Ora,
se estando presente fisicamente, não ouve, como pode fazer companhia?
Se
está ausente fisicamente como faz companhia?
(Isidro Santos)
(Isidro Santos)
No dia 27/3/2020 os
meios de comunicação social portugueses, televisões, mostravam-nos imagem, em
que o padre António Martins da diocese da Guarda, decidiu encher a igreja de
fotos dos paroquianos para celebrar missa, para
não estar só.
Fazendo uma rápida
pesquisa pela internet, deparei que esta ”opção” não é original. Em muitos
outros países e igrejas sobretudo latino americanas esta “opção já vinha
acontecendo.
Todos sabemos que a
frequência das igrejas e das missas, pelos cristãos católicos romanos, vá-se lá
saber porquê, é cada vez menor, ou talvez se saiba e não se queira dizer ou
assumir…
Não consigo compreender,
nem aceitar, como é que alguém, nestes casos, padres, sentem, mais do que isso,
acreditam que estão acompanhados, só porque na “sua igreja” estão as fotos dos
paroquianos, quando muitas das vezes, mesmo estando presentes fisicamente,
estão ausentes espiritualmente. Quantas e quantas vezes, numa homilia, se de
repente, o sacerdote perguntasse a um paroquiano, o que acabara de dizer,
quantos diriam exactamente o que acabaram de ouvir?. Poucos, porque estou em
crer, que a maioria não ouve, está ausente.
Ora,
se estando presente fisicamente, não ouve, como pode fazer companhia?
Se
está ausente fisicamente como faz companhia?
É
o alívio das consciências. Dos sacerdotes, porque querem
acreditar que cumprem com o seu dever de dar missa. Dos paroquianos, porque
querem acreditar que cumprem com o seu dever de estarem presentes. Ambos se
iludem, porque ninguém cumpre o seu dever nestas condições.
Não há pastor, que oriente
e encaminhe o rebanho, se estiver confinado no redil.
O meu temor, é que se a “moda pega”, e com a falta de padres católicos, da próxima vez que decida assistir e participar numa missa, em vez da presença física do sacerdote, veja em seu lugar, uma fotografia em tamanho real, e, um audio pré-gravado, daquilo que "supostamente" seria uma missa, e os poucos cristãos
católicos romanos que ainda assistem, participam e comungam, se sintam excluídos e passem também, a estar presentes, só e unicamente, através das fotos.
Não seria de estranhar, que o uso da imagem, do sacerdote e dos paroquianos passasse a ser o "modus operandi" de participação na liturgia, já que, não faltam imagens nas igrejas, e assim, seríamos presentes à imagem e semelhança de DEUS.
Que Cristo seja presença em cada um de nós.
Não seria de estranhar, que o uso da imagem, do sacerdote e dos paroquianos passasse a ser o "modus operandi" de participação na liturgia, já que, não faltam imagens nas igrejas, e assim, seríamos presentes à imagem e semelhança de DEUS.
Que Cristo seja presença em cada um de nós.
Já que esta Páscoa, não
pode ser vivida em rebanho, que cada um de nós, faça uma reflexão do que é ser
cristão católico e romano.
UMA FELIZ PÁSCOA PARA TODOS NÓS.
UMA FELIZ PÁSCOA PARA TODOS NÓS.
Boa noite!
ResponderEliminarLi... o seu texto (gostei) e já tinha visto na tv a notícia...
com o devido respeito... comento:
O mesmo raciocínio se poderá aplicar ao dito (Cristo)...
"Não estando presente fisicamente, como pode fazer companhia?"
E estando "ausente fisicamente ainda muito menos"... é claro!
Estando presente em mente… trata-se de uma imagem mental… abstrata!
“Penso, logo existe!
Não penso, logo não existe!”
Elementar… para um raciocínio minimamente racional…
(Religião)
Passa subjetiva imagem mental…
Na efemeridade mental de minha mente…
Existe fugazmente enquanto tal…
Tal como passa…
Tal como penso…
Assim que a deixar de pensar, deixará de existir…
Assim que a deixar de pensar, deixará de existir em mim…
Tal como deixará de existir em todas as mentes que a pensaram…
E deixaram de pensar…
Em todas as mentes que existiram…
Em todas as mentes que existem…
Em todas as mentes que existirão no futuro!
Carlos Silva
Obrigado pelo comentário e também gostei do poema.
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