Foto Tribuna Alentejo |
O aeroporto da Portela em Lisboa, foi construído, em 1942,
imagine-se por aquele estado, chamado de “estado novo”, que é “acusado” de só
subjugar o povo. Não vou falar das imensas obras a nível nacional feitas pelo
então “estado novo”. Do que vou falar é das promessas do “estado a que chegámos”, hoje o nosso estado.
Desculpem-me a reutilização desta designação, que não é minha, mas que define
muito bem as sucessivas governações pós 25 de abril de 1974 e não apenas o
antes, a que se referiu Salgueiro Maia.
Nestes últimos anos dizem-nos que o aeroporto da Portela está
saturado ou seja sem capacidade para receber mais aviões. Mas será mesmo assim?
Tenho as minhas dúvidas, porque a ser mesmo verdade, já o teriam construído,
digo eu que não sou “expert” na matéria.
A primeira vez que se ouviu falar num novo aeroporto foi
ainda no “estado novo”, poucos anos depois da sua construção em 1969, era eu
uma criança e sem televisão, pelo que não tenho rigorosamente nenhuma memória
sobre este assunto.
Pode-se dizer que já nasceu esgotado, porque passados 20 anos,
já os algozes queriam um novo, não o tendo conseguido nesta altura, insistem,
insistem, insistem…
Já no “estado a que chegámos”, o que vivemos actualmente, os
nossos “queridos” políticos/governantes e demais correligionários, entenda-se
todos os que ganham milhões á nossa custa, querem continuar a fazer-nos
acreditar na patranha do esgotamento do aeroporto da portela.
“No estado a que chegámos” já vivemos sob a alçada de
governos de todas as cores e símbolos, socialistas, PSD(s), mistos (PS/CDS/PSD).
Não sei se por coincidência ou não, chego à conclusão que o
aeroporto da Portela só esgota a sua capacidade quando nos governam os nossos “queridos” socialistas, senão vejamos:
Em 1999 é a primeira vez “que no estado a que chegámos” se
fala no esgotamento do aeroporto da Portela, quem nos governava? – António
Guterres;
Volta-se a falar em 2008, quem nos governa? – José Sócrates;
Terceira tentativa em 2019, quem nos governa? – António
Costa;
Em 2021 depois de mais de setenta milhões gastos só em
estudos, deitados para os bolsos dos correligionários, chega-se à conclusão que
nenhuma das hipóteses já “estudadas” e dadas como certas é adequada para o novo
aeroporto alternativo.
Voltamos à estaca zero, novos estudos, mais dinheiro…
Há dez anos é inaugurado o aeroporto de Beja, num
investimento de trinta e três milhões de euros, ressalve-se que só em “estudos”
dos alternativos em Ota/Alcochete/Montijo já se gastou mais do dobro. O
primeiro-ministro de então, José Sócrates, dizia que o investimento foi
ponderado e a infaestrutura iria servir todo o país. Vê-se no que está a
servir…de pousio.
Do novo aeroporto, a construir sabe-se lá quando, lá para os
lados de Lisboa, passamos a uma realidade bem mais próximo de nós,
norte-alentejanos, à barragem do Pisão.
Também aqui, há mais de setenta anos, se fala da necessidade
deste investimento.
Todos os ministros socialistas, incluindo o primeiro-ministro, sempre que visitam o alto Alentejo, mais concretamente o distrito de
Portalegre, fazem dessa visita, campanha eleitoral, desta é que é, desta é que
se vai construir a barragem e nós alentejanos de boa alma, acreditamos.
Actualmente, o “nosso” representante socialista no parlamento, Luís Moreira Testa,
através de uma alocução, de puro sabujismo e lambe botas, na assembleia da
república perante o primeiro-ministro, agradeceu o investimento inscrito no
PRR, levando-nos a acreditar que a construção da barragem está para breve. Esta
“gente” lambe botas, mentirosos, querem fazer-nos a todos de parvos, fazer
parecer aquilo que na realidade não é.
Mostraria os "tomates de alentejano", se é que os tem, se em
vez de ter bajulado o primeiro-ministro, o tem confrontado com as mentiras que tem
propalado quer sobre esta construção quer sobre a construção do novo quartel da
GNR.
Claro que ao mostrar os tomates ficaria despido e numa
posição incómoda de ultraje politico.
Quem assistiu à última reunião do executivo da câmara de
Portalegre, ficou a saber que não há nem nunca houve nenhum projecto de
construção da barragem do Pisão. Soube-se que os quinzes concelhos acordaram
pagar em partes iguais os “estudos”, uma vez mais os “estudos”, de impacto
ambiental e suas envolventes. Só este estudo vai ficar em mais de um milhão de
euros. Ficámos também a saber que em 2005 a câmara do Crato tinha pago nos
mesmos estudos mais de quinhentos mil euros e ao que foi dito pelo Sr vereador
Correia da Luz, à data presidente da câmara do Crato ainda estariam válidos.
Contrariamente ao que diz o Sr deputado Luís Moreira Testa, o
governo não tem nenhuma intenção de construir a barragem do Pisão, nem sequer
pagar os “estudos”, obrigando-nos a todos nós alto alentejanos do distrito de
Portalegre a suportar tal encargo através das câmaras.
Mas estes socialistas são por demais, para além destas eternas promessas, barragem do Pisão, quartel da GNR, vêm agora com mais uma, o plano
estruturante da via férrea.
Já que falamos em via férrea e uma vez que há cabeças, não
sei se só socialistas, se estão a voltar de novo para Beja, será que o plano
estruturante da via férrea contempla passar pelo aeroporto com destinos vários.
Sabemos que Beja e Lisboa distam alguns quilómetros, mas a linha férrea não
seria uma boa solução quer em termos económicos/financeiros quer em termos
ambientais?
Ainda vamos ver o “elefante branco” de Beja tornar-se o
elefante cá de casa.
Claro que vamos continuar nos estudos…
Resumindo, fracos alunos, não passam dos estudos…
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