domingo, 8 de abril de 2018

O "pecado" vindo de cima

Recentemente, foram noticiados que eu me lembre, dois casos de padres católicos que, engravidaram as suas paroquianas e, em consequência, estas deram à luz os seus bebés. Até aqui nada de novo, já que os bebés, resultaram do cruzamento, repito, cruzamento de um homem e uma mulher. Ou há amor nesta relação? Não é de agora, lembro-me que, quando era criança haver um padre, que por sinal, foi meu professor de religião e moral, que visitava regularmente, uma paroquiana que, por sinal, também era professora na mesma escola. Toda a comunidade sabia que o padre, e a professora eram amantes, e dizia-se até que tinham um filho que eu conheci, já que estudávamos na mesma escola e éramos da mesma turma. Este colega vivia com o padre a quem chamava tio.
Bom! Há quem defenda que, o celibato dos padres é uma disciplina, que vem desde a sua origem, ou seja, desde a época apostólica. Outros que se iniciou com o concílio de Trento. Outros ainda, que é uma invenção medieval do Concílio de Latrão. Para o caso, e do meu ponto de vista, pouco importa a sua origem. O que importa é que o celibato dos padres católicos, está fixado num Cânon, para além, de terem assumido o compromisso, com a igreja, que são todos os cristãos católicos, e com o seu Bispo a absterem-se de ter práticas sexuais. A questão aqui, e para mim, nem sequer é a de achar se os padres, devem, ou não, praticar o celibato, isso é assunto deles, mas deixa de ser assunto só deles, e passa a ser assunto de todos nós quando prevaricam, e violam às escondidas, ou não, os cânon que eles juram obedecer, ou seja as regras da própria igreja. Onde está o moral? Do meu ponto de vista, o pior é que a hierarquia da igreja, os bispos, pactuam com estas violações da lei da igreja. Fornicaste? tens filhos? tudo bem, qual é o problema? Nenhum. Tens é de optar, se queres continuar como padre e continuar a pregar o moral e bons costumes, mesmo que tu não os pratiques, só tens é de abandonar a mulher e o/a filho/a que geraste. Ah! Mas tens de assegurar as condições, de subsistência dessa criança. Pura hipocrisia. Onde fica a família que a igreja e os padres tanto defendem? Bom! Não são só os padres que defendem a família, eu também defendo. Senhores cardeais, senhores bispos, senhores padres deixem-se de hipocrisias. Modernizem-se. Os tempos do século XXI não são os tempos dos séculos I, nem II e por aí afora. Aceitem as novas propostas/discussões do actual papa, sobre esta e outas matérias. Deixem que o celibato dos padres, em vez de uma obrigação, seja uma opção de escolha livre, de cada um. Muito provavelmente haveria mais padres católicos. São estas hipocrisias, dos padres, e aqui incluo os bispos, que me deixam um sentimento, cada vez mais acentuado, de afastamento da igreja. É com este moral, que não deixam comungar um novo casal que se voltou a casar legalmente, só porque um dia, se casou por igreja, e esta não separa, o que Deus juntou, mas eles comungam todos os dias, fornicando com mulheres que não desposaram, nem legalmente, nem à luz da igreja, que o mesmo é dizer, do seu ponto de vista à luz de Deus. Haja paciência. Muito mais há para dizer, mas para já fico-me por aqui. Reflitam senhores Bispos.

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