quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Se eu fosse a minha paisagem

Chovia torrencialmente. A família tinha decidido ir passear nesse dia, por ser feriado, dia um de janeiro.
A meio da manhã, a chuva parou. Ainda que fizsesse frio, a família resolveu ir dar o passeio que já tinha programado.
Destino, Serra da Estrela. Percorreram mais de cem km até lá chegarem. No percurso, deu para se ir apreciando a paisagem e comentar um ou outro aspeto que a mesma apresentava.
Passadas duas horas, chegaram à tão esperada Serra. O deslumbre ao contemplar tal paisagem é quase indiscripivel. O Tiago, com doze anos, o elemento mais novo da família, não cabia em si de contentamento, era a primeira vez que ía à Serra da Estrela.
Algumas formas que a paisagem apresentava, faziam lembrar partes do corpo humano. Nestas comparações, e dando solta à sua imaginação, pensou “e se eu fosse a minha paisagem”. O que seria que os outros viam em mim?
Apenas dariam importância ao aspeto exterior? ou também tentariam ver o que se esconde no interior? É que ele, naquela comtemplação da paisagem não se esquecera de imaginar os lenções de água que aí exitiriam. As cavernas, que seriam tão interessantes explorar, se para isso houvesse tempo.
Nestes pensamentos, descobriu que, se ele fosse a sua paisagem, caber-lhe-ia a ele e não aos outros, descobrir o que ele encerrava para além do exterior.
A paisagem de cada um, é tanto o que está fora, como o que está dentro. Ela depende dos sentimentos e do estado de ânimo, em que nos encontramos a cada momento

Miguel Santos - 8º ano (2013) - Escola Secundária de S. Lourenço de Portalegre - Hoje frequenta o 12º ano

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