quarta-feira, 24 de março de 2021

Aqui D'El Rei

A Câmara Municipal de Portalegre, tem-nos brindado e bem, assistir e participar, “on line”, os que estiverem interessados, nas duas últimas sessões públicas.

Pelo que me foi dado observar, pelo cantinho do olho, assistiram em média cerca de centena e meia de “curiosos”. Uma “multidão” comparando com os “curiosos” presentes, nas sessões presenciais. À Câmara Municipal de Portalegre, à Senhora presidente e aos Sr. Vereadores, sugiro que continuem com estas sessões, especialmente nesta fase de quase “campanha eleitoral” é uma forma simples, segura e barata de estarem mais perto de nós, cumprindo o distanciamento. Se, por outro motivo não for, agradeço à “pandemia” esta oportunidade de me ir inteirando do que se passa a nível governativo camarário e perceber que os Senhores vereadores ou alguns pouco mais sabem do que aquilo que é a voz corrente popular ou como o Sr vereador Artur Correia disse os “boatos” que correm, referindo-se à candidatura de aumento do canil/gatil de Portalegre que tenha ficado para trás, ao que parece nem a própria presidente sabe se houve alguma candidatura que não tenha andado….para além daquela que referiu. Aguardemos o desenrolar, prevejo que vão vir novos episódios.

Assistimos nestas últimas duas sessões à monopolização de praticamente todo o “tempo de antena” por parte de um Sr vereador, concretamente da CDU, o Sr vereador Luís Pargana. “Bate muito no ceguinho”, mas este, vá-se lá saber porquê, se por falta de conhecimento musical, falta de voz, ou de ouvido, não consegue cantar mais alto, e continua a fazer “ouvidos de mercador” aos seus “hinos de encantamento”.  

A determinado momento da sessão, à força de tanto bater no “ceguinho/a” este/a parece ter finalmente despertado e aí “cantou mais alto”. Tendo dito, mais ou menos, na minha interpretação:

“A rotunda dos dadores já foi

um monumento problemático,

retirava a visão aos automobilistas lunáticos.

O pau da bandeira?

Só pode ser brincadeira!

Tenha juízo e eleve o moral!

Hoje ela é, a rotunda de Portugal”.

Ah,Ah,Ah…

Nestas “batidelas” foi sugerido também que a câmara comprasse o palácio D. Nuno de Sousa, dado o valor arquitectónico das janelas manuelinas e do emblemático café alentejano. Não vou por em causa este valor, considerando até que terá um valor superior ao valor pedido pelo imóvel, pena eu ser um pé rapado, e não ter dinheiro para investir. Penso que não é necessário ser a câmara a comprá-lo para salvaguardar este valor arquitectónico. Qualquer investidor quererá salvaguardar esta “riqueza”. O problema poderá ser como o rentabilizar, já que cada vez mais é uma “cidade fantasma”. Ainda que assim não fosse caberá sempre à câmara salvaguardar esse património na aprovação das eventuais alterações a proceder na requalificação. A minha surpresa é, porque só agora o Sr vereador sugeriu esta compra, quando há já muito tempo ele está posto à venda. E depois a câmara vai comprar para fazer nele o quê? O Sr vereador que fez a “proposta de aquisição” devia também ter dito o que pensa fazer nele, já deve ter “uma ideia de investimento” sob pena de vir a ser mais um gasto sem aproveitamento. Mas quero acreditar que o Sr vereador Luís Pargana me/nos irá elucidar sobre o investimento na próxima sessão. Lembro-me que há uns tempos atrás, um ano ou mais, também houve um burburinho sobre um outro imóvel emblemático da cidade, concretamente o cine-teatro junto à igreja de S. Lourenço, o qual continua à venda.

Será que isto é demagogia?

 

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