Sim, faço parte desse ignóbil número
de 45,5% de desinteressados pela política. Melhor dito, das mentiras dos
políticos que temos. Seria, certamente, mais lisonjeiro para mim, dizer que
cumpri com o meu dever de cidadão e fui votar. Estaria a mentir se o dissesse, até
porque já o escrevi noutros “posts” que os charlatães, ladrões e mentirosos dos
políticos não iriam ver e usufruir a seu
belo prazer das mordomias nestes tempos mais próximos através do meu voto.
Mas sim, cumpri o meu dever, e, é o meu dever em consciência, o direito de não
votar. Respeito e não critico os que votaram, fizeram-no com a certeza e em consciência
de que o seu voto vai fazer a diferença, naturalmente para melhor. Desejo
sinceramente, que os políticos aprendam alguma coisa com este número de
desinteressados, e se corrijam. Já que se candidataram e prometeram mundos e
fundos, ou nem tanto, porque a conversa e promessas são sempre as mesmas, nada e só mentiras, que pelo menos o tentem fazer, e não pensem e olhem apenas para o seu
umbigo.
Apesar de o desejar sinceramente,
não tenho esperança nenhuma que se dê a tal mudança tão necessária e desejável.
Não fui votar, não por uma questão de comodismo, foi mesmo e, ainda é, por
falta de fé. E fé, para mim, é acreditar. Eu não acredito nestes políticos.
As eleições são como os jogos das “Slot machine”, nas quais,
os jogadores têm sempre a esperança que desta vez é que é… e puxam, uma e outra
vez a alavanca, mesmo sabendo que, o
jogo está viciado. Como não sou pessoa de jogos, só puxo a alavanca com a
certeza de que vou ganhar e como neste jogo, o da política, não há certezas de
nada, ou melhor, há certeza de que o jogo está viciado e nos enganam decido não
puxar a alavanca.
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