eu vou responder, à luz da minha ignorância, sou do tempo, sim, eu sou do tempo em que os mais novos respeitavam os mais velhos. Sim, eu sou do tempo em que os mais velhos respeitavam e aconselhavam os mais novos. Sim, eu sou do tempo que havia regras a cumprir quer fosse em casa, na rua, na escola, no emprego, enfim na sociedade. Sim, eu sou do tempo que, quando houvesse violação a essas regras havia alguém encarregado de as lembrar e, no geral, de uma forma que não se faziam esquecer tão rapidamente. Ah! Já estou a ouvir as vozes atrás de mim, que estou a apelar à violência, eu? apelar há violência? Nunca, mas uma chamada de atenção nunca fez mal a ninguém esta é a minha convicção. Estou convicto que, se houver “chamadas de atenção” a seu tempo, e oportunas, não teríamos hoje tanta violência doméstica. Todos os da minha geração aprenderam a respeitar e dar-se ao respeito, lamento que alguns se tenham esquecido, e hoje, não respeitem nem se deem ao respeito, e pior ainda, os que ainda se lembram não ensinem este valores às gerações dos filhos e dos netos. Afinal o assinalar este dia como dia nacional de luto contra a violência domestica não é para chamar a atenção? Então é isso, é a minha forma de chamar a atenção e também celebrar este dia à minha maneira.
Pois Sr. Primeiro-ministro eu sugiro-lhe que se realmente quer acabar, bom, acabar nunca vai conseguir acabar com ela, mas, se realmente a quiser diminuir, aposte na educação familiar, na educação escolar, dê autoridade aos pais, dê autoridade aos professores, dê autoridade aos policias, no fundo dê autoridade aos cidadão de bens e que ainda se preocupam e não aos marginais. Em minha opinião a comemoração deste dias mais do que lamentar e solidarizar-se com as vitimas é enaltecer os violadores, os marginais, os criminosos.

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