domingo, 29 de julho de 2018

Eis que a voz se levanta

Quando os corporativistas carregam os pares, passam a ser eles mesmos os burros.
Obrigado Exmo Sr. Tenente General Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana.
Esta semana veio à luz do dia, um acórdão da Relação do Tribunal de Lisboa, sobre a litigância que opõe militares da Guarda Nacional Republicana e o juiz desembargador Joaquim Neto Moura.
Convenhamos que, é necessária, por parte dos militares, uma boa dose de coragem, uma perfeita noção do seu dever e aplicação da lei com equidade, a todos os cidadãos, não se deixando intimidar por ameaças vindas de quem quer que venham, nem que essas ameaças, sejam proferidas eventualmente de um Sr juiz.    
Já não era sem tempo, que a voz do responsável máximo no Comando, da mui prestigiosa instituição, que é a Guarda Nacional Republicana se levantasse e dissesse também, de sua justiça e mostrasse a sua indignação.
Este levantar de voz, fez-me lembrar as histórias que os camaradas mais velhos, faziam circular pelos mais novos, de um outro General, também Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana, de seu nome, Manuel Carlos Pereira Alves Passos de Esmeriz, o tão conhecido “Asa Negra”. Estávamos nos finais da década de setenta, e inícios da de oitenta do século passado. Ainda foi meu Comandante Geral e ainda o conheci pessoalmente, embora duma forma muito fugaz, felizmente para mim. Não vou tecer elogios nem críticas a este Sr. Porque, pelo que diziam os meus camaradas, o seu trato para com os militares, quer fossem oficiais, sargentos ou praças, deixava sobretudo, pouco espaço a elogios. Era um homem autoritário e esse autoritarismo, revelava-se inclusive, no trato com os seus superiores que eram naturalmente os membros dos governos. O que se dizia era que, literalmente, ele dava murros na mesa, em discussões com os ministros, não esqueçamos que tinha passado, muito pouco tempo depois do vinte e cinco de abril de 1974, fazendo valer as suas ideias e palavras.
Já no decorrer da década de oitenta, começou a entrar-se numa descredibilização das Instituições, que nos acompanha até aos dias de hoje, com a subserviência e bajulação dos que deviam pautar pelo seu respeito.    
Até que enfim, que a voz do Comandante Geral da Guarda Nacional republicana se levanta e exige que respeitem os militares que fazem a Guarda Nacional Republicana, não no sentido corporativista, como parece ser o caso, dos Sr juízes da relação do tribunal de Lisboa.
Ainda vamos a tempo de salvar o respeito pelas pessoas, pelas instituições e pelo país se outras vozes se levantarem e exigirem esse mesmo respeito.

domingo, 15 de julho de 2018

Doideira, doidice e falta de bom senso

Há dois dias 13/07/2018 foi aprovada pelo parlamento com 109 votos a favor contra 106 a lei a que chamaram “lei da identidade de género” que permite que os cidadãos maiores de dezasseis anos mudem de sexo e nome do registo civil, ou seja no cartão de cidadão, apenas mediante requerimento e sem necessidade de recorrer a qualquer relatório médico. Entre os 16 e os 18 anos este procedimento terá de ser autorizado pelos representantes legais, “do mal o menos, como diria o outro”.
Não satisfeitos, pelo chumbo do presidente da república, a outra lei que intentaram, para mudança de sexo, a pessoas menores, estes dignos representantes do povo, não desistiram e vêm agora, com esta nova lei. Não sei quantas vezes a lei permite a mudança de género e de nome, será que hoje, um adolescente, homem, de 16 anos se levanta com a vontade de ser menina, então dirá, – pai, mãe assina aqui o papel pra ir ao registo mudar de género e passo a chamar-me Maria. – Sim porque hoje em dia, a maioria dos pais ou quem tem a sua representação legar, não tem coragem, atitude, competência e autoridade para dizer não. Contrariar o menino ou menina, é crime, de violência doméstica. Há que ter cuidado com isso, senão ainda corremos o risco de sermos nós a mudar de sexo, ainda nos capam no momento, porque o menino ou menina, não exercem violência doméstica sobre os pais. Bom, mas isto, é outra conversa e não me posso distrair. Amanhã o mesmo individuo que já não sabemos quem é, ou seja o seu género, levanta-se com a vontade de ser novamente menino/homem, e daí, vai ao registo civil novamente e muda de género e nome, e passa a chamar-se Manuel. E nós pais, representantes legais que fazemos? nada, obedecemos simplesmente.
Os meninos e meninas da minha geração fomos ensinados/educados que havia meninos e meninas, e digo havia, porque, parece que hoje já não há, são todos transgéneros. Mas ao que ia, isso significava que os meninos/homens e meninas/mulheres têm papéis diferentes no seio da família e na sociedade, ah! Sim, já sei,….blá…blá..blá… e que havia e, felizmente, há brinquedos próprios, repito próprios, para meninos e para meninas. É aqui, na minha modesta opinião, que se começa a formar a identidade do género. Somos nós, os que fomos ensinados/educados desta forma que, hoje permitimos, impulsionamos e geramos confusão nas mentes das crianças. Será que ainda vamos a tempo de corrigir a mão?
Estou convencido que sim, assim o queiramos e, não nos deixemos levar por “modernismos”.    
Doideiras, doidices, incompetência, lóbis, falta de vergonha e bom senso é o que é.
Uma pediatra norte americana veio insurgir-se e esclarecer alguns mitos e muita confusão. O sexo (género) biológico não é escolhido. O sexo é determinado na concepção, pelo nosso ADN e isso é marcado em todas as células do nosso corpo. A sexualidade humana é binária, ou você tem um cromossoma y normal e se desenvolve como homem, ou você não o tem e se desenvolve como mulher. Há pelo menos, 6500 diferenças genéticas entre homens e mulheres. Hormonas e cirurgias não podem, e não irão mudar isso. A “identidade” não é biológica é psicológica. Identidade tem a ver com pensar e sentir, - pensamentos e sentimentos, não são genéticos. Os nossos sentimentos e pensamentos, podem de facto estar certos ou errados. Se entrarmos no consultório do médico e dissermos que sou o Donald Trump, o médico vai-nos dizer que estamos delirando e receita-nos um antipsicótico. No entanto, se é mulher e lhe disser, - Eu sou um homem, - ele dirá - parabéns você é transgénero. Se disser,  – Dr quero matar-me, sou um deficiente preso num corpo normal, por favor remova a minha perna, seria certamente diagnosticada com transtorno de identidade, de integridade do corpo. Mas, se disser ao mesmo médico - sou um homem, agende uma mastectomia dupla, - ele irá fazê-la. De acordo com a maioria das principais organizações médicas se quiser cortar um braço ou uma perna saudável, você possui uma doença mental. Mas se quiser cortar seios saudáveis ou um pénis você é transgénero.
A pediatra norte americana, revela que ninguém nasce transgénero. Se a identidade de género fosse definida ainda no útero, gêmeos idênticos, teriam a mesma identidade de género em 100% dos casos. Isto não acontece. Este é um episódio real, e que porventura, já alguém viveu esta realidade. Um garoto, entre os três e cinco anos de idade, brincava cada vez mais com meninas e com brinquedos típicos de meninas e começou a dizer que era uma menina. Às vezes, a doença mental de um pai ou abuso infantil são factores, mas é mais comum que a criança esteja percebendo mal a informação e a dinâmica familiar e eternize uma falsa crença. Acompanhado por uma terapeuta ele e os pais, no meio de uma sessão, largou o caminhão e agarrou uma barbie, e disse – a mãe e o pai não gostam de mim quando sou um menino. A terapeuta descobriu que quando tinha três anos, a sua irmã deficiente nasceu. Ela exigia muito mais atenção e carinho dos pais. Ele interpretou isso mal como, o pai e a mãe amam meninas. Se eu quiser que eles me amem de novo, terei de ser uma menina. Com terapia familiar, consegue-se melhorar e alterar este estado. Hoje os pais, escutam algo bem diferente. Eles escuta – esse é o António de verdade, vocês devem mudar o nome dele e devem trata-lo como menina, senão, irá cometer suicídio. Ao chegar à puberdade ele receberia um bloqueador hormonal, para continuar a ser menina. Os especialistas não dizem que os bloqueadores nunca foram testados, ou que, quando os usam para tratar o cancro de próstata e problemas ginecológicos, eles causam problemas de memória. “Não precisamos de testes, precisamos retardar o seu desenvolvimento ou ele irá se matar”. Isto não é verdade, ao invés, quando reconhecidas em seu sexo biológico, através da puberdade natural, a grande maioria das crianças confusas quanto ao seu género se recuperam. Sim estamos castrando crianças e adolescentes confusas com seu género com bloqueadores de puberdade. Daí, nós esterilizarmos muitos deles, para sempre, incluindo hormonas de sexo oposto, são eles o estrogénio e a testosterona. Eles deixam as crianças com risco de doenças cardíacas, derrames, diabetes e cancro e os próprios problemas emocionais que os especialistas dizem prevenir. Atenção, se uma menina, que insiste que é homem, receber testosterona todo o dia, por um ano, ela precisará remover os seios aos 16 anos. A academia Americana de pediatria, publicou um relatório, pedindo que pediatras alertem os jovens sobre as tatuagens, pois elas são permanentes e podem deixar cicatrizes. Mas a mesma associação, apoia totalmente, que meninas de 16 anos removam ambos os seios, mesmo sem autorização dos pais, desde que ela insista ser um homem e tome diariamente testosterona durante um ano. Sejamos claros, doutrinar as crianças, a partir da pré-escola, com a mentira de que elas podem estar presas no corpo errado, destrói os fundamentos do teste da realidade de uma criança. Se uma criança não pode confiar na realidade do seu corpo físico, no que poderá confiar? Ideologia de transgénero em escolas é abuso psicológico e frequentemente resulta à castração química, esterilização e mutilação cirúrgica. Se isto não é abuso infantil, senhores e senhora então o que é? Deixe a sua opinião.  

segunda-feira, 9 de julho de 2018

SYRAH - "A MINHA MENINA" - "A NOSSA MENINA

SYRAH - "A MINHA  MENINA" - "A NOSSA MENINA"
Esta é uma carta de pedido de desculpa e despedida. Conquistaste-me no primeiro encontro, quando te fui ver pela primeira vez, no já longínquo mês de agosto de 2006. Estavas junto com outra irmã, mas foste tu que te aproximaste da rede e me cumprimentaste. Suplicaste com esse teu olhar tímido que te trouxesse comigo. Pedi a opinião dos outros membro da família, houve sim(s) e não, ganhou a maioria, que o mesmo é dizer, os sim(s). O não nunca foi muito convicente. Trouxe-te comigo no dia 10 de agosto de 2006. Tinhas 8 meses de vida e farias por isso neste dia, 10 de agosto, 12 anos a viver em família. Todos nos apaixonámos por ti, mesmo quem não te queria receber. Passaste a ser a “nossa menina”, era assim que te tratávamos. -“Dá isso à menina”, -“a menina está a olhar para ti”, -“leva a menina à rua”…
Quando um de nós vinha da rua e, se entrava em casa, o primeiro membro da família, a cumprimentar era a “menina”, não davas outras hipóteses, eras também tu, a primeira a aproximar-se e, a cumprimentar-me, a cumprimentar-nos. A “menina” era sempre a primeira e estava sempre em primeiro lugar. Era a “menina” que me obrigava a levantar cedo, para a levar à rua. Nunca soube se era eu que passeava a menina, se era a menina que me passeava a mim. Era a “menina” que, condicionava o nosso horário de saídas e regresso a casa, tínhamos de levar a “menina” à rua, foram 12 anos. Hoje, dia 9 de julho de 2018 pelas 14h30, tive de tomar uma decisão dolorosa, de te deixar partir para outra dimensão. Doeu muito, dói muito e vai doer por uns dias até que me habitue à tua ausência e à falta do teu cumprimento. A tua “mãe”, já não te vai dar de manhã, como sempre fazia, a bolacha de que tanto gostavas e, quando ela não se levantava logo a ias chamar. A minha alma sangra e os meus olhos choram, de dor e tristeza, por te saber ausente. Penso que tomei a decisão certa, sabes que já pouco mais havia a fazer, infelizmente, o quisto de que eras portadora, crescia todos os dias, a um ritmo astronomicamente galopante, mesmo sob medicação. Podias estar mais uns dias connosco, não sei quantos, mas o incómodo e provável dor, de desceres e subires as escadas e até o andar na rua já eram um sacrifício para ti. Tinhas imensas dificuldades, em te deitares e te levantares, era também doloroso para nós vermos-te nesse estado. O quisto, infelizmente, não era operável, sabes disso, ouviste a tua médica dizê-lo. Tinha que tomar uma decisão ou continuava a ver as tuas condições de vida a degradarem-se e com sofrimento, ou te deixava partir. Já tinha pensado nessa hipótese, e pensava que era mais fácil tomar a decisão, mas não foi nada fácil. Hesitei, a minha cabeça explodia de sensações e sentimentos. Há decisões dolorosas, muito dolorosas mesmo, mas crê tomei-a em teu nome, e a pensar em ti, o que seria melhor para ti, e acredito ou quero acreditar, que esta era a decisão a tomar. Foi uma decisão a três de te deixarmos partir. E não foi fácil para nenhum de nós. Os teus outros dois “irmãos”, só já vão saber que tu partiste. No momento em que escrevo esta carta, já não estás connosco fisicamente, mas estás no nosso pensamento, no nosso coração, e na nossa recordação. Vamos recordar-te sempre. Eras linda, inteligente, obediente e cativante e foi um gosto enorme, termos vivido contigo estes 12 anos, todos debaixo do mesmo teto, e inclusive algumas vezes no nosso quarto, especialmente nos dias de trovoada, sempre foste muito medricas e eramos nós que te tínhamos de fazer companhia a ti e não tu a nós. Detestavas não ter companhia e agora nós detestamos sentir a tua ausência. Completarias 13 anos no dia 9 de dezembro, uma respeitável idade para uma menina. Hoje às 19h30, como todos os dias, já não vou contigo à rua, mas tu vais sair para o mundo. O nó na garganta e as lagrimas nos olhos continuam, mas vai passar, tem de passar, porque tu continuarás a fazer parte da minha vida.
Peço-te desculpa SYRA se tomámos a decisão errada e ainda querias estar um pouco de mais tempo connosco. Até sempre SYRAH.