Os que me acompanham,
gritam-me ao lado.
- Oh, não!
- Eu continuo a ter
birras, e que birras!
- Eu continuo a exigir
e principalmente de mim.
- Eu continuo a querer, e quero cada vez mais, não facilito, não compactuo com o que não é justo e correto, não me conformo com o facilitismo …
- Não deixo para e por
conta dos outros, deixo para mim e por conta de mim.
As vozes que me gritam ao lado, parece que vêm de dentro de mim, da minha alma, do meu sentir, parafraseando um pouco uma querida amiga que gosta muito de utilizar “os sentires”.
Neste ciclo de adulto, quase quase, a abrir as portas do forno eléctrico, para a eternidade, de adulto inconformado, birrento, prepotente, mas, também de adulto responsável, uno, com carácter acaba de abrir a porta da antecâmara que o mantinha prisioneiro.
Uma “prisão” de nove anos, dos quais, os últimos cinco, de quase claustrofobia.
Foram anos intensos de “Dádiva e de partilha”, nos quais investiu muito do seu tempo, do seu saber, da sua voluntariedade, do seu querer e do seu crer. Neste fechar e abrir de porta sente-se realizado, e, sereno com o seu sentir. Outros se sintam tão felizes e serenos.
Outros ciclos e outras portas se irão abrir antes que a porta definitiva se feche.
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