sábado, 29 de junho de 2019

OS LÓBIS


LOBISMO

Pressão exercida geralmente por um grupo organizado, para atingir determinados objectivos ou para defender determinados interesses.

actividade de quem, abstendo-se do exercício directo do poder público, procura influenciar aqueles que o exercem, no sentido de acautelar os seus próprios interesses


Podemos encontrar várias definições sobre o que é o lóbi ou lobismo, mas, quaisquer que encontremos vão dar no mesmo, (pressão e defesa do interesse individual/particular em detrimento do colectivo) entenda-se colectivo como população (povo) de uma nação.

Vou conversar sobre lóbis.
São os lóbis: gays; feministas; dos advogados; dos políticos; dos professores; dos médicos…
São tantos!. Mesmo que tentasse enumera-los todos, sempre iam ficar alguns por dizer.
Hoje, vou centrar-me apena num, o dos médicos. Quando era mais jovens, bem mais jovem, ouvi de um superior hierárquico, que nunca nos devemos “meter”, o que significa, contrariar, desdizer, enfrentar um médico. Eles são os únicos que nos podem enterrar vivos, sem que nada lhes aconteça. Se o médico disser que eu estou morto, eu estou morto, por mais que eu diga, - estou vivo!, - não adianta, estou mesmo morto. Nunca esqueci esta conversa, provocou-me medo, literalmente, medo de ser enterrado vivo e fez-me pensar, no poder desta classe profissional, não é a única…
Os lóbis, não são de agora, são de sempre, infelizmente.
Vem este tema a propósito, por de há uns tempos a esta parte, se vir falando com maior insistência, da falta de médicos nas várias especialidades, no Serviço Nacional de Saúde.
Claro que toda a gente já fez a pergunta, - a que se deve a falta de médicos no serviço nacional de saúde?
Cada um responde conforme a sua percepção, o seu interesse, o seu conhecimento e a informação de que dispõe no momento.
Eu tenho a minha resposta. Deve-se à pressão (lóbi) exercida pela classe profissional médica. São eles que limitam o número de vagas de entrada nos cursos. São eles que determinam as médias de entrada nos cursos. São eles que determinam quem pode ou não ser médico. Claro que todos nós queremos excelentes médicos, não é isso que está em causa, até para não corrermos o risco de haver um que diga, - você morreu. – Só que nestas condições, não há voz que consiga gritar estou vivo.
São eles que escolhem os locais, hospitais, privados de preferência, onde querem exercer o ministério da medicina, e esta do ministério, seria um outo bom tema a desenvolver.
Que esta classe profissional, à semelhança de outras, façam a sua pressão, para defender os seus interesses individuais e de classe, digo interesses e não direitos, porque lhes reconheço o interesse, mas não o direito, a mim não me incomoda muito. O que me incomoda, é que não haja um LÓBI POPULAR, (do povo) que somos todos nós que pagamos impostos e engordamos todos os restantes lóbis e que diga basta.
Incomoda-me que o lóbi político não limite e ponha fim a estas pressões de – quero, posso e mando. Claro que há lóbis e lóbis, os que mandam mais (fazem mais pressão) e os que mandam menos e claro que há promiscuidade entre eles, porque são ao mesmo tempo: ou gays, ou feministas, ou médicos, ou professores, ou advogados, ou juízes ou políticos ou…assim, fica difícil, para não dizer impossível, decidirem qual o interesse, e neste caso direito, que mais lhes convém defender se o interesse individual e de classe ou o colectivo (do povo). E in dúbio pro reo (na dúvida para o réu) ou seja, se tiverem de fazer pressão, neste caso defender o interesse individual, ou o colectivo, naturalmente, decidem a favor do réu que são eles próprios.
Eu, enquanto membro efectivo do Lóbi Popular, embora neste momento, todos adormecidos, ou talvez mortos, por  “sentença médica” faço pressão ao lóbi político para de uma vez por todas se assumirem a que lóbi pertencem.

O problema da falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde não tem solução?
Tem sim. Basta que obriguem todos os médicos, quaisquer que sejam as especialidades, a prestar um determinado número de anos, cinco, dez, os que forem necessários, em exclusividade, no Serviço Nacional de Saúde, e onde houver vagas e necessidade, a fim de devolver a todos nós, os custos que suportámos com a sua formação. Ah! Já estou a ouvir vozes. – Fui eu (pai, mãe tio ou o que seja) que paguei os estudos do meu filho, fui eu que paguei as propinas, as deslocações, a renda do quarto…logo tem todo o direito de escolher onde quer trabalhar.
- Lamento dizer-lhe, o Sr. Pagou tudo isso, mas não pagou a formação do seu filho, quem pagou fui eu (com os meus impostos). Por isso tenho todo o direito em ser ressarcido do meu investimento.
Simplista? Sim. As soluções dos maiores problemas da vida, resolvem-se de um modo simplista. A vida é simples nós é que a complicamos.
Dou como exemplo a formação de uma classe profissional da qual fiz parte durante trinta anos:
Todos nós pagamos a formação dos militares e em particular, dos elementos forças de segurança (GNR, PSP, Policia judiciária e outras…). Este elementos após terminarem a sua formação, são colocados onde houver vagas, claro que lhes é dada a possibilidade de escolha, mas apenas, nos locais onde há vaga, independentemente de ser em Lisboa, Algarve ou Trás-os-Montes. A estes elementos, se após terminada a sua formação, não quiserem exercer em um dos locais, onde há vaga, pode-lhes ser exigida uma indeminização. Ou seja, o Estado pode exigir que estes devolvam, o que foi gasto com a sua formação. A minha pergunta é, por que não é exigida a indeminização, a estes (médicos) e outros profissionais ou a obrigação de trabalharem para todos os que contribuíram para que eles sejam “ALGUÉM”  e continuamos a pactuar e fazer possível que estes LÓBIS queiram possam e mandem.
Eu quero, posso, e mando!.
Tu queres, podes e mandas?

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