domingo, 10 de janeiro de 2021

“Concurso” público à ocupação de lugar a vagar


 “A minha visão” 
(já estou a ver o Miguel Sousa Tavares e a TVI a acusar-me de “copianço” ...)

É cíclico, de cinco em cinco anos, o lugar do mais alto magistrado da “nação” – Presidência da República fica “vago”. Vago, vago, nunca fica, nem pode ficar. Para isso é aberto “concurso público” só que neste caso nacional. A este concurso público só podem concorrer cidadãos nacionais, entenda-se, que sejam portugueses, maiores de trinta e cinco anos e que se julguem aptos/capazes a desempenhar tão elevado cargo.

A este concurso respondem normalmente mais ou menos uma mão cheia de pessoas, nunca ultrapassando as duas mãos cheias.

Sendo o “caderno de encargos” “escasso” e não muito detalhado nos pormenores ei-los a degladiarem-se sobre o que farão enquanto presidentes da república.

Para que se saiba o “caderno de encargos” está previsto no “concurso público” há muito publicado, ver título II, capítulo I – Estatuto e Eleição nos artigos 122º a 132º e sobretudo o capítulo II - Competência nos artigos 133º a 140º.

Fico pasmo, ao ver nos “supostos” debates televisivos dizerem “vou cumprir a constituição” mas o contrário seria de esperar? Bom, se calhar a novidade estaria aí, haver um candidato que dissesse, - eu não vou cumprir o “caderno de encargos” e vou ganhar o “concurso”. Isso sim, seria “giro de assistir.

Verdade que há um candidato que quase se atreve a dizer isso, e vai daí…está a cair em desgraça no seio dos outros concorrentes e seus adeptos, mas também e cada vez mais tem um leque bem grande e em crescimento de adeptos, porque será?

Não me quero pronunciar sobre nenhum “concorrente”, chamo-lhes concorrentes propositadamente, e não candidatos porque, para ser candidatos, tinham de simbolizar a pureza coisa que anda muito afastada destas pessoas. São concorrentes porque representam os mesmos produtos/serviços, no fundo os produtos/serviços dos partidos políticos que representam ou que os apoiam, sendo os partidos políticos por si só concorrentes.   

O que vemos nestes debates/entrevistas?

Por um lado, o ataque pessoal, literalmente, quer o ataque dos entrevistadores aos concorrentes quer o ataque entre eles. Do que nos é dado apreciar não há verdadeiramente um debate de ideias. A competência do presidente da república está consignada no “caderno de encargos” – Constituição da Republica Portuguesa. Do meu ponto de vista as ideias que trauteiam são as de “substituição do governo”, lá chegaremos, para isso, sugiro, que concorram às eleições legislativas…

Apesar de haver perto de duas mãos cheias de “quase nada”, de concorrentes, é suposto “advinhar” e eu como todos vós, mesmo os concorrentes e quem os apoiam, temos tanta certeza de quem vai chegar a primeiro lugar, que não temo, arriscar o meu dedo mindinho, a como vou acertar. Apenas houve um interregno nos abraços e beijinhos e não por vontade própria, mas porque a isso foi forçado. Felizmente está aí a vacina de combate ao “covid 19”, logo, logo estão aí os beijinhos e abraços.

Já que há pelo menos, um concorrente que vai propor a alteração ao “caderno de encargos” – Constituição da Republica Portuguesa, eu também faço a minha.

- Que os mandatos sejam de dez anos e seja único, assim evitávamos desperdício de tempo e perca de dinheiro.       

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