Gosto de pensar que sou
único em muitas coisas, embora nos raros momentos de lucidez, perceba que sou a
repetição de todos os outros.
(Isidro Santos)
A igualdade da
desigualdade ou a desigualdade da igualdade, nem sei como defini-la dada a
confusão que na minha cabeça vai. Por ventura, sinais da minha demência, a que
devo estar atento, se conseguir claro, já que a demência a isso não nos deixa.
No embalo e nos
solavancos desta quietude aparente, a minha demência levou-me a sobrevoar,
planando, a demência dos demais.
Observei lá do alto,
que felizmente, não sou o único demente. Devia dizer, para satisfação de todos
os outros, que infelizmente sou o único, mas nestas coisas da demência, mesmo
não tendo consciência de tal, quem quer estar só?
Gosto de pensar que sou
único em muitas coisas, embora nos raros momentos de lucidez, perceba que sou a
repetição de todos os outros.
A minha demência leva-me
a observar lá do alto, sim, porque a demência eleva-nos, põe-nos acima de tudo
e de todos, ia dizer que não nos deixa ver nada, mas não, deixa-nos ver tudo o
que a lucidez nos esconde. Deixa-nos ver a demência daqueles que temos como
lúcidos.
Ontem, dia vinte e seis
de maio de dois mil e vinte, o órgão de soberania – Presidente da República –
Professor Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma da assembleia da
república sobre a proibição de festivais e espetáculos de natureza análoga até
30 de setembro, mas com reparos sobre “a garantia do princípio da igualdade”.
A minha demência, não me
deixa lucidez suficiente, para me focar nos considerandos de Sua Exª o
Presidente da República de tão lúcidos que são. “São areia demais para a minha demência”.
A minha demência, lá do
alto, só me deixa observar, se não seria muito mais simples e fácil, para a
compreensão dos demais dementes, se é que os há, para além de mim, que o
principio de igualdade seja aplicável a todos por igual, sem excepções…Ah! Não!
Claro!, não há igualdade naquilo que é desigual. Uma “actividade política”, só
porque há uns dementes, que se julgam lúcidos e têm esse direito, como eu tenho
o direito de me sentir demente, fazem uns discursos, para ludibriar todas as
mentes dementes e que de tanta insistência, já não conseguem atingir a lucidez.
Não importa se nessa “actividade política, há ou não actividade cultural de
bandas e outras. Isto não é igual, logo o princípio não se aplica.
A minha demência, não
consegue compreender, menos ainda aceitar, que haja alunos que não podem fazer
exames de melhoria de nota. Que haja pais e filhos que já não se vêm, a não ser
por vídeo-chamada, e não se abraçam há já imenso tempo continuem impedidos de o
fazer.
Claro que a minha
demência, quando faz o supremo esforço, na tentativa de atingir alguma lucidez,
compreende que o vírus COVID 19, dadas as suas mutações já deve ter-se “INTELIGÊNCIADO”
e já deve ir no COVID 20 ou 21.
Vai daí, só seleciona, os
locais, escolas, creches, infantários, ATL, lares de idosos e os mutante que se
encontram na demência para se multiplicar ou dividir, depende do ângulo de
visão, para fazer com que estes se “INTELIGENCIEM” e atinjam a lucidez. Os outros locais, “RECINTOS
DE CULTO”, sejam eles quias forem, não os vou citar porque a minha demência não
consegue lembrar-se deles, mas certamente que, a lucidez destes, sabem a quem me
refiro, o VÍRUS da inteligência e lucidez já está instalado.
A minha demência,
leva-me a desafiar todos os outros dementes, promotores de actividade cultural
que nas datas que tinham previstas, ou com os ajustamentos necessários,
convidem outro demente, desde já ofereço-me, para rezar o terço, para dizer uma
balelas de engana povo, que o mesmo é dizer, continuem dementes e assim em vez
de um espectáculo cultural, como se estes não sejam necessários, teremos um
espectáculo de caris religioso ou político e a igualdade será igual.
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