domingo, 26 de abril de 2020

RESCALDO DA COMEMORAÇÃO DO 25 DE ABRIL

Passadas mais de 24 horas da sessão solene, na Assembleia da República, da comemoração do 25 de abril de 1974 e não, no meu modesto entender, da comemoração da liberdade, isto da “liberdade” e da data da sua instauração, são outros quinhentos, ao que ía, já que todos nós estávamos e continuamos confinados nas nossas residências. Bem sei, ao que se deve o confinamento, mas ainda assim, não deixa de ser ausência de liberdade.
Talvez não tenha nada a ver, talvez seja apenas uma simples coincidência, mas, não posso deixar de notar que, de um número de 130 pessoas que estariam presentes na comemoração “apenas” tenham estado na mesma cerca de 70. Sensivelmente metade do previsto. A que se deveu esta “significativa” redução?
Por mais que o Sr Presidente da Assembleia da República – Ferro Rodrigues, diga que se está “cagando para o segredo de justiça”, ou que “O facto de haver abaixo assinados — ou como é que se chama — petições na internet com milhões de assinaturas, a mim não me diz nada”, estou em crer, que, até pode, que a ele, não lhe diga nada, o povo que é sábio já dizia e diz, "Vozes de burro não chegam ao Céu" mas deve ter dito a “muito boa gente”, outros burros, e daí a redução significativa do número de pessoas presentes.
Sendo o cravo o símbolo da liberdade, não seria de esperar, que nestas comemorações da liberdade, todos, sem excepção, fizessem uso do cravo na lapela? Porque é que alguns, Presidente da República incluído, que invocam a liberdade não fazem uso deste símbolo da liberdade? Será que não gostam do cravo ou será alergia ao cheiro?
Alergia ao cheiro não será, porque se assim fosse, fartar-se-iam de espirrar e tossir, o que na ausência de máscaras, mas não de mascarados, até seria engraçado ver os restantes “cravos” a fugir dali p’ra fora. Então se não é alergia ao cheiro, será certamente, alergia à cor, sendo alergia à cor, será alergia à liberdade? Pergunto, e perguntar não ofende.
Ao que se viu e se ouviu na comunicação social e redes sociais a “montanha pariu um rato” a comemoração do dia da “liberdade” restringiu-se à sessão solene na assembleia da república e em algumas assembleias municipais com os mesmos de sempre. Ah não, desculpem, os demais “cravos”, cantaram às janelas do confinamento, às 15h00, esqueci-me de abrir a janela, Tu abriste? o “hino da liberdade”  - Grândola Vila Morena.
Arrepia-me sempre que oiço este belíssimo hino, sem hipocrisia nem sarcasmo, arrepia-me mesmo e adoro esta e outras músicas/poemas semelhantes. Que bom seria, que o povo ordenasse, dentro de Portugal inteiro, e não apenas dentro de ti ó cidade. 

sexta-feira, 24 de abril de 2020

SER ALENTEJANO

(Infelizmente para mim, o texto que se segue não é da minha autoria, mas gostava muito de ter a capacidade para o escrever. Foi "roubado" da página de um amigo do facebook, e pessoal, que também desconhece o autor. Se porventura alguém souber quem o escreveu diga).

ser alentejano não é um dote é um dom.

"Palavra mágica que começa no Além e termina no Tejo, o rio da portugalidade. O rio que divide e une Portugal e que à semelhança do Homem Português, fugiu de Espanha à procura do mar.
O Alentejo molda o carácter de um homem. A solidão e a quietude da planície dão-lhe a espiritualidade, a tranquilidade e a paciência do monge; as amplitudes térmicas e a agressividade da charneca dão-lhe a resistência física, a rusticidade, a coragem e o temperamento do guerreiro. Não é alentejano quem quer. Ser alentejano não é um dote, é um dom. Não se nasce alentejano, é-se alentejano.
Portugal nasceu no Norte mas foi no Alentejo que se fez Homem. Guimarães é o berço da Nacionalidade, Évora é o berço do Império Português. Não foi por acaso que D. João II se teve de refugiar em Évora para descobrir a Índia. No meio das montanhas e das serras um homem tem as vistas curtas; só no coração do Alentejo, um homem consegue ver ao longe.
Mas foi preciso Bartolomeu Dias regressar ao reino depois de dobrar o Cabo das Tormentas, sem conseguir chegar à Índia para D. João II perceber que só o costado de um alentejano conseguia suportar com o peso de um empreendimento daquele vulto. Aquilo que para o homem comum fica muito longe, para um alentejano fica já ali. Para um alentejano não há longe, nem distância porque só um alentejano percebe intuitivamente que a vida não é uma corrida de velocidade, mas uma corrida de resistência onde a tartaruga leva sempre a melhor sobre a lebre.
Foi, por esta razão, que D. Manuel decidiu entregar a chefia da armada decisiva a Vasco da Gama. Mais de dois anos no mar... E, quando regressou, ao perguntar-lhe se a Índia era longe, Vasco da Gama respondeu: «Não, é já ali.». O fim do mundo, afinal, ficava ao virar da esquina.
Para um alentejano, o caminho faz-se caminhando e só é longe o sítio onde não se chega sem parar de andar. E Vasco da Gama limitou-se a continuar a andar onde Bartolomeu Dias tinha parado. O problema de Portugal é precisamente este: muitos Bartolomeu Dias e poucos Vasco da Gama. Demasiada gente que não consegue terminar o que começa, que desiste quando a glória está perto e o mais difícil já foi feito. Ou seja, muitos portugueses e poucos alentejanos.
D. Nuno Álvares Pereira, aliás, já tinha percebido isso. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. D. Nuno sabia bem que uma batalha não se decide pela quantidade mas pela qualidade dos combatentes. É certo que o Rei de Castela contava com um poderoso exército composto por espanhóis e portugueses, mas o Mestre de Avis tinha a vantagem de contar com meia-dúzia de alentejanos. Não se estranha, assim, a resposta de D. Nuno aos seus irmãos, quando o tentaram convencer a mudar de campo com o argumento da desproporção numérica: «Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os alentejanos estão do nosso lado?»
Mas os alentejanos não servem só as grandes causas, nem servem só para as grandes guerras. Não há como um alentejano para desfrutar plenamente dos mais simples prazeres da vida. Por isso, se diz que Deus fez a mulher para ser a companheira do homem. Mas, depois, teve de fazer os alentejanos para que as mulheres também tivessem algum prazer. Na cama e na mesa, um alentejano nunca tem pressa. Daí a resposta de Eva a Adão quando este, intrigado, lhe perguntou o que é que o alentejano tinha que ele não tinha: «Tem tempo e tu tens pressa.» Quem anda sempre a correr, não chega a lado nenhum. E muito menos ao coração de uma mulher. Andar a correr é um problema que os alentejanos, graças a Deus, não têm. Até porque os alentejanos e o Alentejo foram feitos ao sétimo dia, precisamente o dia que Deus tirou para descansar.
E até nas anedotas, os alentejanos revelam a sua superioridade humana e intelectual. Os brancos contam anedotas dos pretos, os brasileiros dos portugueses, os franceses dos argelinos... só os alentejanos contam e inventam anedotas sobre si próprios. E divertem-se imenso, ao mesmo tempo que servem de espelho a quem as ouve.
Mas para que uma pessoa se ria de si própria não basta ser ridícula porque ridículos todos somos. É necessário ter sentido de humor. Só que isso é um extra só disponível nos seres humanos topo de gama.
Não se confunda, no entanto, sentido de humor com alarvice. O sentido de humor é um dom da inteligência; a alarvice é o tique da gente bronca e mesquinha. Enquanto o alarve se diverte com as desgraças alheias, quem tem sentido de humor ri-se de si próprio. Não há maior honra do que ser objecto de uma boa gargalhada. O sentido de humor humaniza as pessoas, enquanto a alarvice diminui-as. Se Hitler e Estaline se rissem de si próprios, nunca teriam sido as bestas que foram.
E as anedotas alentejanas são autênticas pérolas de humor: curtas, incisivas, inteligentes e desconcertantes, revelando um sentido de observação, um sentido crítico e um poder de síntese notáveis.
Não resisto a contar a minha anedota preferida. Num dia em que chovia muito, o revisor do comboio entrou numa carruagem onde só havia um passageiro. Por sinal, um alentejano que estava todo molhado, em virtude de estar sentado num lugar junto a uma janela aberta. «Ó amigo, por que é que não fecha a janela?», perguntou-lhe o revisor.
«Isso queria eu, mas a janela está estragada.», respondeu o alentejano. «Então por que é que não troca de lugar?» «Eu trocar, trocava... mas com quem?»
Como bom alentejano que me prezo de ser, deixei o melhor para o fim. O Alentejo, como todos sabemos, é o único sítio do mundo onde não é castigo uma pessoa ficar a pão e água. Água é aquilo por que qualquer alentejano anseia. E o pão... Mas há melhor iguaria do que o pão alentejano? O pão alentejano come-se com tudo e com nada. É aperitivo, refeição e sobremesa. E é o único pão do mundo que não tem pressa de ser comido. É tão bom no primeiro dia como no dia seguinte ou no fim da semana. Só quem come o pão alentejano está habilitado para entender o mistério da fé. Comê-lo faz-nos subir ao Céu!
É por tudo isto que, sempre que passeio pela charneca numa noite quente de verão ou sinto no rosto o frio cortante das manhãs de Inverno, dou graças a Deus por ser alentejano. Que maior bênção poderia um homem almejar?"

quarta-feira, 22 de abril de 2020

VIVA A DEMOCRACIA II

Hoje, como ontem, agora como nunca, todos temos direito a ter opinião, por mais estapafúrdia que seja. A diferença significativa, é que hoje, podemos exprimi-la mais livremente, sem medos...e com mais facilidade, chega a mais pessoas. Bom, isto do livremente, é mesmo força de expressão, porque se fosse, ou for assim, tão livremente, porque é que, cai o santo e a trindade, sempre que um mortal exprime a sua opinião, quando esta não é, ou não está, de acordo com os cânones da “SANTA MADRE DEMOCRACIA”?
Se eu disser que vivemos num estado totalitarista, tenho a certeza, que vão cair todos os santos, democratas, entenda-se, do seu pedestal.
Vou fazer um pequeno exercício.
O que é para si o totalitarismo e autoritarismo? Tente responder sem ir consultar nenhum documento.

 Totalitarismo e Autoritarismo

  1. 1. v É um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados na mão do governante. Dessa forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais. Democracia é uma forma de governo do povo e para o povo.
  2. 2. v No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e económicas de acordo com sua vontade, convencendo o povo de que estão certos. v Embora possa haver sistema judiciário legislativo em países de sistema totalitário, eles acabam ficando às margens do poder
  3. ….
  4. Obviamente, o caso mais popular desse período foi o regime totalitarista imposto pelo absolutismo monárquico, onde os reis e os nobres governavam tudo e a todos, submetendo-os a um regime impiedoso sobre os camponeses, cada vez mais pobres, e a nobreza e o clero, cada vez mais ricos.
  5. AUTORITARISMO v É uma forma de governo em que o governante exerce o poder sem respeitar a democracia, ou seja, governa de acordo com suas vontades ou com as do grupo político a qual pertence.

Os “santos” já gritam - Não, não, não, está a deturpar tudo.
Estou? Vamos analisar então!
Vive num estado em que os poderes estão separados, certo? – certo. Diz você.
Errado digo eu. Quem é o governante? Os poderes estão separados? Não, estão mais que juntos, digo eu.  
Vejamos:
Poder legislativo – (assembleia da república) - faz as leis. Quem são os “santos” que a constituem? São os que quando lhes interessa são deputados, para aprovarem as leis que os amigos (advogados e outros) fazem. Para logo a seguir, transitarem para o poder executivo e judicial.
Poder executivo – Governo – executa as leis, que antes aprovaram enquanto deputados.
Poder judicial – Ah! Este poder está separado, e totalmente autónomo, diz você.
Está? É? Pense, podia dar muitos exemplos de que não está separado nem é autónomo. Mas este exercício deixo-o à sua resolução.

  1. 2. v No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e económicas de acordo com sua vontade, convencendo o povo de que estão certos.
 Opa! Onde é que eu já vi isto? Não, não pode ser! Em democracia isto não acontece e se acontece é pura coincidência.

4. Obviamente, o caso mais popular desse período foi o regime totalitarista imposto pelo absolutismo monárquico, onde os reis e os nobres governavam tudo e a todos, submetendo-os a um regime impiedoso sobre os camponeses, cada vez mais pobres, e a nobreza e o clero, cada vez mais ricos

Opa! Onde é que eu já vi isto? Não, não pode ser! Em democracia isto não acontece e se acontece é pura coincidência.

  1. AUTORITARISMO v É uma forma de governo em que o governante exerce o poder sem respeitar a democracia, ou seja, governa de acordo com suas vontades ou com as do grupo político a qual pertence.
 Opa! Onde é que eu já vi isto? Não, não pode ser! Em democracia isto não acontece e se acontece é pura coincidência.

CONCLUSÃO Ao referente trabalho apresentado, conclui-se que o totalitarismo foi uma forma de governo em que os representantes manipulavam seus eleitores de acordo com suas vontades, convencendo-os de que estavam fazendo o certo,…

Opa! Mas é no totalitarismo que os representantes manipulam os eleitores, de acordo com suas vontades?. Ao que me dizem, vivo num estado em democracia, então porque é que, tenho a sensação que sou manipulado? Em democracia isto não acontece e se acontece é pura coincidência.

enquanto o autoritarismo, exercia o poder rigorosamente se importando apenas com a opinião do grupo político a qual pertence, abusando de seu poder autoritário

Opa! Onde é que eu já vi isto? Não, não pode ser! Em democracia isto não acontece e se acontece é pura coincidência.
Então, a que conclusão chegou? Vive num estado totalitarista ou democrático?
Eu cheguei à minha, sem nenhuma dúvida

sexta-feira, 17 de abril de 2020

VIVA A DEMOCRACIA


"LIBERDADES"
Surpreendido? Eu sim. Quando ouvi a entrevista do mais que tudo deste país, Sua Exª o Presidente da República, - Professor Dr Marcelo Rebelo de Sousa a anunciar o prorrogar do estado de emergência, mas com algumas “liberdades”. Fiquei surpreendido, não pelo anúncio da continuação do estado de emergência, já que ainda, não há uma melhoria substancial, da situação que ainda se vive, mas sim, pelo anúncio das “liberdades”, já que, no meu modesto entender, tais liberdades, ainda não se justificam, a menos que queiramos que a pandemia, até agora mais ou menos contida a nível nacional, galope que nem um puro sangue, lusitano naturalmente, em pleno hipódromo.
Deixei de ficar surpreendido, quando a casa de todos nós, – Assembleia da República, aprova a comemoração do 25 de abril e outras liberdades. Não há coincidências!. Tudo foi pensado, ensaiado e concertado. Sua Exª o Presidente da República não ignoraria o que a assembleia da república iria aprovar, então, para que tal fosse possível, teria de decretar as “liberdades”. Espero vê-los, a todos, de máscara/viseira, luvas descartáveis, vermelhas de preferência, a predilecção pela cor, é só porque é a cor dos cravos…e a pelo menos, dois metros de distância, só para não haver outro tipo de pandemia a da “Renovação de ideias” e que tudo se mantenha como sempre…TODOS DE BOA SAÚDE…
VIVA A DEMOCRACIA

domingo, 12 de abril de 2020

Domingo de Páscoa – “Para não estar só”


Ora, se estando presente fisicamente, não ouve, como pode fazer companhia?
Se está ausente fisicamente como faz companhia?
(Isidro Santos)

No dia 27/3/2020 os meios de comunicação social portugueses, televisões, mostravam-nos imagem, em que o padre António Martins da diocese da Guarda, decidiu encher a igreja de fotos dos paroquianos para celebrar missa, para não estar só.

Fazendo uma rápida pesquisa pela internet, deparei que esta ”opção” não é original. Em muitos outros países e igrejas sobretudo latino americanas esta “opção já vinha acontecendo.
Todos sabemos que a frequência das igrejas e das missas, pelos cristãos católicos romanos, vá-se lá saber porquê, é cada vez menor, ou talvez se saiba e não se queira dizer ou assumir…
Não consigo compreender, nem aceitar, como é que alguém, nestes casos, padres, sentem, mais do que isso, acreditam que estão acompanhados, só porque na “sua igreja” estão as fotos dos paroquianos, quando muitas das vezes, mesmo estando presentes fisicamente, estão ausentes espiritualmente. Quantas e quantas vezes, numa homilia, se de repente, o sacerdote perguntasse a um paroquiano, o que acabara de dizer, quantos diriam exactamente o que acabaram de ouvir?. Poucos, porque estou em crer, que a maioria não ouve, está ausente.
Ora, se estando presente fisicamente, não ouve, como pode fazer companhia?
Se está ausente fisicamente como faz companhia?
É o alívio das consciências. Dos sacerdotes, porque querem acreditar que cumprem com o seu dever de dar missa. Dos paroquianos, porque querem acreditar que cumprem com o seu dever de estarem presentes. Ambos se iludem, porque ninguém cumpre o seu dever nestas condições.
Não há pastor, que oriente e encaminhe o rebanho, se estiver confinado no redil.
O meu temor, é que se a “moda pega”, e com a falta de padres católicos, da próxima vez que decida assistir e participar numa missa, em vez da presença física do sacerdote, veja em seu lugar, uma fotografia em tamanho real, e, um audio pré-gravado, daquilo que "supostamente" seria uma missa, e os poucos cristãos católicos romanos que ainda assistem, participam e comungam, se sintam excluídos e passem também, a estar presentes, só e unicamente, através das fotos.
Não seria de estranhar, que o uso da imagem, do sacerdote e dos paroquianos passasse a ser o "modus operandi" de participação na liturgia, já que, não faltam imagens nas igrejas, e assim, seríamos presentes à imagem e semelhança de DEUS.
Que Cristo seja presença em cada um de nós.
Já que esta Páscoa, não pode ser vivida em rebanho, que cada um de nós, faça uma reflexão do que é ser cristão católico e romano.
UMA FELIZ PÁSCOA PARA TODOS NÓS.

sábado, 11 de abril de 2020

UFFF! que alívio...até que enfim...


Um olhar diferente sobre a pandemia…
Já lá vão…três meses? Desde que se iniciou esta discussão “pandemia”, Covid 19.
Há cerca de um mês e meio atrás, quando ainda não se tinha conhecimento, do primeiro caso em Portugal de infectados com o “Covid 19”, os meios de comunicação social, em especial os vários canais de televisão, andavam histéricos e desejosos, digo eu, que se desse o primeiro caso. É que, a repetição sistemática e diária, por várias vezes ao dia de - ainda não há casos em Portugal -  já estava a enjoar, mas para eles, continuava a ser noticia a repetição de – ainda não há casos em Portugal.
Finalmente, para gáudio dos histéricos e desejosos, a  02/03/2020, deram a NOTÍCIA – há um caso registado em Portugal. Ufff! que alívio, estava a ver que não se dava…depois, seguiu-se a NOTÍCIA, com nome próprio e sobrenome do primeiro infeliz a morrer em consequência da contaminação.
A partir daqui, sucederam-se números, e apenas números de mais casos. A contaminação estava já espalhada por todo o país continente e ilhas, ah! Não, por todo o país não, ao alentejo não tinha chegado, mas, como é possível que, o raio dos alentejanos, nem a esta “coisa” queiram aderir…, rodeados dos espanhóis que já morriam que nem coelhos numa reserva de caça, todos os distritos circundantes ao Alentejo (alto e baixo) tinham casos registados, e eles nada…devem estar todos a dormir, só pode!  
Pelos vistos, e infelizmente, aqueles que tanto gostam do descanso e de dormir, decidiram acordar, espreitaram a sombra, do poial da porta, sim a sombra, porque o dito cujo do virús parece que não gosta lá muito do sol, e, ZÁS CATRAPAZ, é desta que te apanho, já não me foges. E não fugiram mesmo, alguns já foram apanhados. Mas, o raio dos alentejanos têm a pele dura, deve ser da curtição do SOL, “atão” não é que ainda nenhum morreu…os histéricos e desejosos andam ansiosos por dar a NOTÌCIA, - finalmente morreu um alentejano. Até que isto aconteça, porque vai acontecer, continuam a repetir a NOTÍCIA e a enjoar-me.
Deixo o meu apelo aos alentejanos, e não só claro, continuem a dormir, porque dormir faz bem à SAÚDE.
FIQUE EM CASA.