"A violência doméstica
tem de ter um fim, o combate a este fenómeno é um desafio colectivo da
sociedade e que a evocação das vítimas constitui um começo de acção".
António Costa (Primeiro.ministro)
Ahahahahhaahah, sim,
rio-me da hipócrita pública e política. Não, não me rio das vítimas, mulheres
ou homens, com esse eu choro. Hoje
foi decretado e comemorado o “Dia de
luto nacional pelas vítimas de violência doméstica”. Tudo que é bicho pensante,
quis comemorar, não fossem os outros bichos pensantes, ou não, como direi? só me
ocorre a palavra pensar, mas esta não serve, hummm, que palavra? que palavra? não
encontro outra, tem de ser mesmo, pensar, que esse bicho é violento. Só mesmo
os hipócritas, acreditam que, pelo simples fato de se comemorar um dia,
pomposamente baptizado, se vai acabar com a violência doméstica. Ah! Não é para
acabar, dirão uns, é para chamar a atenção para o flagelo que isto representa.
Pois, pois, digo eu, até parece que é novidade para alguém, como se todos nós
não tivéssemos já, a nossa atenção, mais que chamada à atenção. É como se acreditássemos
que, pelos simples facto, de irmos a um funeral e comemorarmos a dor da perda
de alguém já não houvesse mais mortes. Não, a morte vai continuar a ocorrer,
refiro-me à morte natural incluindo as doenças no natural, logo a violência doméstica
vai continuar e a morte consequente desta também.
O “nosso” primeiro-ministro,
ah! só um aparte, esta do nosso, fez-me lembrar “o meu”, ou “o nosso”,
expressão, melhor, tratamento militar, quando nos dirigíamos a algum superior
ou inferior hierárquico, “o meu” “o nosso” era de todos, mas não era de ninguém
quando chegava a hora da verdade…mas isto, foi apenas um interregno de atenção,
voltemos ao nosso primeiro-ministro, António Costa, que referiu na sua página do
Twitter “ a violência doméstica tem de
ter um fim, o combate a este fenómeno é um desafio colectivo da sociedade e que
a evocação das vítimas constitui um começo de acção.
Claro que concordo com
o “nosso” primeiro-ministro António Costa que, a violência doméstica, tem de
ter um fim. Mas ele não disse como é que
lhe vai por fim e gostaria muito de saber como é que ele, ou os seus
ministros, ou os polícias, ou os magistrados, ou a sociedade lhes vão por fim. Como? É a minha pergunta.
Pois eu vou responder, à luz da minha ignorância, sou do
tempo, sim, eu sou do tempo em que os mais novos respeitavam os mais velhos. Sim,
eu sou do tempo em que os mais velhos respeitavam e aconselhavam os mais novos.
Sim, eu sou do tempo que havia regras a
cumprir quer fosse em casa, na rua,
na escola, no emprego, enfim na sociedade. Sim, eu sou do tempo que,
quando houvesse violação a essas regras havia alguém encarregado de as lembrar
e, no geral, de uma forma que não se faziam esquecer tão rapidamente. Ah! Já estou
a ouvir as vozes atrás de mim, que estou a apelar à violência, eu? apelar há
violência? Nunca, mas uma chamada de atenção nunca fez mal a ninguém esta é a
minha convicção. Estou convicto que, se houver “chamadas de atenção” a seu
tempo, e oportunas, não teríamos hoje tanta violência doméstica. Todos os da
minha geração aprenderam a respeitar e dar-se ao respeito, lamento que alguns
se tenham esquecido, e hoje, não respeitem nem se deem ao respeito, e pior
ainda, os que ainda se lembram não ensinem este valores às gerações dos filhos
e dos netos. Afinal o assinalar este dia como dia nacional de luto contra a
violência domestica não é para chamar a atenção? Então é isso, é a minha forma
de chamar a atenção e também celebrar este dia à minha maneira.
Pois Sr. Primeiro-ministro
eu sugiro-lhe que se realmente quer acabar, bom, acabar nunca vai conseguir
acabar com ela, mas, se realmente a quiser diminuir, aposte na educação
familiar, na educação escolar, dê autoridade aos pais, dê autoridade aos
professores, dê autoridade aos policias, no fundo dê autoridade aos cidadão de
bens e que ainda se preocupam e não aos marginais. Em minha opinião a
comemoração deste dias mais do que lamentar e solidarizar-se com as vitimas é
enaltecer os violadores, os marginais, os criminosos.
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