quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Apanha que é ladrão


Certamente, todos os que pertencem à minha geração, alguma vez na sua infância, ouviram contar histórias, onde era dita e repetida vezes sem conta, a expressão, “Apanha que é ladrão”.
Esta expressão, veio-me à memória ao ouvir uma noticia, agora mesmo, na TVI e certamente também referida em outras estações televisivas e rádios. Eu repito a expressão, “apanha que é ladrão”, a questão está em saber quem é o ladrão?
Para tentarmos identificar quem é o ladrão, ou quem são os ladrões, temos de saber qual foi, ou é a notícia. A notícia é esta, A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, está escrita em maiúsculas, precisamente para ficar bem visível, e, talvez já como pista de quem poderá ser o provável ladrão, ou ladrões. Então não é que, a CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, um banco com dinheiros públicos, que o mesmo é dizer dinheiro de todos nós, se prepara para gatunar uma vez mais, a partir de maio, aqueles que nada têm, que o mesmo é dizer míseras reformas. Mas afinal os bancos não servem para nós depositarmos o dinheiro que conseguimos, e poder levantá-lo quando quisermos e sem custos? O negócio dos bancos não é, emprestarem dinheiro, àqueles que a eles socorrem, e aí sim, se pagarem os juros e comissões que eles mesmo nos impõem. Sim porque nós só assinamos, numa outra expressão que eu adoro “nem tossimos nem mugimos”.
Os valores destes juros, para eles, já não chegam, porque outros gatunos, (os que receberam) com o aval de gatunos maiores, concederam empréstimos avultadíssimos, sem nenhumas garantias, e simplesmente gatunaram, os valores que são de todos nós. O que se fez e faz, a esses gatunos? Nada, alguns até foram premiados, com comendas, prémios e por aí afora.
Depois vem o mais alto magistrado da nação, é nação? tenho as minhas dúvidas, pelo menos, avaliando pelo conceito que tenho de nação, mas, como dizia, o mais alto magistrado da nação vem dizer que é justa esta gatunagem. Todos nós sabemos que, o gatuno, é aquele que na minha geração pilhava galinhas e que por esse gesto ía parar à prisão. Hoje os gatunos não pilham galinhas, pilham galinheiros inteiros e por esse gesto até são louvados, e, são tidos como bons gestores, e na opinião douta, do mais alto magistrado da nação, é uma prática justa. Haja pachorra. Eu quero ser gatuno.  

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