Recentemente,
foram noticiados que eu me lembre, dois casos de padres católicos que, engravidaram
as suas paroquianas e, em consequência, estas deram à luz os seus bebés. Até
aqui nada de novo, já que os bebés, resultaram do cruzamento, repito,
cruzamento de um homem e uma mulher. Ou há amor nesta relação? Não é de agora,
lembro-me que, quando era criança haver um padre, que por sinal, foi meu
professor de religião e moral, que
visitava regularmente, uma paroquiana que, por sinal, também era professora na
mesma escola. Toda a comunidade sabia que o padre, e a professora eram amantes,
e dizia-se até que tinham um filho que eu conheci, já que estudávamos na mesma
escola e éramos da mesma turma. Este colega vivia com o padre a quem chamava
tio.
Bom! Há quem defenda que,
o celibato dos padres é uma disciplina, que vem desde a sua origem, ou seja,
desde a época apostólica. Outros que se iniciou com o concílio de Trento. Outros
ainda, que é uma invenção medieval do Concílio de Latrão. Para o caso, e do meu
ponto de vista, pouco importa a sua origem. O que importa é que o celibato dos
padres católicos, está fixado num Cânon, para além, de terem assumido o compromisso, com a igreja, que são
todos os cristãos católicos, e com o seu Bispo a absterem-se de ter práticas
sexuais. A questão aqui, e para mim, nem sequer é a de achar se os padres,
devem, ou não, praticar o celibato, isso é assunto deles, mas deixa de ser
assunto só deles, e passa a ser assunto de todos nós quando prevaricam, e
violam às escondidas, ou não, os cânon que eles juram obedecer, ou seja as
regras da própria igreja. Onde está o moral? Do meu ponto de vista, o pior é
que a hierarquia da igreja, os bispos, pactuam com estas violações da lei da
igreja. Fornicaste? tens filhos? tudo bem, qual é o problema? Nenhum. Tens é de
optar, se queres continuar como padre e continuar a pregar o moral e bons costumes, mesmo que tu não os pratiques, só
tens é de abandonar a mulher e o/a filho/a que geraste. Ah! Mas tens de
assegurar as condições, de subsistência dessa criança. Pura hipocrisia. Onde
fica a família que a igreja e os padres tanto defendem? Bom! Não são só os
padres que defendem a família, eu também defendo. Senhores cardeais, senhores bispos,
senhores padres deixem-se de hipocrisias. Modernizem-se. Os tempos do século
XXI não são os tempos dos séculos I, nem II e por aí afora. Aceitem as novas
propostas/discussões do actual papa, sobre esta e outas matérias. Deixem que o
celibato dos padres, em vez de uma obrigação, seja uma opção de escolha livre,
de cada um. Muito provavelmente haveria mais padres católicos. São estas hipocrisias,
dos padres, e aqui incluo os bispos, que me deixam um sentimento, cada vez mais
acentuado, de afastamento da igreja. É com este moral, que não deixam comungar
um novo casal que se voltou a casar legalmente, só porque um dia, se casou por igreja,
e esta não separa, o que Deus juntou, mas eles
comungam todos os dias, fornicando com mulheres que não desposaram, nem legalmente, nem à luz da igreja, que o mesmo é
dizer, do seu ponto de vista à luz de Deus. Haja paciência. Muito mais há para
dizer, mas para já fico-me por aqui. Reflitam senhores Bispos.
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