Em consequência da “queda” do governo, provocada pela
demissão do primeiro ministro e do empurrão do presidente da república,
entrámos na campanha eleitoral, embora, ainda não aberta oficialmente.
Tivemos dois congressos o do PS para tomada de posse do novo
secretário geral – Pedro Nuno Santos e no presente fim-de semana o do Chega, o
partido do André Ventura. É assim que eles o designam, é dele e de mais
ninguém.
O homem (André Ventura) antes, elegeu como adversários a
esquerda: PS, PCP/CDU, BE, Livre, PAN. Sempre se quis “achegar” ao PSD, mas como este, (PSD) diz não querer nada com ele,
disfarça mal o afastamento, permitindo sempre que lhe convém o “achegamento” como foi o caso na
Madeira. Esta “achega” parece que não correu lá muito bem…mas isso agora não
importa nada…
O homem (André Ventura) quer ser governo, e primeiro
ministro, oxalá nunca o venha a ser, tem procurado por todos os meios e feitios
“achegar-se” ao PSD que lhe tem, para já, dificultado este desejo, tendo-se “achegado” aos partidos já mortos e
enterrados, (CDS e PM) ressuscitando-os, para juntarem os parcos votos e com
isso poderem eleger mais um ou dois deputados. Só de passagem, nesta “geringonça” à direita, quem foi o
esperto nem sequer foi o actual presidente do CDS, ou do PSD, mas sim, um homem
inteligente, porque o é, Paulo Porta.
O homem (André Ventura) não está de modas, vai daí, já que
não nos achegamos, agora sou eu que os afasto. Como é que é possível, ainda
haver cidadãos que acreditam em pessoas que há poucos dias atrás se queriam
achegar a outro partido, porque sabem que só assim é que será possível “achegarem-se”
ao poder, embora os critiquem de todas as formas e agora, hoje, digam exactamente
o contrário.
Quer se goste quer não, o homem tem o “dom” da palavra,
repito o dom da palavra, não o dom da resolução dos problemas do país.
Estes homens (Nuno Pedro Santos, André Ventura, Luís
Montenegro) que nada fizeram pelo país, mas não se têm esquecido de fazer em
proveito próprio, porque é latente o mal estar dos profissionais de segurança
(PSP e GNR) em consequência do subsídio de risco atribuído à Policia
Judiciária, vêm agora prometer a resolução, equidade quando forem eleitos. Fui
militar da GNR e sou militar na reforma e sei o quanto é injusto tais
descriminações. Reconheço e aplaudo a luta destes profissionais, o que já não
aplaudo é a mentira descarada destas promessas, como se este, fosse o
verdadeiro problema dos cidadãos deste país.
Acredito que somos energia, tenho de admitir que o homem
(André Ventura) põe muita energia nas suas palavras e actos, tenho receio, muito medo mesmo, que esta energia se contagie e propague. Tenho
receio, muito medo mesmo, que uma mentira, pior, muitas mentiras, ditas muitas
vezes, sirvam para convencer os desiludidos com a política e os políticos que
temos.
Infelizmente, ainda não são estes partidos e estes políticos que
me convencem.