LOBISMO
Pressão exercida geralmente por um
grupo organizado, para atingir determinados objectivos ou para defender
determinados interesses.
actividade de quem, abstendo-se do exercício directo do poder
público, procura influenciar aqueles que o exercem, no sentido de
acautelar os seus próprios interesses
Podemos encontrar
várias definições sobre o que é o lóbi ou lobismo, mas, quaisquer que
encontremos vão dar no mesmo, (pressão e
defesa do interesse individual/particular em detrimento do colectivo) entenda-se colectivo como população
(povo) de uma nação.
Vou conversar sobre
lóbis.
São os lóbis: gays; feministas;
dos advogados; dos políticos; dos professores; dos médicos…
São tantos!. Mesmo que
tentasse enumera-los todos, sempre iam ficar alguns por dizer.
Hoje,
vou centrar-me apena num, o dos médicos.
Quando era mais jovens, bem mais jovem, ouvi de um superior hierárquico, que
nunca nos devemos “meter”, o que significa, contrariar, desdizer, enfrentar um
médico. Eles são os únicos que nos podem enterrar vivos, sem que nada lhes
aconteça. Se o médico disser que eu estou morto, eu estou morto, por mais que
eu diga, - estou vivo!, - não adianta, estou mesmo morto. Nunca esqueci esta
conversa, provocou-me medo, literalmente, medo de ser enterrado vivo e fez-me
pensar, no poder desta classe profissional, não é a única…
Os
lóbis, não são de agora, são de sempre, infelizmente.
Vem
este tema a propósito, por de há uns tempos a esta parte, se vir falando com
maior insistência, da falta de médicos nas várias especialidades, no Serviço Nacional de Saúde.
Claro
que toda a gente já fez a pergunta, - a que se deve a falta de médicos no
serviço nacional de saúde?
Cada
um responde conforme a sua percepção, o seu interesse, o seu conhecimento e a
informação de que dispõe no momento.
Eu
tenho a minha resposta. Deve-se à pressão (lóbi) exercida pela classe
profissional médica. São eles que limitam o número de vagas de entrada nos
cursos. São eles que determinam as médias de entrada nos cursos. São eles que
determinam quem pode ou não ser médico. Claro que todos nós queremos excelentes
médicos, não é isso que está em causa, até para não corrermos o risco de haver
um que diga, - você morreu. – Só que nestas condições, não há voz que consiga
gritar estou vivo.
São
eles que escolhem os locais, hospitais, privados de preferência, onde querem
exercer o ministério da medicina, e esta do ministério, seria um outo bom tema a desenvolver.
Que
esta classe profissional, à semelhança de outras, façam a sua pressão, para
defender os seus interesses individuais e de classe, digo interesses e não direitos, porque lhes reconheço o
interesse, mas não o direito, a mim não me incomoda muito. O que me incomoda, é
que não haja um LÓBI POPULAR, (do
povo) que somos todos nós que pagamos impostos e engordamos todos os restantes
lóbis e que diga basta.
Incomoda-me
que o lóbi político não limite e ponha fim a estas pressões de – quero, posso e mando. Claro que há
lóbis e lóbis, os que mandam mais (fazem mais pressão) e os que mandam menos e
claro que há promiscuidade entre eles, porque são ao mesmo tempo: ou gays, ou
feministas, ou médicos, ou professores, ou advogados, ou juízes ou políticos ou…assim,
fica difícil, para não dizer impossível, decidirem qual o interesse, e neste
caso direito, que mais lhes convém defender se o interesse individual e de
classe ou o colectivo (do povo). E in dúbio pro reo (na dúvida para o
réu) ou seja, se tiverem de fazer pressão, neste caso defender o interesse
individual, ou o colectivo, naturalmente, decidem a favor do réu que são eles
próprios.
Eu,
enquanto membro efectivo do Lóbi Popular,
embora neste momento, todos adormecidos, ou talvez mortos, por “sentença médica” faço pressão ao lóbi político
para de uma vez por todas se
assumirem a que lóbi pertencem.
O problema da falta de médicos no
Serviço Nacional de Saúde não tem solução?
Tem
sim. Basta que obriguem todos os
médicos, quaisquer que sejam as especialidades, a prestar um determinado número
de anos, cinco, dez, os que forem necessários, em exclusividade, no Serviço Nacional
de Saúde, e onde houver vagas e necessidade, a fim de devolver a todos nós, os
custos que suportámos com a sua formação. Ah! Já estou a ouvir vozes. – Fui eu
(pai, mãe tio ou o que seja) que paguei os estudos do meu filho, fui eu que
paguei as propinas, as deslocações, a renda do quarto…logo tem todo o direito
de escolher onde quer trabalhar.
-
Lamento dizer-lhe, o Sr. Pagou tudo isso, mas não pagou a formação do seu filho,
quem pagou fui eu (com os meus
impostos). Por isso tenho todo o direito
em ser ressarcido do meu investimento.
Simplista?
Sim. As soluções dos maiores problemas da vida, resolvem-se de um modo
simplista. A vida é simples nós é que a complicamos.
Dou
como exemplo a formação de uma classe profissional da qual fiz parte durante
trinta anos:
Todos
nós pagamos a formação dos militares e em particular, dos elementos forças de
segurança (GNR, PSP, Policia judiciária e outras…). Este elementos após
terminarem a sua formação, são colocados onde houver vagas, claro que lhes é
dada a possibilidade de escolha, mas apenas, nos locais onde há vaga,
independentemente de ser em Lisboa, Algarve ou Trás-os-Montes. A estes
elementos, se após terminada a sua formação, não quiserem exercer em um dos
locais, onde há vaga, pode-lhes ser exigida uma indeminização. Ou seja, o
Estado pode exigir que estes devolvam, o que foi gasto com a sua formação. A
minha pergunta é, por que não é exigida a indeminização, a estes (médicos) e
outros profissionais ou a obrigação de trabalharem para todos os que contribuíram
para que eles sejam “ALGUÉM” e continuamos
a pactuar e fazer possível que estes LÓBIS
queiram possam e mandem.
Eu
quero, posso, e mando!.
Tu
queres, podes e mandas?