sábado, 29 de maio de 2021

Vergonha! Vergonha! Vergonha!

Foto "o Jogo"

Há sensivelmente duas semanas, assistimos por parte dos adeptos de um clube de futebol, Sporting Club de Portugal, à concentração/comemoração da vitória no campeonato nacional.

Não vou falar do planeamento atempado ou falta dele, por parte de quem de direito, polícia, clubes de futebol, federação de futebol, governo/Ministério da Administração Interna, para controlar ou até impedir, a tudo o que assistimos por parte dos tais adeptos.

Que a coisa correu mal, correu! Não há como negá-la. 

Como consequência, embora não admitida, isso era admitir o erro, o improviso, a falta de profissionalismo, a falta de senso comum e tudo o mais que se possa imaginar, houve um aumento de casos de “covid 19” na área metropolitana de Lisboa. Claro que não há coincidências. Toda a causa produz um efeito e o efeito viu-se/vê-se ainda continuam a aumentar.

Apendemos a lição? – Não!

E devíamos ter aprendido? – Sim. Só os burros, dizem, não aprendem. Então seremos todos burros.

Hoje vai realizar-se no Porto, a final da Liga dos Campeões entre dois clubes estrangeiros, concretamente Ingleses “Manchester City” e “Chelsea”. Não percebo nada de futebol e as regras que o movimentam, mas, surge-me uma dúvida/pergunta, este jogo não se podia ter realizado em Inglaterra? Porquê em Portugal? ainda em plena pandemia.

Reconheço que os empresários portugueses precisam de reatar os seus negócios e a vinda de milhares de ingleses são uma “lufada de “ar fresco”.

O que não reconheço é que lhes sejam permitidas “regras diferentes” às nossas, “portugueses de bem” ou de mal, conforme a visão de cada um. Os “portugueses de bem” não podem juntar-se numa mesa de esplanada, mais de seis pessoas. Não podem modificar a disposição das mesas. Aos “ingleses de bem” imagino que sejam de bem, embora a avaliar pelos seus comportamentos os considere mais de mal do que de bem, é-lhes permitido juntarem-se aos magotes numa só mesa. É-lhes permitido alterar a disposição das mesas e das cadeiras aventando-as, adoro este termo, uns aos outros. É-lhes permitido beberem nas ruas. É-lhes permitido andarem aos magotes sem máscaras, enfim, é-lhes permitido tudo e nem sequer são identificados. Eu quero deixar de ser português de bem ou de mal e passar a ser inglês, quer seja inglês de bem ou de mal serei certamente tratado de maneira diferente para melhor.

Infelizmente é um país que me confunde. Tratamos mal os de dentro para tratarmos bem os de fora quando estes não têm um “pingo de consideração” por quem os recebe de braços abertos. Eu por mim, fecho os meus braços, enquanto não me respeitarem como português que sou.

A época de praia está praticamente aberta, onde está a moral, a sensatez e a idoneidade de me continuarem a exigir o cumprimento de regras para a utilização de um espaço público, nosso, enquanto que, a estrangeiros não lhes é exigido nada. Haja pachorra!

Não tenho dúvidas que dentro de dez a 15 dias, vamos ter os efeitos desta lufada de ar fresco vinda dos lados de Inglaterra, se vai tornar numa nova “lufada de pandemia” e voltamos a ter no norte, Porto e arredores, um aumento de infectados de “covid 19”.

Aguardemos pela “coincidência”.

 

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas

 

Todos sabemos, mesmo os de longe, hummm, o que é a lonjura para um alentejano, quando todos sabemos que “é já ali”, que todos os anos e não só no verão, somos “invadidos” por “almas de outro mundo” e estas sim vêm de muito longe. Chegam-nos vindos do Nepal, Banglasesh, Paquistão, Índia. Países que a maioria dos alentejanos, locatários destes “novos inquilinos” e porque não dizê-lo grande parte da população portuguesa, não fazem a mínima ideia onde ficam. Também, não sou eu que vou dizê-lo, aos curiosos, deixo-vos como desafio a pesquisa, ia dizer o estudo mas isso são outros quinhentos, seria pedir demasiado.

Nestes últimos anos, no Alentejo, temos vindo a ser invadidos, porque duma invasão se trata, por invasores em maior percentagem que os naturais.

Esta invasão dizem-nos, é para fazer o trabalho que os alentejanos e os restantes portugueses já não querem fazer. Os alentejanos, muito embora, gostem do descanso e da sesta é… ou foram, gente trabalhadora. Ainda “sou do tempo” de ver ranchos na apanha da azeitona e nas ceifas à mão. Felizmente que a maquinização veio facilitar estes trabalhos, mas por outro, veio “lançar” ao desemprego, melhor dito, ao ócio e preguiça muitos alentejanos e demais portugueses.

A minha pergunta/dúvida é se ainda há serviços/trabalhos onde esta maquinização não é tão evidente, ao ponto de ser necessária tanta mão-de-obra, porque são “contrabandeados” tantos imigrantes? E não é aproveitada a mão-de-obra portuguesa? Já que os salários e impostos serão evidentemente os mesmos.

Claro que a resposta, dirão uns, é porque os portugueses já não querem trabalhos pesados… outros dirão, porque é muito melhor estar em casa ou no café, sem fazer nada a receber subsídios, os que sejam…pois é! É este o país que queremos? Pense nisso.  

As vergastadas desta invasão ouvem-se a léguas, ecoam sibilando pelos ares vindos dos lados do mar, em plena planície alentejana.

Estas vergastadas doem e doem muito no corpo e na alma daqueles que as sofrem.

Deviam doer ainda mais naqueles que as dão, mas não, estes não sentem nada…

Nunca ninguém se preocupou, nem os que deviam ter essa preocupação, desde logo quem os traz, melhor dizendo quem os contrabandeia e escraviza, quem os recebe e lhes dá trabalho e sobretudo quem tem como missão fiscalizar, o estado, e no estado estão incluídos todos os organismos dele dependentes: - Ministérios, Câmaras, Juntas de freguesia, policias, de verificarem as condições de chegada, de habitabilidade, de saúde e de trabalho.

Eles não são nossos, são carne para canhão, e só quando um desses pedaços de carne entope o canhão, “aqui d’el rei”!

Foi o que aconteceu desta vez, embora não seja a primeira, uns desses pedaços de carne entupiram o canhão, o mesmo é dizer o sistema e foi um “deus” nos acuda, e sim, é um d minúsculo, porque não há um D maiúsculo no meio de tantos ateus.

Já que “Deus” nos faltou há que ser santo em altar próprio. Se o altar é pequeno para tantos “infiéis” requisite-se a igreja “Z Mar”. O “deus”, ministro da administração interna – Eduardo Cabrita, sentado no degrau do seu altar, ou já deitado, dá ordem à Guarda Nacional Republicana, para que às quatro (4) da manhã, quando os cães dormem e os galos ainda não cantaram, do dia 04/05/2021, retire os “infiéis” dos locais onde se encontram e os depositem na igreja “Z Mar”, contrariando todos os “fiéis” detentores da posse dos direitos desta “igreja”.

Este “deus” menor- Eduardo Cabrita, sabia que se queria ter êxito, na ocupação da “igreja” tinha de ser rápido na ordem e no cumprimento da mesma, não tanto para a salvaguarda da saúde e dos direitos dos infiéis ou dos fiéis, mas sim para a sua eternização no “altar”, antes que o Supremo Tribunal Administrativo, “Santa Fé”, viesse a dar razão à providência cautelar, “auto de fé”, interposta pelos “fiéis”.

Hoje, dia 07/05/2021 soube-se que o “auto de fé” foi aceite. Infelizmente, o “deus” menor conseguiu os seus intentos e enquanto o “pau vai e vem descansam as costas”, as dele claro, ou seja, livrou-se “de boa”… os fiéis continuam a lutar pelos seus direitos, e os infiéis oram ao Deus deles para que esta fartura na terra “prometida” não acabe.  

Dos “outros deuses”, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, sempre que há um conflito de “religiões” não se ouve nem uma “oração” nem um “amém”.

Será que há o “Amém” de todos nós?


domingo, 2 de maio de 2021

Novo aeroporto versus barragem do "Pisão"

Foto Tribuna Alentejo

Os rostos da mentira a dizerem-nos
- Olha! Eles acreditam!
E riem-se mesmo à nossa frente.

 Ciclicamente, especialmente em ano de eleições, quer sejam para as presidenciais, legislativas, ou autarquias ouvimos falar sobre estes empreendimentos.

O aeroporto da Portela em Lisboa, foi construído, em 1942, imagine-se por aquele estado, chamado de “estado novo”, que é “acusado” de só subjugar o povo. Não vou falar das imensas obras a nível nacional feitas pelo então “estado novo”. Do que vou falar é das promessas do “estado a que chegámos”, hoje o nosso estado. Desculpem-me a reutilização desta designação, que não é minha, mas que define muito bem as sucessivas governações pós 25 de abril de 1974 e não apenas o antes, a que se referiu Salgueiro Maia.

Nestes últimos anos dizem-nos que o aeroporto da Portela está saturado ou seja sem capacidade para receber mais aviões. Mas será mesmo assim? Tenho as minhas dúvidas, porque a ser mesmo verdade, já o teriam construído, digo eu que não sou “expert” na matéria.

A primeira vez que se ouviu falar num novo aeroporto foi ainda no “estado novo”, poucos anos depois da sua construção em 1969, era eu uma criança e sem televisão, pelo que não tenho rigorosamente nenhuma memória sobre este assunto.

Pode-se dizer que já nasceu esgotado, porque passados 20 anos, já os algozes queriam um novo, não o tendo conseguido nesta altura, insistem, insistem, insistem…

Já no “estado a que chegámos”, o que vivemos actualmente, os nossos “queridos” políticos/governantes e demais correligionários, entenda-se todos os que ganham milhões á nossa custa, querem continuar a fazer-nos acreditar na patranha do esgotamento do aeroporto da portela.

“No estado a que chegámos” já vivemos sob a alçada de governos de todas as cores e símbolos, socialistas, PSD(s), mistos (PS/CDS/PSD).

Não sei se por coincidência ou não, chego à conclusão que o aeroporto da Portela só esgota a sua capacidade quando nos governam os nossos “queridos” socialistas, senão vejamos:

Em 1999 é a primeira vez “que no estado a que chegámos” se fala no esgotamento do aeroporto da Portela, quem nos governava? – António Guterres;

Volta-se a falar em 2008, quem nos governa? – José Sócrates;

Terceira tentativa em 2019, quem nos governa? – António Costa;

Em 2021 depois de mais de setenta milhões gastos só em estudos, deitados para os bolsos dos correligionários, chega-se à conclusão que nenhuma das hipóteses já “estudadas” e dadas como certas é adequada para o novo aeroporto alternativo.

Voltamos à estaca zero, novos estudos, mais dinheiro…

Há dez anos é inaugurado o aeroporto de Beja, num investimento de trinta e três milhões de euros, ressalve-se que só em “estudos” dos alternativos em Ota/Alcochete/Montijo já se gastou mais do dobro. O primeiro-ministro de então, José Sócrates, dizia que o investimento foi ponderado e a infaestrutura iria servir todo o país. Vê-se no que está a servir…de pousio.  

Do novo aeroporto, a construir sabe-se lá quando, lá para os lados de Lisboa, passamos a uma realidade bem mais próximo de nós, norte-alentejanos, à barragem do Pisão.  

Também aqui, há mais de setenta anos, se fala da necessidade deste investimento.

Todos os ministros socialistas, incluindo o primeiro-ministro, sempre que visitam o alto Alentejo, mais concretamente o distrito de Portalegre, fazem dessa visita, campanha eleitoral, desta é que é, desta é que se vai construir a barragem e nós alentejanos de boa alma, acreditamos. Actualmente, o “nosso” representante socialista no parlamento, Luís Moreira Testa, através de uma alocução, de puro sabujismo e lambe botas, na assembleia da república perante o primeiro-ministro, agradeceu o investimento inscrito no PRR, levando-nos a acreditar que a construção da barragem está para breve. Esta “gente” lambe botas, mentirosos, querem fazer-nos a todos de parvos, fazer parecer aquilo que na realidade não é.

Mostraria os "tomates de alentejano", se é que os tem, se em vez de ter bajulado o primeiro-ministro, o tem confrontado com as mentiras que tem propalado quer sobre esta construção quer sobre a construção do novo quartel da GNR.

Claro que ao mostrar os tomates ficaria despido e numa posição incómoda de ultraje politico.   

Quem assistiu à última reunião do executivo da câmara de Portalegre, ficou a saber que não há nem nunca houve nenhum projecto de construção da barragem do Pisão. Soube-se que os quinzes concelhos acordaram pagar em partes iguais os “estudos”, uma vez mais os “estudos”, de impacto ambiental e suas envolventes. Só este estudo vai ficar em mais de um milhão de euros. Ficámos também a saber que em 2005 a câmara do Crato tinha pago nos mesmos estudos mais de quinhentos mil euros e ao que foi dito pelo Sr vereador Correia da Luz, à data presidente da câmara do Crato ainda estariam válidos.

Contrariamente ao que diz o Sr deputado Luís Moreira Testa, o governo não tem nenhuma intenção de construir a barragem do Pisão, nem sequer pagar os “estudos”, obrigando-nos a todos nós alto alentejanos do distrito de Portalegre a suportar tal encargo através das câmaras.

Mas estes socialistas são por demais, para além destas eternas promessas, barragem do Pisão, quartel da GNR, vêm agora com mais uma, o plano estruturante da via férrea.

Já que falamos em via férrea e uma vez que há cabeças, não sei se só socialistas, se estão a voltar de novo para Beja, será que o plano estruturante da via férrea contempla passar pelo aeroporto com destinos vários. Sabemos que Beja e Lisboa distam alguns quilómetros, mas a linha férrea não seria uma boa solução quer em termos económicos/financeiros quer em termos ambientais? 

Ainda vamos ver o “elefante branco” de Beja tornar-se o elefante cá de casa.

Claro que vamos continuar nos estudos… 

Resumindo, fracos alunos, não passam dos estudos…