Duas ou três ideias, ressaltam da reunião do executivo da
Câmara Municipal de Portalegre, realizada hoje dia trinta e um de março de
2021. O executivo da câmara, não quer
ficar a ver passar o comboio quer mesmo o comboio.
Na minha modesta opinião, o executivo camarário bem como
todos os portalegrenses, naturais ou residentes, desenganem-se, não nos
iludamos, não vamos ficar com o comboio, como nem sequer o vamos ver passar, já que a nova linha em construção Sines/Elvas,
melhor dizendo, Sines/Badajoz/Espanha, passa a muitos quilómetros de distância.
Resta-nos sempre uma alternativa para o avistar.
Sugiro ao executivo camarário, já que parece, ainda ninguém
se ter lembrado, construir um parque de
estacionamento, com todas as condições de estacionamento, para balões de ar quente.
Sempre que se sentirem saudades de ver o comboio passar, era
só subir a um balão e talvez, em dias límpidos, conseguiríamos distingui-lo no
horizonte. Para além, naturalmente, da fonte de rendimento para a cidade, sempre
se podia constituir uma alternativa de
transporte ao próprio comboio. Pensem nisso!
Já que estamos a falar de estacionamento, ressalta também a
ideia do parque de camionagem para os transportes TIR. É uma ideia recorrente,
já por diversas vezes discutida em reuniões de câmara, só não compreendo como é
que o executivo camarário ainda não o concretizou dada a necessidade imperiosa,
limitando-se às discussões intermináveis.
Vem agora o Sr vice-presidente – João Cardoso, dizer que está
a ser equacionada, a possibilidade de utilização do parque da feira nos dias em que não há mercado, por este recinto,
já ter praticamente as condições necessárias. E nos dias em que houver feira e mercado mensal,
o que fazem aos camionistas? para onde os mandam? Já pensaram nisso?
Não compreendo que se queira tanto uma linha de comboio electrificada, quando não há passageiros nem mercadorias, que a rentabilizem. Por outro lado,
há mercadoria transportada diariamente em grande quantidade por estrada.
Portalegre é um ponto de passagem, infelizmente, já que pouca dessa mercadoria cá fica ou de cá sai. Como
ponto de passagem, de estacionamento e de descanso, os camionistas já elegeram a cidade como referência. Dignifiquem-se
estes profissionais, por a terem elegido, dando-lhes espaço e condições. Decidam-se e rápido, antes que a
“Sebasteanista” Fermelinda Carvalho, os leve para Arronches, mesmo antes de acabar o mandato naquela localidade,
ou o construa de imediato em Portalegre
logo que tome posse.
A outra ideia é a dos “subsídios de risco e salubridade aos
trabalhadores camarários nestas funções. Defende o Sr vereador da CDU – Luís
Pargana, que este subsídio deve ser pago, com retroactivos desde um de janeiro
de 2021. Ficou patente nesta reunião, que no mínimo ficaram dúvidas, da
legalidade do pagamento com retroactivos. O Sr vereador da CDU – Luís Pargana, “reivindica” o pagamento, invocando ou
defendendo o facto de uma câmara municipal do distrito de Portalegre, por
coincidência da CDU, só por coincidência, concretamente a de Avis e freguesias
deste “satélite” o terem feito.
Ao ouvir o Sr. Vereador, imaginei-o a circular numa estrada,
ou auto-estrada, cujo limite de velocidade é de noventa ou cento e vinte
quilómetros à hora. De repente, o Sr vereador vê passar um “infractor”, a cento e oitenta quilómetro à hora.
Diz ele:
- Opa! Se este circula a esta velocidade é porque pode, eu é
que estou enganado.
E zás! Prego a fundo,
ultrapassando-o a duzentos quilómetros por hora.
Teve “azar” um
pouco mais à frente é apanhado pelo “radar” e mandado parar. Na discussão com
os “agente de autoridade” ainda invocou:
- Mas o outro também vinha a cento e oitenta quilómetros por
hora. O “agente de autoridade”, como sempre, nem respondeu, passando o auto de
contra-ordenação.
Não Sr vereador, não Srs. Vereadores. Não Sra presidente, não
é porque os outros fazem que nós devemos fazer também.
Até podemos achar injusto que nos seja proibido circular a 90
ou 120 km por hora, em excelentes estradas, mas é a lei e enquanto cidadãos e
ainda mais, enquanto gestores do erário
público, impõe-se-nos esse cumprimento.
Este assunto já tinha sido debatido no mínimo na última
reunião de câmara, por esta altura, já não deviam subsistir dúvidas, quanto à sua legalidade. E assim se perde tempo
a discutir o mesmo.
Boa Páscoa a Todos.
Só como referência, gostei de ouvir o Sr vereador Correia da
Luz, pareceu-me o mais realista.
Deve ser devido à sua vasta experiência e de querer vir a “nortear” os destinos
do município do Crato.