domingo, 5 de dezembro de 2021

Não há duas sem três...

Hoje, no período da manhã, estabeleci uma luta comigo mesmo. Esta luta, já vem a ser travada desde sexta feira, dia 3 de dezembro, dia em que recebi a mensagem, para que no dia de hoje, 5 de dezembro, me dirigisse ao quartel dos bombeiros voluntários, a fim receber às 13h22, a segunda dose da vacina contra o covid 19. Ah! Sim, eu sou um dos privilegiados, só tinha levado uma dose.

Antes de ser convocado para esta segunda dose, já tinha decidido!? que não levaria mais nenhuma. Irrita-me, irrita-me muito mesmo, esta coisa de ter de ser carneiro. Ir-mos todos atrás uns dos outros…

A luta comigo mesmo, vem, de eu ser dois. Um, ser o lado intuitivo. O outro, o lado racional. Quando estes dois seres se põem a discutir é uma luta mesmo. Todos nós sabemos o quanto esta luta nos esgota. Sou intuitivo e muitas das vezes, decido ouvindo este eu e, devo reconhecer que, quando assim decido, quase nunca erro. O eu racional, paradoxalmente, leva-me a errar mais vezes, ou pelo menos, essa é a percepção que tenho. Quantas e quantas vezes, depois de ter decidido por este eu, e o resultado não ser o esperado, me leva a discutir novamente e lamentar a decisão tomada, de não ter decidido, pelo primeiro pensamento, que normalmente é o da intuição.  

A razão, mais uma vez, levou a sua avante. Contrariando o que já havia decidido pela intuição, acabei por desistir da luta e decidi ir levar a segunda dose. O tempo dirá, quem desta vez terá razão, se o eu racional, se o eu intuitivo.

Não sou negacionista. Acredito na ciência, mas às vezes, “esta ciência” deixa-me sérias dúvidas. Se fizermos um exercício de memória, sim, porque é preciso fazermos esse exercício, certamente nos lembraremos que quando tudo isto começou, lá para o mês de março de 2019, começaram por nos dizer, que apenas era necessário o distanciamento social, ou seja, estarmos mais ou menos distanciados uns dos outros, um metro, que logo depois passou a dois metros. A máscara não era necessária, para poucos dias depois, passar a fazer parte obrigatória da nossa indumentária. Depois e este depois é logo a seguir, veio a vacinação, vacinação em grupo, para evitar os contágios, diziam-nos. Mas logo a seguir, diziam-nos que a vacinação não evitava os contágios, “aliviava” os sintomas, ou seja a doença estava lá, o covid 19 instalava-se no nosso corpo, fazendo-o seu, só que “dissimulava” a propriedade, no meu entender, tomava-o, toma-o por usucapião.

A fim de nos convencerem que todos devíamos ser obedientes, embora não obrigatoriamente, falavam-nos na eficácia das várias marcas, 70%, 80% 90%, o certo é que nenhuma das marcas e os governos de todos os países se responsabilizou ou se responsabiliza, pelas suas causas/consequências. Sendo assim, fico na dúvida que ciência é esta, que faz de todos nós cobaias e cuja responsabilidade é única e exclusivamente nossa, por assumirmos a crença nesta dita ciência. Logo que tiveram oportunidade disseram-nos que afinal uma dose não chegava, era preciso um reforço, toma lá a segunda. “Descobriram” logo a seguir que, as ditas cujas, iam perdendo a eficácia, ou seja perdendo a “força” e então é necessária mais uma dose e já vamos na terceira.

Diziam-nos também que as crianças não eram afectadas pelo covid, nem era necessário usarem máscara. Agora vêm-nos com a ideia, que afinal é imperioso vacinar todos, incluindo as crianças maiores de cinco anos. Mas afinal que ciência é esta?

Esta é a ciência a favor das pessoas ou a favor das multinacionais farmacêuticas?

Neste momento, ninguém nos fala na quarta dose, mas eu aposto que, lá para março nos vão impingir a quarta e a quita novamente daqui a um ano. Quando vai terminar? Provavelmente só quando os governos as deixarem de financiarem e obrigarem-nos a que cada um pague a sua.  

Indubitavelmente que a vacinação é importante. Muitas das doenças hoje quase desaparecidas, deveu-se e deve-se à obrigatoriedade da vacinação. Então porque não se obriga a vacinação contra o covid 19, se em termos científicos é a forma eficaz de se eliminar este contágio? Não se obriga de forma explícita a vacinação, dando-nos a falsa ilusão que somos livres para aceitarmos/decidirmos ser vacinados ou não, mas depois, criam todos os estratagemas/obstáculos, testes obrigatórios, para isto e para aquilo, certificados de vacinação para podermos entrar no país, nos restaurantes, nas lojas, etc. Não, eu não fui livre de decidir se queria levar a segunda dose ou não. Obrigaram-me a decidir levar, contrariando o meu eu intuitivo.  

 

sábado, 9 de outubro de 2021

BUUMMM!

Foto Jornal Alto Alentejo
 Ontem, dia 08/10/2021 no Centro de Congressos da Câmara Municipal de Portalegre, pelas vinte e uma horas, tomaram posse os membros da assembleia municipal, da câmara municipal e das juntas de freguesia do concelho de Portalegre, na sequência das eleições realizadas a 26/09/2021.

Não tinha planeado ir ver “in loco” esta tomada de posse, mas, um telefonema muito em cima das 21 horas que me surpreendeu imenso, fez-me mudar de ideia e como resido muito perto do centro de congressos em dois minutos estava lá, bom! Terão sido três ou quatro, mas, não mais de cinco.

Cheguei a tempo do início da cerimónia e deparei-me com uma sala cheia, que não chegou para todos os que até lá se dirigiram. Deixou-me satisfeito ver que ainda há em Portalegre, uma meia dúzia de gente que valoriza estas cerimónias, por isso a todos os que se deram a esse “trabalho” deixo aqui o meu aplauso.

Como penso ser do protocolo, tomaram posse em primeiro lugar, os membros da assembleia municipal, também designados por alguns regimentos de assembleias municipais, como “deputados municipais”, há quem fique indignado com esta denominação, tendo até sido alvo de “discussão” num “post” do “facebook” no mesmo dia. Opiniões, e cada um tem a sua. Seguiram-se os membros das juntas de freguesias e por fim os da câmara municipal.

Foi chamada para tomar posse e fazer o juramento de fidelidade a presidente eleita, Fermelinda Carvalho. Devia seguir-se a cabeça de lista eleita pela CLIP, Adelaide Teixeira, mas não, BUUMMM, ouviu-se um estrondo, eu ouvi, embora não com surpresa, quando foi chamado o segundo nome da lista, Nuno Lacão. Houve bocas, embora tapadas, que se encostaram aos ouvidos vizinhos, - que se passa aqui?, alguns mantinham a esperança, ou talvez não, que devia ter havido um equivoco qualquer, coisas que podem acontecer, quem não se engana que atire a primeira pedra. A esperança de continuação, ou o desejo de afastamento, por aquela que até ao momento nos governava, foi desfeito, quando foi chamado o terceiro nome da lista do CLIP, João Nuno Cardoso. Não havia engano. A cabeça de lista do CLIP tinha renunciado ao seu lugar de vereadora. Penso que até os órgãos de informação ficaram surpreendidos com o “estrondo” provocado por não terem sabido antecipadamente.

Tal estrondo foi replicado nas redes sociais, “facebook”, nas páginas da Rádio Portalegre e Jornal Alto Alentejo. Há de tudo. Os “opinantes” ou “comentadores” que nada acrescentam, para além do mal dizer, puseram-se logo em bicos de pés.

Como digo antes, não foi surpresa para mim. Vou fazer uma inconfidência, e por isso, peço já desculpa e perdão à Dra Adelaide Teixeira, não é por “vaidade”, mas para mostrar que só uma “Alma Superior” tem a humildade de me ter ligado, a mim?... dando-me o “privilégio” de anunciar que ia renunciar e que tinha ficado sensibilizada com o meu agradecimento público.      

Também eu fiquei muito sensibilizado e surpreendido por tal telefonema, ainda estou, meio tonto, ao momento que escrevo este “Post” e já passou a noite e parte do dia.

Não tem nada que agradecer Dra Adelaide Teixeira, eu e todos nós, portalegrenses nascidos ou residentes, é que temos a obrigação, repito a obrigação de lhe agradecer. Pessoalmente repito, MUITO OBRIGADO.

Estou convencido que fez aquilo que tinha de ser feito, reduzir a divida. Paralelamente podia ter feito mais? Podia. Humildemente reconhece que podia ter feito mais, e fez. Fez tudo? Não! Humildemente reconhece que há muito mais para fazer. Mas, fez muito mais que apenas reduzir a divida. Deixou a “abastança”, deixou projectos e sobretudo a capacidade financeira, para que outros possam fazer mais e melhor. Tenho a esperança e o desejo que este novo executivo saiba trabalhar em conjunto e aproveitar estes recursos para tornar Portalegre uma cidade de futuro. Com dinheiro tudo se torna mais fácil. Não vão haver desculpas para este novo executivo.

Considero “injusto”, não lhe ter sido dada novamente, a oportunidade de mostrar que conseguia fazer ainda mais por Portalegre. Mas, o “povo é quem mais ordena” e ordenou assim.

Este meu “escrito”, pode parecer a alguns, o “elogio fúnebre”, já que todos depois de mortos, passamos a ser “boas pessoas”. Eu escolho elogiar em vida. As cabeças destes novos membros do executivo, vão passar a ostentar a “coroa de louros” para si e as equipas que liderou, nestes anos, vão ficar as “coroas de espinhos”, mas, há lá maior honraria que, a de usar a mesma coroa de Jesus Cristo?

Uns vão-lhe dizer que saiu pela porta pequena, já me disseram isso, respondi-lhes que saí e saio pela porta que sempre entrei e de cabeça erguida. Tenha a certeza que saiu pela porta que sempre entrou e de cabeça erguida.

Ao contrário de muitos, não me desiludiu nem decepcionou com a decisão de renúncia, ao cargo de vereadora, ah! E não dei por desperdiçado o meu voto, não tenho que justificar em quem voto, mas sim, votei CLIP para os três órgãos.

Acredito que não tenha sido uma decisão fácil. Um cabeça de lista quando concorre à presidência de câmara é para ser presidente e não para ser vereador. Ainda mais quando esse candidato é presidente de câmara. Acredito que a sua intenção inicial, não seria a de renunciar ao cargo de vereadora, seria mesmo a de assumir esse cargo, com a mesma humildade e determinação que assumiu e assumiria ser de novo presidente de câmara. Naturalmente que até à tomada de posse, teve o tempo necessário e suficiente, para reflectir e se aconselhar com os que lhe são mais próximos e queridos.

A decisão é nossa, neste caso sua, depois de reflectir e se ter aconselhado, decidiu renunciar, e no meu modesto entender, decidiu bem. Eu, “no seu lugar” que só por hipótese de raciocínio, me atrevo a alvitrar, teria decidido da mesma maneira.

Como diz na sua entrevista ao jornal Alto Alentejo, não quer ser vista como um obstáculo. Muitos ficariam sempre com a ideia que não queria deixar “o poleiro”. Humildemente demonstrou que o que a moveu e move, não é, nem foi o poleiro, tendo deixado vago todo o “galinheiro”. Só “almas superiores” conseguem ter vistas alargadas para além do seu umbigo.

Vai passar um período de “nojo”, como eu costumo dizer, são três dias, incha, desincha e passa.

Há mais vida para além desta, presidente de câmara, quem vai lucrar com isso serão os seus alunos, tenho a certeza que terão uma excelente professora e que terão muito a aprender.

Se me permite, deixo-lhe aqui um beijinho de muita estima e um muito obrigado.

O tempo fará a sua justiça.


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

A Abastança

foto Rádio Portalegre
 Não gosto de despedidas. Nunca gostei nem sequer de um: - até já.

Sempre que possível e, nem sempre é possível, saio de fininho ou à francesa. Ao fazê-lo desta forma, não carrego o peso de, não sei se volto. Sei que voltarei.

Sou muitas vezes “acusado”, pelos que melhor me conhecem, de ser ingénuo. Não sei se é pela repetição de tantas vezes ouvir, que me convenci que sou mesmo ingénuo, ou se de facto eu já nasci assim.

A verdade é que eu acredito nas pessoas, mesmo quando, e já aconteceu muitas vezes, não tenho quaisquer motivos para tal. Mas que posso fazer? Sou ingénuo, pronto!

Hoje, dia seis de outubro de dois mil e vinte e um, realizou-se a última reunião do executivo camarário de Portalegre, à qual muitos de nós assistimos via facebook.

Confesso que embora nem sempre concordasse com a argumentação dos Srs vereadores e em especial com o Sr vereador da CDU – Luís Pargana, por considerar que este representava e defendia mais os interesses deste partido em detrimento dos interesses dos Portalegrenses apreciava as “picardias”/provocações entre ele e a Sra presidente de câmara.

Verdade que eu próprio, em algumas ocasiões, nestes meus escrito, fiz críticas à governação do concelho.

Hoje, senti “pena” ao ver o semblante de tristeza, as palavras ditas quase como se tivéssemos a ouvir, uma daquelas gravações, quando ligamos para um qualquer organismo, palavras sem emoção, sem aquela quase “agressão” a que nos habituou a Sra presidente. Sinceramente, prefiro a emoção da presença forte, do confronto ao invés da tristeza e do abatimento.

Acredito, sinceramente acredito, lá está a minha ingenuidade, que a Sra presidente gostava muito, muitíssimo mesmo, do que fazia. Tem de se gostar muito e acreditar no que se está a fazer para se aguentarem tantas e tantas adversidades.

Hoje, a Sra presidente Adelaide Teixeira desfiou, no dizer de alguns, um rol de “caderno de encargos” para o novo executivo. Há naturalmente os que não acreditam em toda esta abastança. Na parte que me diz respeito, quero acreditar, lá está a minha ingenuidade, que esta abastança é verdadeira, senão for verdadeira, que sentido faz mencioná-la numa reunião de despedida enquanto presidente.

Alguns dirão porque não vive na realidade ou a realidade.

Outros porque nos quis “acusar”, os eleitores, de termos sido injustos ao escolher outros, quando ela tinha a solução para efectivamente começar a haver futuro para Portalegre.

Acredito que, a Sra presidente acredita, que as promessas que os Srs investidores lhes fizeram são verdadeiras. Infelizmente, como todos sabemos há muitos Srs investidores que também mentem aos presidentes de câmara, começando desde logo pelos “investidores”, governo e deputados.

Não sei se a Sra presidente que ora cessa funções, tem “estofo”, ia dizer sela, suficiente, para na mesma casa, passar de “cavalo a burro”.

Acredito que aceitando o cargo de vereadora, desempenhará o mesmo com a mesma convicção, coragem e determinação como desempenhou o cargo de presidente.

Acredito que a nova Sra presidente, Fermelinda Carvalho, não vai desperdiçar esta mais valia para o engrandecimento/desenvolvimento de Portalegre.

Podemos não concordar com muitas das decisões que a Sra presidente da câmara tomou, mas, uma coisa é certa, a câmara endividou-se nos mandatos anteriores aos dela e não vou entrar na discussão ou desculpa de que ela era vice-presidente, que também contribuiu para a divida, a ser assim todos os Srs vereadores que fizeram parte desses mandatos contribuíram. A diferença é que ela assumiu sempre esse ónus enquanto que outros não. Mas isso, é uma questão de caracter.  

O certo é que agora a câmara vive em “ABASTANÇA” quer financeiramente quer em projectos a acreditar pelo que ouvimos hoje na última sessão da câmara.

Esta ABASTANÇA tem um nome, Adelaide Teixeira, devemos-lhe no mínimo um obrigado, por isso eu não tenho pejo nenhum em dizer-lhe:

- MUITO OBRIGADO Sra Presidente.

Hoje, excepcionalmente, vou despedir-me com um até já, porque quero vê-la a tomar posse como vereadora e a exercer o cargo de um pelouro.

A todos os membros dos órgãos autárquicos que dia oito tomarão posse, desejo os maiores sucessos e que se lembrem que o que está em causa é o progresso do concelho de Portalegre e dos portalegrenses.   

Todos juntos somos mais fortes


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

O Arrebanhar

 
Foto Rádio Portalegre
 Estamos prestes a terminar mais uma campanha de pastoreio e arrebanhar num mesmo redil as ovelhas quer estejam ou não tresmalhadas.

Claro que neste pastoreio, como nos anteriores, e nos que hão-de vir, cada um dos “pastores” chamou a si as melhores terras, para que as ovelhas insaciadas possam encher as suas barriguitas.

Os “pastores”, chamam como suas, as terras que sendo de todas as ovelhas, usurpam por usucapião.

Fazem passar os “seus direitos”/”Slogan” nas televisões, nos jornais, nas rádios, através de panfletos, como é “chique” dizer-se nos “outdoors” e nos “flyers”.   

Oferecem como comida, a promessa, de tudo fazer…e bem.

E há lá melhor comida que a promessa?

Claro que não! Ela alimenta-nos o corpo e a alma, mesmo que no final, estejamos todos com mais fome e quase mortos.

Neste alto Alentejo perdido e mais concretamente no concelho de Portalegre, há quatro “pastores” e duas “pastoras” que, depois de confinarem as ovelhas no seu redil, lhes atiram com as promessas como sendo palha.

A pastora actual, CLIP, e novamente candidata, defende-se que não entregou melhor palha nestes últimos dez anos, porque herdou uma dívida e por não ter dinheiro, tinha de deixar as ovelhas à míngua. Primeiro tinha de amortizar a dívida, o que quer dizer, tinha de alimentar os tubarões ainda que aqui não exista mar. Já no pastoreio anterior, 2017, disse o mesmo, que por esta altura, 2017, havia diminuído a dívida e que por este motivo, já podia fazer a promessa de vir a oferecer melhor palha. Se a palha foi melhor nestes últimos quatro anos, eu que a comi, sendo ovelha, não lhe notei melhoria nem na confecção nem no sabor. Agora, porque ainda tem mais um prazo de quatro anos, para ser pastora, vem novamente com a promessa, de que desta, é que a palha melhora.    

A pastora candidata, PSD, já pastoreou, em terras vizinhas, outro rebanho. Ao que algumas ovelhas seguidoras deste rebanho dizem a palha que ofereceu foi um pouco melhor. Não conheço a palha que deu a este rebanho mas a avaliar pelo que ouvi na entrevista da Rádio Portalegre não deve ter sido assim tão boa, ou tão diferente. E note-se que ela tinha o palheiro cheio. Ela própria enquanto pastora do rebanho vizinho, Arronches, criticou o mau piso da cama, falta de palha, digo eu, entre Arronches e Elvas, como ovelha pouco elucidada e distraída, penso que a “cama” a que se refere, é da competência dela enquanto pastora de Arronches e do pastor de Elvas por se tratar de uma “cama” não nacional. Se é assim tão boa pastora como dizem, porque não mandou deitar mais palha na cama que é da sua competência? Queixou-se também da cama de Arronches/Campo Maior e de Arronches/Portalegre, não sendo da sua competência estas camas, sempre podia ter feito uma pressão junto das entidades com esta responsabilidade. Por outro lado se critica a pastora de Portalegre por falta de palha, investimentos, podia ter “aproveitado” esta oportunidade e chamar a si, mais proprietários de palheiros que melhor alimentasse as suas ovelhas, mas ao que julgo saber não houve palheiros que investissem naquelas ovelhas, vá-se-lá saber porquê, talvez porque não sejam ovelhas mas sim porcos…(sem ofensa).

À semelhança da pastora candidata de Portalegre e porque o seu prazo de pastora naquele rebanho terminou, vem agora candidatar-se a pastora de um novo rebanho, com a promessa de fornecer a qualidade da palha que ofereceu ao rebanho de Arronches, eu por mim tenho dúvidas que a palha seja melhor.         

O pastor candidato, PS, do meu ponto de vista não oferece palha, nem feno nem ração. Oferece ilusão. A ilusão de criar mil postos de trabalho nos próximos quatro anos. Lá vai forçar as ovelhas a trabalharem, enquanto elas querem estar no pastoreio/descanso a receber RSI. Oferece a ilusão da barragem do pisão, como oferece a ilusão que se for eleito pastor ficará a pastorear o rebanho. Todo o pastor quer lucrar com as ovelhas e se ele já lucrou ao estar no rebanho da Assembleia da República, não vai querer voltar, embora como pastor, se sendo ovelha come mais e melhor.

O pastor candidato, CDU, oferece a palha de que com ele tudo é melhor. A verdade é que também já foi pastor, embora pastor adjunto, ou como queiramos chamar-lhe. Já fez parte da família dos pastores e qual foi a palha que deitou às ovelhas no tempo em que foi pastor? Deitou a mesma palha que a família de pastores de que fazia parte deitou. A sua maior preocupação e a de melhorar a palha da “limpeza do redil”, certo que todas as ovelhas gostam de ter um redil limpo, mas isso não deve ser preocupação de melhoria, essa preocupação nem devia existir. Elege também como preocupação o redil “fábrica da rolha”, esquecendo-se que o pastor, pertença do seu redil, e que faz parte da família actual de pastores, já inviabilizou e criticou por diversas vezes, a solução apresentada pela actual pastora.

Acredita este pastor que, se não representasse o redil, partido, que representa, seria eleito como pastor. Ao que as outras ovelhas dizem os pastores eleitos nestas pastagens, autárquicas, não tem muito a ver com os redis/partidos que representam, mas sim com a capacidade/competência do pastor, então em que ficamos? É a Capacidade/competência do pastor ou ideologia do redil? Fico sem saber enquanto ovelha.

O pastor candidato, BE, nem percebi muito bem a palha que nos quer dar. Fiquei com a ideia que é da mesma palha que já comi. Quer trazer o comboio para mais perto da cidade, não referindo muito bem onde. Mas todos os outros pastores falam no mesmo. Alguém acredita que o comboio mais perto da cidade é solução para alguma coisa? Eu não acredito, pelo menos em termos de passageiros e mesmo em termos de mercadorias tenho muitas dúvidas. Mas sim, é uma palha que comerei, para ver se há quem fique saciado, empanturrado

O pastor candidato, Chega, é o único que se assume como candidato a “pastor secundário”, o mesmo é dizer vereador. Um pastor que se apresenta como candidato a pastor principal e se assume como pastor secundário, está derrotado à partida, não acredita na palha que tem para distribuir e prefere não distribuí-la. Deixando a outros o ónus da responsabilidade da palha que distribuem.   

Por mim, já fiz a minha escolha da palha que vou ou não comer. Penso que a maioria das ovelhas também já fez a sua escolha e porque não gostam muito de mudar de sabor, penso que vão continuar a comer da mesma palha até esta se esgotar, o que será provavelmente daqui a quatro anos.

Não fique no redil, faça a escolha do pastor ou pastora que quer e sempre que não gostar da palha, rejeite e exija outra

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Esta gente não se manca

 
Gettyimagens
 Os casos não são de hoje, nem de agora, já vêm de trás. Há pessoas que não aprendem por mais que se esforcem, se é que se esforçam, são burras!

Como diz o povo “burro velho não aprende línguas” ou “quem nasce torto, eu digo burro, tarde ou nunca se endireita”.

É o caso, em abstracto, já nasceu torto e para agravar a situação, burro.

Infelizmente, temos, alegadamente, para além de outros, que agora não importa identificar, um “burro torto e velho” na Assembleia da República e que ainda-por-cima é o segundo na hierarquia do estado. Este alto dignatário da nação, - alto? – sim, na estupidez e na burrice, cada vez que abre a matraca só se vê a podridão que lá vai dentro.

Lembram-se da sapiente frase “estou-me cagando para o segredo de justiça”?

Pois é, a propósito do empate da selecção de Portugal, com a selecção de França e em consequência ter passado aos oitavos de final do euro 2020, vem agora exortar-nos a viajar em força e em peso até Sevilha.

Alegadamente, este “torto, velho e burro”, não se manca, mas é manco... Não vive num planeta a que chamamos terra. Não tem a noção que já vai para dois anos que vivemos a nível planetário uma pandemia que não há meio de se resolver. Exorta-nos agora, qual hino nacional, “contra os canhões…marchar, marchar!”

Alegadamente, para este “torto, velho e burro” dignatário da nação, é mais importante o apoio a uma selecção de futebol, por mais que isso nos possa “encher de orgulho” do que o apoio aos profissionais de saúde que diariamente lutam, e estes sim lutam, contra os canhões, aos infectados por este terrível vírus e aos familiares de todos os que já partiram.

Hoje mesmo, 25/06/2021, ao momento a que escrevo este artigo, entra-me pelo computador o reiterar do pedido aos deputados para estarem em Sevilha “os que puderem claro”.

Depois das críticas de que já foi alvo, por parte de outros muito mais avalizados do que eu, o “homem” não se manca mesmo.

É assim que o “homem” pensa e age. – Pensa? Mas burro tem capacidade de pensar? – Pois, não sei, se calhar tem!! Ou é a prova, provada que “burro velho não aprende línguas”.

Alegadamente, também, temos no primeiro lugar, “o burro inteligente” que logo decifrou o “zurrar” do “burro, burro”. Diz ele: "Eu acho que aquilo foi a expressão de uma ideia que nós percebemos que é os que puderem ir que vão para termos um apelo significativo à selecção, mas está implícito que respeitem as regras e que só vão aqueles que possam ir, foi assim que eu li". Para continuar: "Eu próprio já que tinha dito ontem [quarta-feira] que gostava muito de ir, pensei para comigo mesmo que eu só vou se o morador em Lisboa comum puder ir, se não puder ir, não vou".

Ah pois! Afinal o burro aqui sou eu, e “você” que está a perder tempo na leitura deste artigo.

Afinal, alegadamente o “burro inteligente” deseja tanto ir a Sevilha quanto o burro, burro e também ele faz um apelo ou uma reivindicação: “Povo de Lisboa, comum, que isto é importante, nada de “elites” marchem sobre Sevilha para que eu também possa marchar, marchar…”

Pois, não sei se o povo comum de Lisboa, vai marchar sobre Sevilha, mas uma coisa já entendi, e sou burro, “o burro inteligente” vai lá estar, hoje mesmo, antes que as portas se fechassem de fim-de-semana, os “burros seguidores” já lhes deram permissão.

Querem obrigar-nos a regras que eles não cumprem. O sinal positivo, digo eu que sou burro, não seria o de absterem-se de ir?

ESTA GENTE NÃO SE MANCA

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Em defesa da Honra

 

Sinto pena de mim próprio e às vezes alguma raiva, por ainda acreditar no “Pai Natal”. Mas que raio! será que isso é mesmo mau? Quem é que não gostaria de poder ser “pai natal” durante o ano inteiro e não apenas num lapso de tempo, muito curto, e ainda por cima, no final do ano? Ter muitos presentes para entregar? Satisfazer as ilusões contidas? Dar alegria, satisfação e esperança aos desesperados? Eu gostava, desejava tanto poder ser esse pai natal.

Não sei se conseguiria presentes para todos.

Não sei se as renas quereriam colaborar.

Não “chega” ser ou querer ser pai natal, temos de contar com as renas, se elas se recusarem, não há pai natal que se desloque.

Não sei se teria capacidade, saber e forças suficientes para satisfazer todas as ilusões e esperanças espalhadas por esse mundo fora.

Não tenho “mais olhos que barriga”, até porque os olhos já vão falhando e a barriga nunca foi grande.

Por isso, tenho de cingir “esse mundo fora”, ao “meu mundo”. Este meu mundo é limitado por uma linha a que chamamos concelho de Portalegre e mais limitado ainda por outra linha designada de União de Freguesias da Sé e São Lourenço. Ainda assim, é um mundo suficientemente grande, aproximadamente treze mil almas, com ilusões contidas, presentes por receber e esperança perdida.

Gostava de poder ser o pai natal, dizer às pessoas que a esperança é a última a morrer. Gostava de poder dizer às pessoas, peça e acredite que é possível receber.

Foi imbuído deste espírito de “pai natal”, que aceitei fazer parte, como cabeça de lista, independente, à assembleia de freguesia, da União de Freguesias da Sé e São Lourenço - Portalegre, apresentada pelo partido político – CHEGA.   

Aquando do convite, efectuado pelo líder da distrital, - Júlio Paixão, “marquei” a minha posição, deixando claro que, embora comungue de muitas das ideias defendidas pelo partido “Chega” e pelo seu líder – André Ventura, não me revia em todas, pelo que não abdicaria “nunca” de continuara a ser “eu”. A continuar a acreditar nas minhas “crenças,” a defender as minhas ideias, num contexto de liberdade e de livre expressão. Queria continuar a fazer as “minhas críticas” e os elogios quando fosse caso disso, independentemente da cor, da raça, da ideologia politica, crença religiosa ou clubística. Estas “condições” foram aceites pelo líder da distrital e membros da concelhia de Portalegre.

No dia um de junho de 2021, num jantar convívio, com a presença do líder do partido “CHEGA” – André Ventura, fomos apresentados como candidatos, os cabeças de listas aos vários órgãos autárquicos, doze concelhos dos quinze do distrito de Portalegre.

Fomos “incentivados” pelo líder da distrital, - Júlio Paixão, a criar páginas de internet, especialmente nas redes sociais, e “inundar a internet”, palavras dele.

Com o objectivo de ir dando conhecimento aos eleitores das actividades dos candidatos e apresentação do programa para Portalegre, junto com alguma crítica, naturalmente, do que se poderia melhorar, criei um grupo no facebook, com prévia concordância e autorização do líder da distrital, do partido “CHEGA”, - Júlio Paixão.

Neste princípio, no dia seis de junho, fiz uma publicação, na minha página pessoal, na do grupo que acabara de criar e nos “Desabafos de Portalegre”.

Nesta publicação narrei o facto, que ainda hoje pode ser constatado, o de uma “empresa” ter feito um serviço de “limpeza”, dos bancos do jardim da corredoura, que na minha opinião, não foi completado, logo não foi devidamente executado, independentemente desse serviço ser “pago” ou não.

Se este assunto é o maior problema de Portalegre? – Não, certamente não é. Foi apenas um motivo com que na altura me deparei e sobre o qual decidi escrever à semelhança do que já venho fazendo há algum tempo.

A minha publicação parece que “atingiu” o alvo errado. E isto porquê? porque o empresário, parece ser militante ou simpatizante do partido “CHEGA” e sentiu-se incomodado e até ofendido, exigindo mesmo um pedido de desculpa público. De referir que eu nunca ofendi quem quer que seja, nem sequer referi o nome da empresa ou empresário. Referi apenas um facto, logo não sinto nenhuma obrigação de pedir desculpas a quem quer que seja.

Reconheço o direito às opiniões deixadas pelos diversos “opinantes”. Havendo “alguns” que “exigiram” a minha “cabeça” por mensagem privada enviada ao líder da distrital do partido “CHEGA” – Júlio Paixão.

Lamento muito sinceramente que um líder político, reconheça por mensagem que me enviou e transcrevo “… não li nada de mal a não ser a resposta ordinária do ofendido… contudo, estou a receber muitas mensagens de indignação o que não compreendo, uma vez que no post não ofende ninguém, relata apenas uma situação… o AV tbm já disse muitas e perdeu muitos votos é certo, mas AV está num patamar acima… Tenham cuidado, isto é uma cidade pequena, um pequeno erro, damos tiros nos pés…” se deixe influenciar por “opiniões” com as quais não concorda e se deixe “corromper/subornar”.

No sábado dia doze de junho, após a “dispensa” por telefone, recebi a confirmação por e-mail que transcrevo:

 "Perante a sua publicação numa página com a imagem do CHEGA, onde de sua livre vontade expõe um caso sobre uns “bancos do jardim", sem antes ter verificado o porque da situação, a mesma transmitiu uma imagem muito negativa e polémica, que levou à degradação da imagem pública e da credibilidade do partido e da própria distrital.

Conforme alguns prints de mensagens que lhe foram enviadas, facilmente pode comprovar que gerou uma situação, não apenas preocupante como confrangedora para todos os restantes elementos dos Órgão Autárquicos, candidato à presidência da Câmara Municipal de Portalegre, e candidato à Assembleia Municipal.

Assim, eu, Júlio José Pires Paixão, na qualidade de Presidente da Distrital do Partido Chega, pelos poderes e competências que me são conferidos pelo partido CHEGA, depois de ouvir o Presidente do Nucleo Concelhio e o nosso candidato à presidência da Câmara, informo V.exa., que a partir desta data deixa de ser o nosso candidato à União de Freguesias da Sé e São Lourenço de Portalegre, com efeitos imediatos".

 Tive oportunidade de lhe dizer, após ter tomado a decisão de me “afastar”, que lamento que um partido que tanto ataca a corrupção, o seu líder distrital, os membros da concelhia e inclusive o coordenador autárquico nacional, - Nuno Afonso se deixem “corromper/subornar”. No meu entendimento, não há apenas suborno financeiro, de favores ou de influências, há também o que eu chamo de “corrupção intelectual” e é deste suborno que estou a falar “corrupção intelectual”.

Fui afastado de candidato à união de freguesias da Sé e São Lourenço de Portalegre pelo partido Chega, porque os seus líderes se deixaram corromper intelectualmente.

Chego à conclusão que se o meu “post” tivesse tido como alvo, não um militante ou simpatizante do Chega, mas antes um “comunista” ou “socialista” eu teria “acertado” e seria até apoiado, como pelos visto, acertei num “chega” epa! Erraste!.

Só se podem criticar os comunistas ou socialistas, os “CHEGAS”, não.   

Se estou arrependido de ter aceite o convite? Não, sinceramente não. Fez-me ter a experiência, embora por pouquíssimo tempo, por dentro.

Veio corroborar a minha “ideia/opção” de eventualmente continuar no maior partido nacional. “O abstencionismo”.

Amigos! O pai natal não existe. Foi uma criação da coca-cola para nos fazer acreditar nas virtudes de tal bebida e com isso fazer-nos gastar o “nosso” dinheiro numa ilusão que conseguiríamos os nossos objectivos. Quando criaram o pai natal não pensaram em nós, pensaram neles, de como se tornarem “grandes” e encherem os bolsos.

Pense nisto o “CHEGA” é o pai natal que queremos? Pensa(m) nele(S) ou em nós?.

Como diz o povo “mudam as moscas, mas a merda continua a mesma”.

Viver o sonho é óptimo. Acordar para a realidade é penoso.

Apesar de tudo, vou continuar a desejar pela vinda de um pai natal como o idealizo.

Devo um pedido de desculpa sim.

À minha família que me aconselharam a não aceitar o convite.

Aos amigos, especialmente uma amiga, ela sabe a quem me refiro, que de alguma forma se “escandalizou” pela surpresa de ver o meu nome associado ao partido “CHEGA”.

A minha tranquilidade resulta no facto de:

“ERRAR É HUMANO”. Eu errei na escolha por acreditar que seriam diferentes.   


sábado, 29 de maio de 2021

Vergonha! Vergonha! Vergonha!

Foto "o Jogo"

Há sensivelmente duas semanas, assistimos por parte dos adeptos de um clube de futebol, Sporting Club de Portugal, à concentração/comemoração da vitória no campeonato nacional.

Não vou falar do planeamento atempado ou falta dele, por parte de quem de direito, polícia, clubes de futebol, federação de futebol, governo/Ministério da Administração Interna, para controlar ou até impedir, a tudo o que assistimos por parte dos tais adeptos.

Que a coisa correu mal, correu! Não há como negá-la. 

Como consequência, embora não admitida, isso era admitir o erro, o improviso, a falta de profissionalismo, a falta de senso comum e tudo o mais que se possa imaginar, houve um aumento de casos de “covid 19” na área metropolitana de Lisboa. Claro que não há coincidências. Toda a causa produz um efeito e o efeito viu-se/vê-se ainda continuam a aumentar.

Apendemos a lição? – Não!

E devíamos ter aprendido? – Sim. Só os burros, dizem, não aprendem. Então seremos todos burros.

Hoje vai realizar-se no Porto, a final da Liga dos Campeões entre dois clubes estrangeiros, concretamente Ingleses “Manchester City” e “Chelsea”. Não percebo nada de futebol e as regras que o movimentam, mas, surge-me uma dúvida/pergunta, este jogo não se podia ter realizado em Inglaterra? Porquê em Portugal? ainda em plena pandemia.

Reconheço que os empresários portugueses precisam de reatar os seus negócios e a vinda de milhares de ingleses são uma “lufada de “ar fresco”.

O que não reconheço é que lhes sejam permitidas “regras diferentes” às nossas, “portugueses de bem” ou de mal, conforme a visão de cada um. Os “portugueses de bem” não podem juntar-se numa mesa de esplanada, mais de seis pessoas. Não podem modificar a disposição das mesas. Aos “ingleses de bem” imagino que sejam de bem, embora a avaliar pelos seus comportamentos os considere mais de mal do que de bem, é-lhes permitido juntarem-se aos magotes numa só mesa. É-lhes permitido alterar a disposição das mesas e das cadeiras aventando-as, adoro este termo, uns aos outros. É-lhes permitido beberem nas ruas. É-lhes permitido andarem aos magotes sem máscaras, enfim, é-lhes permitido tudo e nem sequer são identificados. Eu quero deixar de ser português de bem ou de mal e passar a ser inglês, quer seja inglês de bem ou de mal serei certamente tratado de maneira diferente para melhor.

Infelizmente é um país que me confunde. Tratamos mal os de dentro para tratarmos bem os de fora quando estes não têm um “pingo de consideração” por quem os recebe de braços abertos. Eu por mim, fecho os meus braços, enquanto não me respeitarem como português que sou.

A época de praia está praticamente aberta, onde está a moral, a sensatez e a idoneidade de me continuarem a exigir o cumprimento de regras para a utilização de um espaço público, nosso, enquanto que, a estrangeiros não lhes é exigido nada. Haja pachorra!

Não tenho dúvidas que dentro de dez a 15 dias, vamos ter os efeitos desta lufada de ar fresco vinda dos lados de Inglaterra, se vai tornar numa nova “lufada de pandemia” e voltamos a ter no norte, Porto e arredores, um aumento de infectados de “covid 19”.

Aguardemos pela “coincidência”.

 

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas

 

Todos sabemos, mesmo os de longe, hummm, o que é a lonjura para um alentejano, quando todos sabemos que “é já ali”, que todos os anos e não só no verão, somos “invadidos” por “almas de outro mundo” e estas sim vêm de muito longe. Chegam-nos vindos do Nepal, Banglasesh, Paquistão, Índia. Países que a maioria dos alentejanos, locatários destes “novos inquilinos” e porque não dizê-lo grande parte da população portuguesa, não fazem a mínima ideia onde ficam. Também, não sou eu que vou dizê-lo, aos curiosos, deixo-vos como desafio a pesquisa, ia dizer o estudo mas isso são outros quinhentos, seria pedir demasiado.

Nestes últimos anos, no Alentejo, temos vindo a ser invadidos, porque duma invasão se trata, por invasores em maior percentagem que os naturais.

Esta invasão dizem-nos, é para fazer o trabalho que os alentejanos e os restantes portugueses já não querem fazer. Os alentejanos, muito embora, gostem do descanso e da sesta é… ou foram, gente trabalhadora. Ainda “sou do tempo” de ver ranchos na apanha da azeitona e nas ceifas à mão. Felizmente que a maquinização veio facilitar estes trabalhos, mas por outro, veio “lançar” ao desemprego, melhor dito, ao ócio e preguiça muitos alentejanos e demais portugueses.

A minha pergunta/dúvida é se ainda há serviços/trabalhos onde esta maquinização não é tão evidente, ao ponto de ser necessária tanta mão-de-obra, porque são “contrabandeados” tantos imigrantes? E não é aproveitada a mão-de-obra portuguesa? Já que os salários e impostos serão evidentemente os mesmos.

Claro que a resposta, dirão uns, é porque os portugueses já não querem trabalhos pesados… outros dirão, porque é muito melhor estar em casa ou no café, sem fazer nada a receber subsídios, os que sejam…pois é! É este o país que queremos? Pense nisso.  

As vergastadas desta invasão ouvem-se a léguas, ecoam sibilando pelos ares vindos dos lados do mar, em plena planície alentejana.

Estas vergastadas doem e doem muito no corpo e na alma daqueles que as sofrem.

Deviam doer ainda mais naqueles que as dão, mas não, estes não sentem nada…

Nunca ninguém se preocupou, nem os que deviam ter essa preocupação, desde logo quem os traz, melhor dizendo quem os contrabandeia e escraviza, quem os recebe e lhes dá trabalho e sobretudo quem tem como missão fiscalizar, o estado, e no estado estão incluídos todos os organismos dele dependentes: - Ministérios, Câmaras, Juntas de freguesia, policias, de verificarem as condições de chegada, de habitabilidade, de saúde e de trabalho.

Eles não são nossos, são carne para canhão, e só quando um desses pedaços de carne entope o canhão, “aqui d’el rei”!

Foi o que aconteceu desta vez, embora não seja a primeira, uns desses pedaços de carne entupiram o canhão, o mesmo é dizer o sistema e foi um “deus” nos acuda, e sim, é um d minúsculo, porque não há um D maiúsculo no meio de tantos ateus.

Já que “Deus” nos faltou há que ser santo em altar próprio. Se o altar é pequeno para tantos “infiéis” requisite-se a igreja “Z Mar”. O “deus”, ministro da administração interna – Eduardo Cabrita, sentado no degrau do seu altar, ou já deitado, dá ordem à Guarda Nacional Republicana, para que às quatro (4) da manhã, quando os cães dormem e os galos ainda não cantaram, do dia 04/05/2021, retire os “infiéis” dos locais onde se encontram e os depositem na igreja “Z Mar”, contrariando todos os “fiéis” detentores da posse dos direitos desta “igreja”.

Este “deus” menor- Eduardo Cabrita, sabia que se queria ter êxito, na ocupação da “igreja” tinha de ser rápido na ordem e no cumprimento da mesma, não tanto para a salvaguarda da saúde e dos direitos dos infiéis ou dos fiéis, mas sim para a sua eternização no “altar”, antes que o Supremo Tribunal Administrativo, “Santa Fé”, viesse a dar razão à providência cautelar, “auto de fé”, interposta pelos “fiéis”.

Hoje, dia 07/05/2021 soube-se que o “auto de fé” foi aceite. Infelizmente, o “deus” menor conseguiu os seus intentos e enquanto o “pau vai e vem descansam as costas”, as dele claro, ou seja, livrou-se “de boa”… os fiéis continuam a lutar pelos seus direitos, e os infiéis oram ao Deus deles para que esta fartura na terra “prometida” não acabe.  

Dos “outros deuses”, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, sempre que há um conflito de “religiões” não se ouve nem uma “oração” nem um “amém”.

Será que há o “Amém” de todos nós?


domingo, 2 de maio de 2021

Novo aeroporto versus barragem do "Pisão"

Foto Tribuna Alentejo

Os rostos da mentira a dizerem-nos
- Olha! Eles acreditam!
E riem-se mesmo à nossa frente.

 Ciclicamente, especialmente em ano de eleições, quer sejam para as presidenciais, legislativas, ou autarquias ouvimos falar sobre estes empreendimentos.

O aeroporto da Portela em Lisboa, foi construído, em 1942, imagine-se por aquele estado, chamado de “estado novo”, que é “acusado” de só subjugar o povo. Não vou falar das imensas obras a nível nacional feitas pelo então “estado novo”. Do que vou falar é das promessas do “estado a que chegámos”, hoje o nosso estado. Desculpem-me a reutilização desta designação, que não é minha, mas que define muito bem as sucessivas governações pós 25 de abril de 1974 e não apenas o antes, a que se referiu Salgueiro Maia.

Nestes últimos anos dizem-nos que o aeroporto da Portela está saturado ou seja sem capacidade para receber mais aviões. Mas será mesmo assim? Tenho as minhas dúvidas, porque a ser mesmo verdade, já o teriam construído, digo eu que não sou “expert” na matéria.

A primeira vez que se ouviu falar num novo aeroporto foi ainda no “estado novo”, poucos anos depois da sua construção em 1969, era eu uma criança e sem televisão, pelo que não tenho rigorosamente nenhuma memória sobre este assunto.

Pode-se dizer que já nasceu esgotado, porque passados 20 anos, já os algozes queriam um novo, não o tendo conseguido nesta altura, insistem, insistem, insistem…

Já no “estado a que chegámos”, o que vivemos actualmente, os nossos “queridos” políticos/governantes e demais correligionários, entenda-se todos os que ganham milhões á nossa custa, querem continuar a fazer-nos acreditar na patranha do esgotamento do aeroporto da portela.

“No estado a que chegámos” já vivemos sob a alçada de governos de todas as cores e símbolos, socialistas, PSD(s), mistos (PS/CDS/PSD).

Não sei se por coincidência ou não, chego à conclusão que o aeroporto da Portela só esgota a sua capacidade quando nos governam os nossos “queridos” socialistas, senão vejamos:

Em 1999 é a primeira vez “que no estado a que chegámos” se fala no esgotamento do aeroporto da Portela, quem nos governava? – António Guterres;

Volta-se a falar em 2008, quem nos governa? – José Sócrates;

Terceira tentativa em 2019, quem nos governa? – António Costa;

Em 2021 depois de mais de setenta milhões gastos só em estudos, deitados para os bolsos dos correligionários, chega-se à conclusão que nenhuma das hipóteses já “estudadas” e dadas como certas é adequada para o novo aeroporto alternativo.

Voltamos à estaca zero, novos estudos, mais dinheiro…

Há dez anos é inaugurado o aeroporto de Beja, num investimento de trinta e três milhões de euros, ressalve-se que só em “estudos” dos alternativos em Ota/Alcochete/Montijo já se gastou mais do dobro. O primeiro-ministro de então, José Sócrates, dizia que o investimento foi ponderado e a infaestrutura iria servir todo o país. Vê-se no que está a servir…de pousio.  

Do novo aeroporto, a construir sabe-se lá quando, lá para os lados de Lisboa, passamos a uma realidade bem mais próximo de nós, norte-alentejanos, à barragem do Pisão.  

Também aqui, há mais de setenta anos, se fala da necessidade deste investimento.

Todos os ministros socialistas, incluindo o primeiro-ministro, sempre que visitam o alto Alentejo, mais concretamente o distrito de Portalegre, fazem dessa visita, campanha eleitoral, desta é que é, desta é que se vai construir a barragem e nós alentejanos de boa alma, acreditamos. Actualmente, o “nosso” representante socialista no parlamento, Luís Moreira Testa, através de uma alocução, de puro sabujismo e lambe botas, na assembleia da república perante o primeiro-ministro, agradeceu o investimento inscrito no PRR, levando-nos a acreditar que a construção da barragem está para breve. Esta “gente” lambe botas, mentirosos, querem fazer-nos a todos de parvos, fazer parecer aquilo que na realidade não é.

Mostraria os "tomates de alentejano", se é que os tem, se em vez de ter bajulado o primeiro-ministro, o tem confrontado com as mentiras que tem propalado quer sobre esta construção quer sobre a construção do novo quartel da GNR.

Claro que ao mostrar os tomates ficaria despido e numa posição incómoda de ultraje politico.   

Quem assistiu à última reunião do executivo da câmara de Portalegre, ficou a saber que não há nem nunca houve nenhum projecto de construção da barragem do Pisão. Soube-se que os quinzes concelhos acordaram pagar em partes iguais os “estudos”, uma vez mais os “estudos”, de impacto ambiental e suas envolventes. Só este estudo vai ficar em mais de um milhão de euros. Ficámos também a saber que em 2005 a câmara do Crato tinha pago nos mesmos estudos mais de quinhentos mil euros e ao que foi dito pelo Sr vereador Correia da Luz, à data presidente da câmara do Crato ainda estariam válidos.

Contrariamente ao que diz o Sr deputado Luís Moreira Testa, o governo não tem nenhuma intenção de construir a barragem do Pisão, nem sequer pagar os “estudos”, obrigando-nos a todos nós alto alentejanos do distrito de Portalegre a suportar tal encargo através das câmaras.

Mas estes socialistas são por demais, para além destas eternas promessas, barragem do Pisão, quartel da GNR, vêm agora com mais uma, o plano estruturante da via férrea.

Já que falamos em via férrea e uma vez que há cabeças, não sei se só socialistas, se estão a voltar de novo para Beja, será que o plano estruturante da via férrea contempla passar pelo aeroporto com destinos vários. Sabemos que Beja e Lisboa distam alguns quilómetros, mas a linha férrea não seria uma boa solução quer em termos económicos/financeiros quer em termos ambientais? 

Ainda vamos ver o “elefante branco” de Beja tornar-se o elefante cá de casa.

Claro que vamos continuar nos estudos… 

Resumindo, fracos alunos, não passam dos estudos…   

 

domingo, 25 de abril de 2021

O "Estado a que Chegámos"

“Meus senhores, como todos sabem há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos”

Capitão Salgueiro Maia

Hoje, uma vez mais, vamos ouvir inflamados discursos sobre o 25 de abril. Não tinha pensado/decidido escrever sobre este dia, até porque tenho a certeza, outros o farão muito melhor que eu.

Quem tem conta no facebook costuma ser “surpreendido” com a pergunta - “ Em que está a pensar Isidro António”?

Nem ligamos a essa pergunta porque é repetitiva e já não nos surpreende. Hoje decidi ligar-me. – Em que estou a pensar?

Estou a pensar no “Estado a que chegámos”. Quarenta e sete anos depois da celebração do vinte e cinco de abril, estamos precisamente no mesmo estado, o “estado a que chegámos” senão pior.

Outra pergunta que é usual fazer-se é – “Onde estava no 25 de abril de 1974”. A esta pergunta nem todos poderão responder, porque alguns do que o viveram já não estão entre nós ou porque ainda não eram nascidos ou porque de tão pequenos, desse dia não têm memória.

Eu tenho memória desse dia e dos dias (época) anteriores e dos dias posteriores até hoje ao “estado a que chegámos”.

Na manhã do 25 de abril de 1974, à semelhança dos meus colegas, professores e “contínuos” tinha-me dirigido para a escola, frequentava a Secção Liceal de Elvas do Liceu Nacional de Portalegre. Saí de casa sem saber que nessa noite, madrugada, se tinha dado o 25 de abril.

Chegados ao liceu, os contínuos mandaram-nos regressar a casa, sem paragens no caminho e ficarmos lá até ordem em contrário. Não me lembro se nos deram alguma explicação do que estava ou tinha acontecido. Mas logo nos apercebemos que algo de muito importante tinha acontecido. Cada um cumpriu à risca a ordem, nessa altura não se discutiam “ordens”, obedecia-se.

Já depois de estar em casa tive a noção do que estava a acontecer, até porque vivia numa cidade militar e viam-se as movimentações das colunas militares. Penso que ainda nesse dia, ou no dia seguinte, contrariando a “ordem” da minha mãe, tive a ousadia de me dirigir às imediações do Regimento de Lanceiros 1, penso que era assim que se chamava o quartel na altura. Esse dia ainda hoje está vivo na minha memória e a adrenalina que senti ao experienciar esses dias. O 25 de abril não foi um dia, foram vários dias.

O que há de semelhante ou diferente ao “estado a que chegámos” antes do 25 de abril de 1974 e o “estado a que chegámos” hoje.

Provavelmente, contrariarei muitas das opiniões, que hoje são tidas como “politicamente” corretas/aceites.   

Diz-se que o “estado a que chegámos”, estávamos antes do 25 de abril, era o de um país subdesenvolvido, pobre, onde se trabalhava de “sol a sol”, iletrado, sem liberdade. Quase sempre se associa o conceito de liberdade à falta de liberdade politica e de expressão. Como se a LIBERDADE fosse apenas isto.

Diz-se que os pobres, os filhos dos trabalhadores, não tinham condições para estudar. Sou filho de um pai trabalhador rural e de uma mãe doméstica que tratava de quatro filhos. Não me lembro de algum dia ter passado fome ou de não ter “nada” para comer. Não comia carne nem peixe todos os dias. Mas comia, nem que fosse uma vez por semana, uma refeição de carne e outra de peixe. Frequentámos eu e os meus irmão mais velhos a escola pública. Frequentei o Liceu de Elvas. Escola pública das “elites”. E não, nunca me senti discriminado.

Sou a excepção à regra? Não! Havia outros.

O “estado a que chegámos” hoje.

Há fome? Há, muita!

Trabalha-se de “sol a sol”? trabalha-se! Mais do que isso, trabalha-se de noite.

Há desemprego? Há! Mais do que isso, há muitos que não querem fazer “nenhum”

Há exploração? Há e muita!

Há quem viva à conta dos outros? Há e muitos!

Há quem não consiga pagar as contas? Há e muitos!

O que fizeram para melhorar as condições de vida dos portugueses? Pouco, ou muito pouco. O que fizeram foi com a “herda” do estado a que chegámos antes do 25 de abril. As reservas de ouro, que delapidaram e roubaram. Fizeram-no com os rios de dinheiro vindo da Comunidade europeia, CEE. Fizeram auto-estradas pagas pela CEE e que ainda hoje continuamos a pagar porque as deram aos amigos para nos continuarem a explorar. Onde está a melhoria de vida para os pobres de então e para os pobres de hoje? Os pobres de então recebem pensões de miséria. Os pobres de hoje recebem subsídios e esmolas do Banco Alimentar contra a Fome e de quem colabora com estas instituições. São os pobres que alimentam o sistema, não são alimentados por ele.

Chegámos à liberdade.

Há liberdade? A pergunta do milhão!!

Quer responder por mim?

Só para ajudar um pouco na resposta. Ainda ontem vi na página de um amigo do facebook dizer que só deveríamos emitir a nossa opinião desde que dominemos os assuntos… pergunto se isso é liberdade ou castração dessa liberdade? “Ainda por cima” esse amigo é jornalista. Onde está então a liberdade de expressão?

Existe liberdade política?

Chegámos ao estado em que uma pessoa, Ana Gomes, pede a ilegalização de quinhentas mil (500.000) pessoas.

Chegámos ao estado em que os "donos disto tudo" se permitem apropriar do 25 de abril. A coberto de desculpas, do "estado em que se vive", apenas quem eles autorizam, podem celebrar o 25 de abril. 

Este é o “estado a que chegámos”.

Outro estado precisa-se.

Outro 25 de abril precisa-se.

Outro Salgueiro Maia precisa-se

Não quero fazer analogias. Mas, será que o André Ventura é o Salgueiro Maia de hoje? Sem armas físicas, mas com a melhor arma de todas, a PALAVRA, e por isso tantos temem o novo 25 de abril?.

 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Esquerda...Direita...Centro

 

Não sou político ou talvez seja e não o saiba. Os ditos políticos dividiram o estado no qual vivemos, a democracia, em direita e esquerda, alguns dizem situar-se no centro, seja lá o que isso for, talvez seja, porque, como diz o adágio popular, é no centro que está a virtude ou porque no centro, sempre ficam mais perto da direita ou da esquerda e assim podem correr de um lado para o outro sem se cansarem muito, deste modo tentam agradar a todos. A Gregos e Troianos.

Nunca se vai conseguir agradar a todos, nem à dita maioria, porque esta é tão volátil quanto o centro.

Os tais políticos e/ou os ideólogos políticos, não se satisfazendo com estas posições, esquerda, direita, ah! esta ideia fez-me recuar no tempo, lembrando-me os meus tempos de militar, esquerda, direita, esquerda direita … como é que nenhum militar se lembrou de esquerda, direita, centro… esquerda…direita…centro, ao que ia, há uns tempos para cá, os esquerdas não satisfeitos com o lugar que ocupavam resolveram criar os extremas esquerdas, polarizaram a esquerda.

Por não haver, penso eu, um partido verdadeiramente à direita, já que os existentes se dizem situados ao centro, há dois anos nasceu um partido que se diz situado à direita, assume-se direita e não centro, ou seja, vem ocupar um espaço deixado sem dono.

Quando se ocupa um espaço, mesmo que não tenha ou se desconheça o dono e se comece a melhorar e a construir e se veja trabalho, os vizinhos exclamam:

- OPSSS! O que é isto?

- Quem são estes?

- O que vêm para aqui fazer?

Às suas próprias perguntas respondem:

- São invasores!

- São ocupas!

No meio destes, há sempre um mais entendido e que exclama:

- Não! são da extrema direita!   

- Temos de acabar com esses gajos!

- Temos de ilegalizá-los!

 e vai daí faz-se uma denúncia ao ministério público e aos tribunais para acabar com a “dita raça”.

Não se avalia se há melhorias no dito terreno. Isso não importa.

Não se avalia se essas melhorias trazem benefícios para os terrenos vizinhos. Isso não importa.

Para os vizinhos é uma provocação, uma invasão daquilo que julgam ser detentores e um perigo iminente de invasão do seu próprio terreno.

Não entendem, nem querem entender, menos ainda, permitir que os intrusos tenham feito o que eles nunca fizeram, a eliminação de parasitas, a desmatação e a construção de uma vida melhor para todos.

Não sou político, e para ser sincero, acredito muito pouco neles, mas quero acreditar nas pessoas. Se nós quisermos podemos fazer diferente para melhor.

Cada um chamar-lhe-á o que quiser. Direita ou extrema direita.

Se estamos numa democracia e se:

há esquerda,

há direita,

há Centro,

há extrema esquerda,

porque não pode haver estrema direita?

Compete a cada um de nós escolher.

Tem de se por fim a este estado de coisas, prática de crimes vários por parte dos políticos e dos agentes de estado sejam eles juízes, professores, militares, forças de segurança, etc.

Quando finalmente há uma voz que se levanta, a de um partido político e do seu líder, tenta-se eliminá-los, seja de que maneira for, recorrendo à ilegalização ou a programas de televisão.

Gostei de ver os programas de televisão, SIC, sobre os “túneis” do dito partido de extrema direita, claro que há sempre a perspectiva e o “terreno ocupado” de quem os faz.

Gostava muito de ver também, os túneis dos ditos partidos de esquerda, de estrema esquerda, do centro e da suposta direita. Só assim estaria em condições de avaliar e comparar.

Sugiro aos jornalistas da SIC e à própria SIC que faça esses programas.

Posso não concordar e de certeza que não concordo, com todas as posições defendidas pelo dito partido de estrema direita, mas concordo e defendo que este estado de coisas tem de ter um fim imediato.

Por um Portugal novo e melhor, onde todos sintamos novamente orgulho da nossa história e de sermos portugueses.

A escolha é nossa. A escolha é minha. A escolha é tua.

Escolhemos a continuação deste estado de coisas que já conhecemos, ou escolhemos a mudança na esperança que seja para melhor.