Foto "o Jogo" |
Há sensivelmente duas semanas, assistimos por parte dos
adeptos de um clube de futebol, Sporting Club de Portugal, à concentração/comemoração
da vitória no campeonato nacional.
Não vou falar do planeamento atempado ou falta dele, por
parte de quem de direito, polícia, clubes de futebol, federação de futebol,
governo/Ministério da Administração Interna, para controlar ou até impedir, a
tudo o que assistimos por parte dos tais adeptos.
Que a coisa correu mal, correu! Não há como negá-la.
Como consequência, embora não admitida, isso era admitir o
erro, o improviso, a falta de profissionalismo, a falta de senso comum e tudo o
mais que se possa imaginar, houve um aumento de casos de “covid 19” na área
metropolitana de Lisboa. Claro que não há coincidências. Toda a causa produz um
efeito e o efeito viu-se/vê-se ainda continuam a aumentar.
Apendemos a lição? – Não!
E devíamos ter aprendido? – Sim. Só os burros, dizem, não
aprendem. Então seremos todos burros.
Hoje vai realizar-se no Porto, a final da Liga dos Campeões entre
dois clubes estrangeiros, concretamente Ingleses “Manchester City” e “Chelsea”.
Não percebo nada de futebol e as regras que o movimentam, mas, surge-me uma
dúvida/pergunta, este jogo não se podia ter realizado em Inglaterra? Porquê em
Portugal? ainda em plena pandemia.
Reconheço que os empresários portugueses precisam de reatar
os seus negócios e a vinda de milhares de ingleses são uma “lufada de “ar fresco”.
O que não reconheço
é que lhes sejam permitidas “regras
diferentes” às nossas, “portugueses de bem” ou de mal, conforme a visão de
cada um. Os “portugueses de bem” não podem juntar-se numa mesa de
esplanada, mais de seis pessoas. Não podem modificar a disposição das mesas.
Aos “ingleses de bem” imagino que
sejam de bem, embora a avaliar pelos seus comportamentos os considere mais de
mal do que de bem, é-lhes permitido juntarem-se aos magotes numa só mesa.
É-lhes permitido alterar a disposição das mesas e das cadeiras aventando-as,
adoro este termo, uns aos outros. É-lhes permitido beberem nas ruas. É-lhes
permitido andarem aos magotes sem máscaras, enfim, é-lhes permitido tudo e nem
sequer são identificados. Eu quero deixar de ser português de bem ou de mal e passar a ser inglês, quer seja inglês
de bem ou de mal serei certamente tratado de maneira diferente para melhor.
Infelizmente é um país que me confunde. Tratamos mal os de
dentro para tratarmos bem os de fora quando estes não têm um “pingo de consideração” por quem os
recebe de braços abertos. Eu por mim,
fecho os meus braços, enquanto não me respeitarem como português que sou.
A época de praia está praticamente aberta, onde está a moral,
a sensatez e a idoneidade de me continuarem a exigir o cumprimento de regras
para a utilização de um espaço público, nosso, enquanto que, a estrangeiros não
lhes é exigido nada. Haja pachorra!
Não tenho dúvidas que dentro de dez a 15 dias, vamos ter os
efeitos desta lufada de ar fresco vinda dos lados de Inglaterra, se vai tornar
numa nova “lufada de pandemia” e
voltamos a ter no norte, Porto e arredores, um aumento de infectados de “covid
19”.
Aguardemos pela “coincidência”.