A guerra é isto mesmo,
a prática do terror!
Às vezes apetece-me escrever sobre o assunto, outras vezes hesito. Hoje decidi-me a escrever, dar um pouco do meu pensar e do meu sentir. Não é que isso seja importante para os outros, os que eventualmente, possam perder tempo em ler-me, mas é importante para mim, uma maneira de parar o tempo e reflectir um pouco.
Não sou historiador, nem me aproximo, por isso a minha
hesitação e medo em manifestar a minha opinião sobre o que nos assalta desde há
precisamente uma semana, A GUERRA Hamas/Israel.
Tenho dúvidas se não será mais uma vez Israel/Palestina ou
Palestina/Israel.
Claro que é mais fácil e aceitável, de momento, dizer-se
Hamas/Israel, pelos motivos que todos sabemos.
Não vou fazer uma cronologia histórica, por total
analfabetismo sobre o assunto, mas também, porque não é esse o cerne do meu
pensar, do que é Israel e o que é a Palestina, menos ainda, o que é o Hamas, Fatah,
Jihad Islâmica, Hezbollah, Irmandade Muçulmana, e outras.
O que sei, é que há dois povos, com crenças religiosas, com
culturas, com quereres, com sentires diferentes, que ocupam o mesmo território.
O que sei, é que há um povo que desde sempre habitou, ocupou,
palestinianos, ininterruptamente, esse mesmo território.
O que sei, é que há um povo “universal”, se quisermos
“apátrida”, se quisermos ainda, prometido, judeus, a ocupar um território que
“já fora seu”?
O que sei, é que “os donos disto tudo”, USA, França,
Alemanha, Reino Unido, no século vinte, depois de terminada a segunda guerra
mundial, deram a um deste povos, judeus, um território que já estava ocupado
pelo outro, palestinianos, por não saberem o que lhes fazerem, e como “recompensa” pelas atrocidades e quase
genocídio que lhes impuseram.
O que sei, é que este povo ocupante, judeus, com o
beneplácito dos donos disto tudo, e de todos nós, que não sendo donos de nada,
também autorizámos, através do nosso silêncio, ou da nossa concordância por
omissão, foi, aos “poucos e poucos”, e não foi assim tão pouco, ocupando cada
vez mais o território dos que já o ocupavam, encostando-os ao mar numa estreita
faixa.
O que sei, é que este povo “ocupante”, judeus, ou se
preferirem Israelitas, instalaram colonatos, qual guarda avançada, expulsando
ou restringido a área dos ocupados, palestinianos.
Todo o povo tem o DIREITO
a insurgir-se, seja como for, à invasão de outros. É o que está acontecendo
também com a invasão da Rússia sobre a Ucrânia.
Reconheçamos, que embora todo o povo tenha o direito a
insurgir-se nem todos têm a capacidade e a coragem de se organizarem.
Desta capacidade e desta coragem, surgem então os tais grupos
que a maioria, ou os donos disto tudo, ou os que não temos a coragem de nos
distanciarmos, por medo ou vergonha de pensar diferente, designam de TERRORISTAS.
Não querendo entrar em grandes definições, o próprio nome diz
tudo, terrorista é todo aquele que pratica e enaltece o terror. Então, estes
grupos, são certamente terroristas, porque praticam e enaltecem o terror
especialmente nos inocentes.
No outro lado temos o Estado de Israel.
Este Estado é ou não
TERRORISTA?
O que é que ele está a fazer com a população civil
palestiniana na faixa de Gaza, Não está a praticar terror?
Não está a expulsá-los uma vez mais do seu território?
Não está novamente a aniquilá-los? Quer seja à bomba, quer
seja à fome, quer seja à sede?
Não sejamos ingénuos, nem complacente, só não o admitimos,
porque não é exercido, felizmente, sobre nós, portugueses.
Indo um pouco à nossa história recente, como ocupantes dum
território que não era nosso, como designávamos os povos ocupados. TERRORISTAS,
ou simplificando “TURRAS”.
Eram “TURRAS” porquê? Porque nos infligiam terror? Talvez, um
pouco, porque muitos de nós, fomos morrer lá. Mas, eram TURRAS simplesmente
porque defendiam, com as capacidades e as ajudas que tinham as suas gentes e
sobretudo a sua TERRA.
Os “donos disto tudo” o que fizeram por esta altura?
Apoiavam, com instrução, armamento e com tudo o que levasse a
que estes TURRAS ganhassem a guerra.
E ganharam!
Porque se indignam agora que “outros donos disto tudo” Irão,
Libano, Arabia Saudita, Egipto, etc. apoiem com a mesma instrução, armamento e
com tudo, estes “TERRORISTA”?
O que é que a Rússia faz na Ucrânia? Não provoca o terror na
população civil da Ucrânia?
A Ucrânia ao querer armas com maior alcance não quer provocar
o terror na população Russa?
Muitas perguntas e muitas respostas haverá para fazer.
A guerra é isto mesmo,
a prática do terror!
Lamentavelmente muitos inocente morreram e muitos mais vão
continuar a morrer.
Não, não sou partidário do terrorismo.
Infelizmente, tenho de reconhecer que, se quisermos lutar
pelos nossos direitos, e alcança-los, nestas circunstâncias, temos de praticar
o terror.
É o que todos os países ditos civilizados fazem, TERROR!
É o que os órgãos de comunicação propagandeiam, TERROR!
Enquanto houver pessoas dispostas a matar e a morrerem em
nome de Deus, que é um ser de PAZ e
não de GUERRA, os TERRORISTAS permanecerão.
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