domingo, 15 de abril de 2018

A Retórica da Guerra

“A guerra é o lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem, se odeiam mas não se matam”
Erich Hartmann

Após a retórica de ameaças, avanços e recuos, por parte dos Estados Unidos, e do seu mais que tudo, Donald Trump, de ataque às supostas instalações de fabricação e armazenamento de armas químicas na Síria e da consequente destruição dos misseis, por parte da Rússia, e também do seu mais que tudo, Vladimir Putin, mesmo antes de estes atingirem os seus objectivos, eis que o nundo acorda na madrugada de sexta feira 13 de abril, vá-se-lá saber porquê, sexta feita 13, com o ataque concertado, por parte de três países, Estados Unidos da América, Reino Unido e França, a um país soberano, quer se goste ou não, quer se queira ou não é um país soberano. Qualquer destes três países, Estados Unidos, Rússia e Síria são governados por loucos e nenhum deles é flor que se cheire, e parece que a loucura se está a espalhar também pelo Reino Unido e França. Estes loucos, que se julgam os donos do mundo, são-no, porque os outros, os deixam ser. Os outros, os que aqui considero não loucos, e que são todos os Chefes de Estados restantes no mundo inteiro o que fazem? Batem palmas ou não se pronunciam, ou deixam passar um ataque ilegal à luz dos tratados internacionais. Para que servem as Nações Unidas? – na minha definição, “Ninho de Urdidores”. Não nos esqueçamos que a última grande guerra começou sob a loucura de um lunático. Claro que nós sabemos o que são as Nações Unidas e quem manda lá, a propósito sabe que a Síria é um dos países fundadores, pois é..., mas continuemos, quando se entra numa escalada de ameaças, ou estas se cumprem, ou se não se cumprem, quem as pronuncia é descredibilizado. Naturalmente que o Donald Trump e seus seguidores, tinham de fazer alguma coisa para serem levados a sério. Recentemente, sob o mesmo argumento, utilização de agentes químicos, temos o caso o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, sem que na verdade, ainda nada se tenha provado, se realmente foi usado um agente químico, qual, e por ordem de quem. Ainda todos nos lembramos da invasão a outro país soberano – Iraque, sob o pretexto de este possuir armas nucleares, o que logo após o ataque se veio a verificar e confirmar aquilo que eles, países invasores, sabiam não existir. Aqui e uma vez mais, quase todos os países e Portugal incluído facilitaram este ataque. O nosso então primeiro ministro, e depois presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, para além de nos ter mentido, enganou-nos, dizendo-nos que lhe tinham sido apresentadas provas. Na altura lembro-me de estar convicto que o Iraque não era possuidor de tais armas, como hoje estou convicto que as tropas de Bashar al-Assad não fizeram nenhum ataque à população da Síria com armas químicas. Não sei se as têm ou não, mas não acho provável que as tenham usado. Do meu ponto de vista, não fazia sentido que as usassem, quando se tem o controlo da situação em praticamente todo o país. Faz mais sentido que os Estados Unidos, apoiantes dos “rebeldes”, ao estarem a perder parte do território entretanto sob o seu controlo, tenham sentido a necessidade, de encetar, ou forjado o ataque químico, dizendo que este foi mandado efectuar por Bashar al-Assad. A ser verdade que as instalações ora destruídas, guardassem armas químicas, como é possível que, os inteligentes que mandaram efectuar esta destruição não avaliassem as consequências de tal destruição. Se eles queriam evitar a utilização de tais armas ao destruir as suas instalações não iriam utilizá-las por propagação, atingido o fim que queriam evitar? As notícias que nos chegam pelas nossas televisões são as de que os russos apenas se limitaram a monitorizarem o ataque. Outras noticias dizem-nos que foram neutralizados vários misseis pelas forças de Bashar al-Assad porque é que as televisões não noticiam esta neutralização? Ainda hoje, nas notícias da TVI, vi a reportagem do director de uma das instalações destruídas, junto da mesma o qual dizia que, se naquelas instalações houvesse armas químicas não poderiam estar ali, sem nenhuma protecção. Em que ficamos então, as instalações guardavam armas químicas ou não? Ou o director deste laboratório e os jornalistas que ali se encontravam são todos loucos e queriam morrer ali mesmo sob o efeito de tais armas em direto e a cores?
Por último, os Estados Unidos da América e todos os países produtores de armas, têm de as utilizar, sob pena, de estas ficarem sem efeito e obsoletas, e para isso, fazem a guerra nos paízes longe dos seus. Eles não querem acabar com o terrorismo, fazem o terrorismo. Eles fazem e promovem a guerra e o terrorismo para fazerem mais armas. Porque é que os loucos deste mundo, Estados Unidos, à cabeça não querem que outros países tenham as mesmas armas que eles?     

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