quinta-feira, 6 de abril de 2023

Gostos não se discutem?

Estive para passar por entre os “pingos da chuva” o mesmo é dizer, ficar em “casa” ou seja em silêncio e tentar não me molhar, mas, a vontade de sair é grande e como quem anda à chuva, molha-se, eu não vou sair daqui enxuto.

Nestes últimos dias tem sido polémica uma publicação/crónica de um tal Alexandre Pais, onde ele aprecia o aspecto físico de Maria Botelho Moniz e especialmente os braços da Cristina Ferreira. Fetiche por braços? Vá-se lá saber…

Esta publicação gerou uma onda de apoio às visadas e uma onda de contestação ao signatário da crónica. Até aqui, tudo normal, penso eu, já que, “gostos não se discutem”.

Antes de mais, quero dizer que no “meu gosto”, acho lindíssimas quaisquer das visadas, e nenhuma delas está “desproporcionada” o que não quer dizer que não possam haver “arranjos”.

Estamos a viver uma época em que não se pode olhar, não se pode tocar, não se pode pensar, não se pode dizer, especialmente se esse pensar e dizer forem contra a corrente “Woke”.

A Maria Botelho Moniz, teve honras de entrevista, na empresa onde trabalha, no programa Goucha, para além do programa que apresenta os 2 às 10. Até aqui tudo bem, o Goucha escolhe/entrevista quem quer, mas pergunto eu, não seria de “bom tom” também já ter convidado o cronista?

Há uns tempos, se a memória não me falha, até saiu um decreto-lei a proibir os “piropos”, onde já se viu?

Sempre houve e continuará a haver enquanto o mundo for mundo, homens e mulheres gordas, baixas(os), feias(os), magras(os), altas(os), bonitas(os), se continuar com estas descrição não vou terminar tão depressa…

Quer os “Wokes” queiram ou não, um(a) gordo(a) é um(a) “bucha”, ponto final. Um magro(a) é um(a) “lingrinhas”, um “pau de virar tripas”, uma pessoa alta é “uma girafa”. Também aqui não terminaria.

Se eu fizer uma apreciação ao aspecto físico de uma pessoa e disser – és linda! Sendo ou não, não tem problema, porque estou a elogiar a pessoa. Uma treta! Se a pessoa não é linda, eu não estou a elogiar coisa nenhuma, estarei até a desrespeitá-la ou “gozá-la”, mas pronto, a moda “woke” assim exige.

Se eu disser – estás gorda! Tens de fazer dieta, fazer mais exercício físico, etc, já estou a ofender a pessoa. Mas que raio, a pessoa não tem espelhos em casa? Compreendo e aceito que a pessoa até se sinta bem na “sua pele” é um direito que eu lhe reconheço, mas por que carga de água, eu não posso fazer a minha apreciação e dizê-la frontalmente e com sinceridade?  

O mesmo se põe no aspecto intelectual. Se eu digo – és inteligente, sendo ou não, não há problema. Se eu digo és burro que nem uma porta, cai o santo e a trindade.

A opinião dos outros só tem a importância que nós lhe dermos.

Só há polémica porque as revistas e os órgão de comunicação social querem vender e cingir-nos à sua ideia.  

Vão mas é pastar caracóis.

Se há pessoas que não suportam a crítica, nunca vão modificar, nunca vão melhorar. Se não conseguem sós, peçam ajuda especializada.

Reconheçam e vejam o lado positivo da crítica. Ao contrário do que a maioria imagina e defende, a crítica, não é para deitar abaixo, antes pelo contrário, é para elevar e fazer melhorar a pessoa.    

Toda a vida fui chamado de lingrinhas e de pau de virar tripas e nunca me senti ofendido nem diminuído por isso. Era uma constatação. Tinha, ainda tenho consciência que sou magro, embora hoje já pese um pouco mais, mas isso é da velhice…

Ah! E o corpo fica mole sim. Fica flácido, os braços caiem, a pele do pescoço fica um “desastre”,

Ah! já me esquecia, o pau nem sempre levanta…ahahhaah .  

Deixem-se de tretas!

 

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