O
João e o Tiago encontraram-se no caminho para a escola. Faltam dez minutos,
para o início da primeira aula do dia. Após um breve cumprimento, o João
pergunta ao Tiago, se já tinha feito o texto desta semana, para ser entregue à
professora de português, ao que este responde que ainda não, nem sabia por que
ponta lhe havia de pegar. Compreender. Compreender o quê? pensou. Há tantas
coisas para compreender. Compreender as atitudes dos pais. Compeender desde logo,
as atitudes e comportamentos dos professores. Compreender os comportamentos dos
amigos. Ah! e compreender, naturalmente, as nossas próprias atitudes e
comportamentos.
Com
estes pensamentos chegaram à escola, dirigindo-se de imediato para a sala de
aula, pois esta estava prestes a começar.
O
dia decorreu normalmente. Não voltaram a falar do assunto. Chegado a casa e
depois de ter lanchado, o João, lá teve de voltar, a pensar no tema da semana.
Compreendermo-nos
a nós próprios, pareceu-lhe ser o melhor ponto de partida, para podermos
compreender os outros. Há tanta coisa que gostava de compreender e sobretudo
aceitar. As decisões políticas por exemplo. Como compreender o que os politicos
dizem, se hoje dizem o oposto, ao que já disseram. Se têm atitudes e comportamentos
contrários, ao que prometeram. Confrontados com esses dizeres, simplesmente
negam, ou a culpa é de todos nós, que interpretamos mal as suas palavras. Se se
torna dificil compreender como se torna fácil aceitar?.
Neste
mundo de incompreensíveis e de incompreendidos, como já diz o provérbio, “quem
tem um olho é rei”, e, eu não compreendo
nada.
Miguel Santos nº23 - 8º
A - 29/10/2013 - Escola Secundária de S. Lourenço de Portalegre - Hoje frequenta o 12º na mesma escola