sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Que fique claro...

 

 

A guerra é isto mesmo, a prática do terror!

Às vezes apetece-me escrever sobre o assunto, outras vezes hesito. Hoje decidi-me a escrever, dar um pouco do meu pensar e do meu sentir. Não é que isso seja importante para os outros, os que eventualmente, possam perder tempo em ler-me, mas é importante para mim, uma maneira de parar o tempo e reflectir um pouco.

Não sou historiador, nem me aproximo, por isso a minha hesitação e medo em manifestar a minha opinião sobre o que nos assalta desde há precisamente uma semana, A GUERRA Hamas/Israel.

Tenho dúvidas se não será mais uma vez Israel/Palestina ou Palestina/Israel.

Claro que é mais fácil e aceitável, de momento, dizer-se Hamas/Israel, pelos motivos que todos sabemos.

Não vou fazer uma cronologia histórica, por total analfabetismo sobre o assunto, mas também, porque não é esse o cerne do meu pensar, do que é Israel e o que é a Palestina, menos ainda, o que é o Hamas, Fatah, Jihad Islâmica, Hezbollah, Irmandade Muçulmana, e outras.

O que sei, é que há dois povos, com crenças religiosas, com culturas, com quereres, com sentires diferentes, que ocupam o mesmo território.

O que sei, é que há um povo que desde sempre habitou, ocupou, palestinianos, ininterruptamente, esse mesmo território.

O que sei, é que há um povo “universal”, se quisermos “apátrida”, se quisermos ainda, prometido, judeus, a ocupar um território que “já fora seu”?  

O que sei, é que “os donos disto tudo”, USA, França, Alemanha, Reino Unido, no século vinte, depois de terminada a segunda guerra mundial, deram a um deste povos, judeus, um território que já estava ocupado pelo outro, palestinianos, por não saberem o que lhes fazerem, e como “recompensa” pelas atrocidades e quase genocídio que lhes impuseram.

O que sei, é que este povo ocupante, judeus, com o beneplácito dos donos disto tudo, e de todos nós, que não sendo donos de nada, também autorizámos, através do nosso silêncio, ou da nossa concordância por omissão, foi, aos “poucos e poucos”, e não foi assim tão pouco, ocupando cada vez mais o território dos que já o ocupavam, encostando-os ao mar numa estreita faixa.   

O que sei, é que este povo “ocupante”, judeus, ou se preferirem Israelitas, instalaram colonatos, qual guarda avançada, expulsando ou restringido a área dos ocupados, palestinianos.

Todo o povo tem o DIREITO a insurgir-se, seja como for, à invasão de outros. É o que está acontecendo também com a invasão da Rússia sobre a Ucrânia.

Reconheçamos, que embora todo o povo tenha o direito a insurgir-se nem todos têm a capacidade e a coragem de se organizarem.

Desta capacidade e desta coragem, surgem então os tais grupos que a maioria, ou os donos disto tudo, ou os que não temos a coragem de nos distanciarmos, por medo ou vergonha de pensar diferente, designam de TERRORISTAS.

Não querendo entrar em grandes definições, o próprio nome diz tudo, terrorista é todo aquele que pratica e enaltece o terror. Então, estes grupos, são certamente terroristas, porque praticam e enaltecem o terror especialmente nos inocentes.

No outro lado temos o Estado de Israel.

Este Estado é ou não TERRORISTA?

O que é que ele está a fazer com a população civil palestiniana na faixa de Gaza, Não está a praticar terror?

Não está a expulsá-los uma vez mais do seu território?

Não está novamente a aniquilá-los? Quer seja à bomba, quer seja à fome, quer seja à sede?

Não sejamos ingénuos, nem complacente, só não o admitimos, porque não é exercido, felizmente, sobre nós, portugueses.

Indo um pouco à nossa história recente, como ocupantes dum território que não era nosso, como designávamos os povos ocupados. TERRORISTAS, ou simplificando “TURRAS”.

Eram “TURRAS” porquê? Porque nos infligiam terror? Talvez, um pouco, porque muitos de nós, fomos morrer lá. Mas, eram TURRAS simplesmente porque defendiam, com as capacidades e as ajudas que tinham as suas gentes e sobretudo a sua TERRA.

Os “donos disto tudo” o que fizeram por esta altura?

Apoiavam, com instrução, armamento e com tudo o que levasse a que estes TURRAS ganhassem a guerra.

E ganharam!

Porque se indignam agora que “outros donos disto tudo” Irão, Libano, Arabia Saudita, Egipto, etc. apoiem com a mesma instrução, armamento e com tudo, estes “TERRORISTA”?

O que é que a Rússia faz na Ucrânia? Não provoca o terror na população civil da Ucrânia?

A Ucrânia ao querer armas com maior alcance não quer provocar o terror na população Russa?

Muitas perguntas e muitas respostas haverá para fazer.

A guerra é isto mesmo, a prática do terror!

Lamentavelmente muitos inocente morreram e muitos mais vão continuar a morrer.

Não, não sou partidário do terrorismo.

Infelizmente, tenho de reconhecer que, se quisermos lutar pelos nossos direitos, e alcança-los, nestas circunstâncias, temos de praticar o terror.

É o que todos os países ditos civilizados fazem, TERROR!

É o que os órgãos de comunicação propagandeiam, TERROR!

Enquanto houver pessoas dispostas a matar e a morrerem em nome de Deus, que é um ser de PAZ e não de GUERRA, os TERRORISTAS permanecerão.

Oxalá que se passe a praticar o “terror” da PAZ, para bem da humanidade.

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