Quando os corporativistas carregam os pares, passam a ser eles mesmos os burros.
Obrigado Exmo Sr. Tenente General Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana.
Esta semana veio à luz
do dia, um acórdão da Relação do Tribunal de Lisboa, sobre a litigância que opõe
militares da Guarda Nacional Republicana e o juiz desembargador Joaquim Neto
Moura.
Convenhamos que, é
necessária, por parte dos militares, uma boa dose de coragem, uma perfeita
noção do seu dever e aplicação da lei com equidade, a todos os cidadãos, não se
deixando intimidar por ameaças vindas de quem quer que venham, nem que essas
ameaças, sejam proferidas eventualmente de um Sr juiz.
Já não era sem tempo,
que a voz do responsável máximo no Comando, da mui prestigiosa instituição, que é
a Guarda Nacional Republicana se levantasse e dissesse também, de sua justiça e mostrasse a sua indignação.
Este levantar de voz,
fez-me lembrar as histórias que os camaradas mais velhos, faziam circular pelos
mais novos, de um outro General, também Comandante Geral da Guarda Nacional
Republicana, de seu nome, Manuel Carlos Pereira Alves Passos de Esmeriz, o tão
conhecido “Asa Negra”. Estávamos nos finais da década de setenta, e inícios da de
oitenta do século passado. Ainda foi meu Comandante Geral e ainda o conheci
pessoalmente, embora duma forma muito fugaz, felizmente para mim. Não vou tecer
elogios nem críticas a este Sr. Porque, pelo que diziam os meus camaradas, o seu
trato para com os militares, quer fossem oficiais, sargentos ou praças, deixava sobretudo, pouco espaço a elogios. Era um homem autoritário e esse
autoritarismo, revelava-se inclusive, no trato com os seus superiores que eram
naturalmente os membros dos governos. O que se dizia era que, literalmente, ele
dava murros na mesa, em discussões com os ministros, não esqueçamos que tinha
passado, muito pouco tempo depois do vinte e cinco de abril de 1974, fazendo
valer as suas ideias e palavras.
Já no decorrer da
década de oitenta, começou a entrar-se numa descredibilização das Instituições,
que nos acompanha até aos dias de hoje, com a subserviência e bajulação dos que deviam pautar
pelo seu respeito.
Até que enfim, que a
voz do Comandante Geral da Guarda Nacional republicana se levanta e exige que respeitem os militares que fazem a Guarda Nacional Republicana, não no sentido
corporativista, como parece ser o caso, dos Sr juízes da relação do tribunal de
Lisboa.
Ainda vamos a tempo de
salvar o respeito pelas pessoas, pelas instituições e pelo país se outras vozes
se levantarem e exigirem esse mesmo respeito.
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