sábado, 7 de dezembro de 2019

A TEIA

O que não nos mata torna-nos mais fortes
(Só alguns vão entender)

Ninguém desconhece que a vida prega-nos partidas, de um momento para o outro, sem contarmos com isso. Mas são essas partidas, que dão esse sabor de existência. A mim particularmente, acalentam-me a alma, desafiam-me. Tenho o péssimo defeito de acreditar nas pessoas, sempre acreditei. Há pessoas que, de tempos-em-tempos, cruzam a nossa linha de vida e, nas quais, acreditamos serem as “tais”, as amigas. Não raras vezes, deparamos que, afinal nos enganamos e, são as tais sim, as aranhas que nos tecem o mais bonito “véu” e ficam à espera de nos ver cair nele. Admito que já caí em alguns véus, de bonitos que eles eram, mas sempre soube e consegui sair deles. Dói-me imenso, a unha do dedo mindinho do pé esquerdo, quando me pisam o calcanhar do pé direito. De há duas semanas para cá, “umas aranhas” em quem acreditava e julgava amigas, têm-me pisado, não o calcanhar, mas o pé inteiro, agora imaginem, as dores que isso me provocou e onde.
Não, não me provocaram dor nenhuma, porque estas aranhas, não têm peso suficiente para mim, são insignificantes de mais, o seu veneno apenas me provocou uma comichão, não há nada melhor, que um bom sapato, com sola de borracha, como os que eu uso, para as esmagar. Tentaram, mas como diz o ditado, “o que não nos mata torna-nos mais fortes “ e a mim, indubitavelmente, tornou-me muito mais forte, muito mais mandão. Sou mandão porque trabalho e faço acontecer. Pena que outros, ou outras, que não trabalham nem fazem acontecer, queiram antecipadamente mandar.
Já outros(as), aranhas entenda-se, muito mais fortes que estes(as) tentaram noutras ocasiões, “matar-me” e nunca conseguiram. Sou imune a venenos de aranhas e forte o suficiente para seguir, se quiser, com o trabalho que me prende, que me enche de satisfação e de orgulho, mas não sei se quero continuar preso. Estou nesta prisão, voluntariamente, há já oito anos, talvez tenha chegado o tempo de me libertar.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Os Indignados - Falsos Moralistas

Cuidado com os falsos moralistas de rede social, exigem perfeição de carácter aos outros, mas nunca deram bons exemplos.
Oton Rodrigues
Em consequência da minha última publicação, ontem, parece que há quem, se tenha sentido ofendido, com o facto de eu ter genericamente, manifestado, sem particularizar nenhum nome, porque aí sim seria, é ofensa pessoal, a minha opinião e sentir, a respeito dos políticos que nos (des)governam, considerando-os genericamente "charlatães, ladrões e mentirosos.
Diz o povo que o barrete só serve a quem o enfia. Será que serviu, porque também é, ou se considera político?
Estes falsos moralistas, esquecem-se, ou fazem-se esquecidos, porque lhes interessa, que já publicaram coisas bem piores ou pelo menos semelhantes às que eu publiquei, porque particularizam, referindo os nomes desses mesmos políticos. Ah! mas eles podem, porque são farinha do mesmo saco. Efetivamente, o meu saco e farinha são diferentes.
Alguns indignados e falsos moralistas querem fazer-me crer que afirmações publicadas na sua página pessoal do facebook dignificam a politica e os políticos:


27 de setembro às 15:46
... "Pelo menos os dois (o ministro/ex-ministro e o ainda actual deputado) sabiam da palhaçada de Tancos"..., o sr. pm Costa sente-se ofendido... e ainda acha que deve dar lições de "moral"...


 24 de setembro às 16:23 
..."A esta malta costa/geringoncística tudo serve... SEM VERGONHA!!!"...


23 de setembro às 17:06
..." Costa a falar "politiques", de nariz "empinado" e com truques da "esperteza saloia" partidária. Já Rui Rio apresentou sempre um discurso despojado do politicamente correcto, simples, frontal e facilmente acessível a qualquer cidadão/eleitor, e assumindo, sem receios cobardes, os erros do PSD quanto tal se justificava. Em suma, um Homem sério, honesto e não um "cartilheiro"/carreirista"...


23 de setembro às 15:01
..."Tivemos a absolutamente aziada e engasgada Catarina e o "calimero" Jerónimo (a culpar tudo e todos pelo descalabro comunista)"...

Isto, é apenas uma pequeníssima amostragem e as mais recentes, porque há muito mais.
Ao ler estas publicações, interpreto e chego à conclusão que, no juízo feito por este Sr os ministros, ex-ministros e deputados são palhaços, ou estou enganado? então digo eu que sou burro, sem ofensa para estes, quando eu quero ver palhaços, também sem ofensa para este, que eu admiro e gosto muito, vou ao circo e não os preciso ver no governo, nem na Assembleia da Republica. 

Afinal, os ministros, ex-ministro e deputados, não são governantes...são malta como tu e eu... e ainda por cima SEM VERGONHA. Uma pessoa sem vergonha o que é? ou o que lhe chamamos?

Ah! mas eles usam truques e manhas e esperteza saloia, são calimeros, cartilheiros e carreiristas, então, quem usa estas técnicas são o quê? pessoas sérias? ou charlatães?
Enfim é a política e os políticos que temos, os ofendidos e os falsos moralistas.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Contra Corrente


Sim, faço parte desse ignóbil número de 45,5% de desinteressados pela política. Melhor dito, das mentiras dos políticos que temos. Seria, certamente, mais lisonjeiro para mim, dizer que cumpri com o meu dever de cidadão e fui votar. Estaria a mentir se o dissesse, até porque já o escrevi noutros “posts” que os charlatães, ladrões e mentirosos dos políticos não iriam ver  e usufruir a seu belo prazer das mordomias nestes tempos mais próximos através do meu voto.
Mas sim, cumpri o meu dever, e,  é o meu dever em consciência, o direito de não votar. Respeito e não critico os que votaram, fizeram-no com a certeza e em consciência de que o seu voto vai fazer a diferença, naturalmente para melhor. Desejo sinceramente, que os políticos aprendam alguma coisa com este número de desinteressados, e se corrijam. Já que se candidataram e prometeram mundos e fundos, ou nem tanto, porque a conversa e promessas são sempre as mesmas, nada e só mentiras, que pelo menos o tentem fazer, e não pensem e olhem apenas para o seu umbigo.
Apesar de o desejar sinceramente, não tenho esperança nenhuma que se dê a tal mudança tão necessária e desejável. Não fui votar, não por uma questão de comodismo, foi mesmo e, ainda é, por falta de fé. E fé, para mim, é acreditar. Eu não acredito nestes políticos.
As eleições são  como os jogos das “Slot machine”, nas quais, os jogadores têm sempre a esperança que desta vez é que é… e puxam, uma e outra vez  a alavanca, mesmo sabendo que, o jogo está viciado. Como não sou pessoa de jogos, só puxo a alavanca com a certeza de que vou ganhar e como neste jogo, o da política, não há certezas de nada, ou melhor, há certeza de que o jogo está viciado e nos enganam decido não puxar a alavanca.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Aleluia

Não é para me gabar, mas acho, não, estou convencido, que a ministra da saúde, Marta Temido, leu o meu “post” os “Lobis” https://nemtantoaterranemtantoaomar.blogspot.com/2019/06/os-lobis.html  senão, porque carga de água só agora o governo se iria lembrar duma coisa destas…
Brincadeira à parte, fico muito satisfeito que, finalmente, alguém com responsabilidades na área da saúde, tenha a coragem de desafiar o lóbi dos médicos. https://observador.pt/2019/07/26/governo-podera-obrigar-jovens-medicos-a-permanecer-no-sns-durante-algum-tempo/ Então não é que a Sra está a fazer jus ao seu nome “Temido” e está a provocar medo ao lóbi médico. Oxalá que nenhum deles se lembre de a “matar”, porque a eminência existe, basta passar a “certidão de óbito”, e o funeral é feito.  
Há muito que devia ter sido feito, e espero que, quer a ministra quer o(s) governo(s) de agora, ou futuros, tenham a ousadia e coragem, de mostrar quem manda e quem decide as políticas de saúde, de educação e outras. Os lóbis, só têm a força que se lhe der.
Todos nós nos recordamos do, “dono disto tudo”. Era o supra sumo, o todo poderoso, que ninguém ousava desafiar, muito menos conta-dizer e, de um momento para o outro, o dono disto tudo virou, “dono de nada”, bom, inda tem muito…do que roubou de todos nós, e que ainda não pagou, nem vai pagar.
Agora, parece querer aparecer outro dono disto tudo, na saúde, o bastonário da ordem dos médicos, Miguel Guimarães, que se atreve a ameaçar, a ser verdade o que vem escrito no “observador” de 26/07/2019 “Se isto [obrigação de os médicos trabalharem um determinado número de anos no SNS] for uma coisa imposta por qualquer Governo, com ou sem maioria absoluta, vai correr mal”  “Não faz sentido estarmos a obrigar os médicos a ficarem no SNS, quando o SNS não tem condições para ter os médicos”.
Fico incrédulo com as palavras deste bastonário, só mesmo quem se acha o dono disto tudo se atreve a ameaçar todo um povo, vai correr mal porquê?
Não meu caro Sr bastonário, não vai correr mal, tem tudo para correr bem, assim aja coragem por parte da(os) ministra(os) e governos para levarem avante esta solução. peca por tardia. Lá diz o ditado “quanto mais nos agachamos mais o cu nos aparece”. Eu estou farto de estar agachado…
Então, o que faz sentido para o bastonário da ordem dos médicos é que, continue a haver mais de setecentos mil utentes sem médico de família?
Que, os que não têm poder económico, para pagar balúrdios nos hospitais privados, morram por falta desses mesmos recursos?
Que o SNS continue a pagar aos hospitais privados?
Que os médicos ganhem os honorários em duplicados, dizendo que estão a trabalhar no SNS, e vindo-se a verificar que no mesmo horário, estão sim, a trabalhar nos hospitais privados?
Que os médicos continuem a encaminhar os doentes do SNS, para os serviços e hospitais privados?
Que as listas de espera do SNS continuem e aumente, porque coitados dos médicos, não têm tempo nem condições para consultar/tratar/operar no SNS, mas conseguem arranjar tempo para fazerem o mesmo serviço nos hospitais privados?
Que os médicos utilizem os recursos humanos, materiais e instalações do SNS e os venham a cobrar como serviços prestados nos privados? Sem ressarcirem os hospitais públicos.
Enfim é um rol infindável…é claro que o Sr bastonários está a ver que a “galinha dos ovos de oiro” pode estar preste a entrar na menopausa…oxalá que isso aconteça para bem de todos nós.

sábado, 20 de julho de 2019

O ENXOVALHO



Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão

Este provérbio vem a propósito do que se está a passar no país e em especial na sequência da entrevista do CEMGFA, almirante Silva Ribeiro ao Público e à Rádio Renascença.

Queixou-se o almirante, da falta de seis mil efectivos nas forças armadas e dizia ele, “na minha opinião, coloca em perigo a segurança das instalações e meios militares e põe em risco missões, quer em Portugal quer no estrangeiro”. 
Pois bem, de imediato assaltaram-me ao pensamento algumas dúvidas:
 - Tem o almirante CEMGFA direito, nestas matérias, a ter uma opinião?
- Tem o almirante CEMGFA direito, a exprimir essa opinião, numa entrevista, sem que antes a tenha manifestado, por escrito, ao(s) seu(s) superior(es) hierárquico(s)?
- Mediu ele a consequência dos seus actos (entrevista)?
A estas dúvidas, o meu intelecto, que é limitado, e em nada comparável ao de tão ilustres protagonistas, tentou responder.
Na minha modesta opinião, e sim, é apenas uma opinião, o Sr almirante Silva Ribeiro CEMGFA, não tem direito a opinar, porque nestas e noutras matérias, relevantes para o país, os responsáveis não têm direito a opinar. Têm o DEVER de demonstrar por estudos feitos, que lhes é impossível desempenhar com eficácia e eficiência as suas missões. Tal não ficou demonstrado, limitando-se a dar uma opinião, como se fosse um Zé ninguém, como eu, sem quaisquer responsabilidades.
Pelos vistos, não transmitiu ao ministro da defesa essa sua opinião, ou se transmitiu, não a demonstrou com estudos que provem a sua razão (opinião), daí o ministro ter sido apanhado de surpresa e ter reagido da forma que reagiu, mas, à frente falarei sobre esta reacção. Enquanto as pessoas com responsabilidades no país, não tomarem consciência que não têm direito a ter uma opinião, mas sim, têm o dever de zelar pelo cumprimento do que lhes está incumbido, “não passaremos da cepa torta”
O CEMGFA, terá consciência, tem de ter, que ao dizer, e ao saber antecipadamente, porque pertence ao sistema, que a falta de efectivos põe em perigo a segurança das instalações militares e põe em risco as missões, tem de ter consequências. Uma delas é a exigência do aumento de efectivos, para aceitação do cargo, ou a redução das missões. O que fez ele e fizeram os outros? Aceitam os cargos, não fazem exigências, e se fazem, porque não obrigam o seu cumprimento no tempo determinado? e continuam a fingir que está tudo bem?
Vou contar, uma breve história, de entre muitas, dos meus tempos de militar, e de formador na GNR. Numa determinada ocasião a DI (Direcção de Instrução) entregou-me 500 testes, ou mais, já não sei precisar, para classificar e que os teria de entregar, classificados naturalmente, passadas quarenta e oito horas. Considerei, naturalmente que, o que me estavam a exigir, era um completo absurdo, porque ninguém conseguiria com honestidade e rigor cumprir tal missão. De imediato fiz uma conta muito simples, demonstrado que cada teste levaria no mínimo entre dez a quinze minutos a corrigir (classificar), não eram testes de cruz, eram escritos, em muitos deles tínhamos de estar a decifrar a caligrafia, mas adiante, expliquei X teste vezes y (10 minutos) dá Z minutos/horas/dias. Foi como se tivesse caído o Santo e a Trindade, e disseram-me – Ah! Mas você faz essas contas todas para corrigir meia dúzia de testes. Expliquei-lhe que me obrigaram a fazê-las, porque o que me estavam a pedir, exigir, era impossível concretizar, logo eu não aceitava aquele prazo. Perante a evidência, demonstrada, tiveram de aumentar o prazo de entrega.
Isto tudo, para dizer que a opinião não basta, eu não disse: - acho que não vou conseguir corrigir todos os testes nesse tempo. Demonstrei que não ia conseguir e recusei entrar no fingimento.
Se o Sr almirante e demais chefes militares, não conseguem cumprir o que lhe está incumbido, simplesmente não aceitem. Se ninguém aceitar, quem os incumbe de tais responsabilidades, terão de “rever a matéria”.
A reacção do ministro foi a de assinalar a porta de saída ao Sr almirante. Este e os demais que vão fazer? Saem ou ficam? E os que se seguirem aceitam nas mesmas condições? Não Sr(s), têm uma palavra a dizer é só, a de demonstrarem, ou não, que o que lhes é pedido, nestas condições, é impossível concretizar com honestidade e rigor.

sábado, 29 de junho de 2019

OS LÓBIS


LOBISMO

Pressão exercida geralmente por um grupo organizado, para atingir determinados objectivos ou para defender determinados interesses.

actividade de quem, abstendo-se do exercício directo do poder público, procura influenciar aqueles que o exercem, no sentido de acautelar os seus próprios interesses


Podemos encontrar várias definições sobre o que é o lóbi ou lobismo, mas, quaisquer que encontremos vão dar no mesmo, (pressão e defesa do interesse individual/particular em detrimento do colectivo) entenda-se colectivo como população (povo) de uma nação.

Vou conversar sobre lóbis.
São os lóbis: gays; feministas; dos advogados; dos políticos; dos professores; dos médicos…
São tantos!. Mesmo que tentasse enumera-los todos, sempre iam ficar alguns por dizer.
Hoje, vou centrar-me apena num, o dos médicos. Quando era mais jovens, bem mais jovem, ouvi de um superior hierárquico, que nunca nos devemos “meter”, o que significa, contrariar, desdizer, enfrentar um médico. Eles são os únicos que nos podem enterrar vivos, sem que nada lhes aconteça. Se o médico disser que eu estou morto, eu estou morto, por mais que eu diga, - estou vivo!, - não adianta, estou mesmo morto. Nunca esqueci esta conversa, provocou-me medo, literalmente, medo de ser enterrado vivo e fez-me pensar, no poder desta classe profissional, não é a única…
Os lóbis, não são de agora, são de sempre, infelizmente.
Vem este tema a propósito, por de há uns tempos a esta parte, se vir falando com maior insistência, da falta de médicos nas várias especialidades, no Serviço Nacional de Saúde.
Claro que toda a gente já fez a pergunta, - a que se deve a falta de médicos no serviço nacional de saúde?
Cada um responde conforme a sua percepção, o seu interesse, o seu conhecimento e a informação de que dispõe no momento.
Eu tenho a minha resposta. Deve-se à pressão (lóbi) exercida pela classe profissional médica. São eles que limitam o número de vagas de entrada nos cursos. São eles que determinam as médias de entrada nos cursos. São eles que determinam quem pode ou não ser médico. Claro que todos nós queremos excelentes médicos, não é isso que está em causa, até para não corrermos o risco de haver um que diga, - você morreu. – Só que nestas condições, não há voz que consiga gritar estou vivo.
São eles que escolhem os locais, hospitais, privados de preferência, onde querem exercer o ministério da medicina, e esta do ministério, seria um outo bom tema a desenvolver.
Que esta classe profissional, à semelhança de outras, façam a sua pressão, para defender os seus interesses individuais e de classe, digo interesses e não direitos, porque lhes reconheço o interesse, mas não o direito, a mim não me incomoda muito. O que me incomoda, é que não haja um LÓBI POPULAR, (do povo) que somos todos nós que pagamos impostos e engordamos todos os restantes lóbis e que diga basta.
Incomoda-me que o lóbi político não limite e ponha fim a estas pressões de – quero, posso e mando. Claro que há lóbis e lóbis, os que mandam mais (fazem mais pressão) e os que mandam menos e claro que há promiscuidade entre eles, porque são ao mesmo tempo: ou gays, ou feministas, ou médicos, ou professores, ou advogados, ou juízes ou políticos ou…assim, fica difícil, para não dizer impossível, decidirem qual o interesse, e neste caso direito, que mais lhes convém defender se o interesse individual e de classe ou o colectivo (do povo). E in dúbio pro reo (na dúvida para o réu) ou seja, se tiverem de fazer pressão, neste caso defender o interesse individual, ou o colectivo, naturalmente, decidem a favor do réu que são eles próprios.
Eu, enquanto membro efectivo do Lóbi Popular, embora neste momento, todos adormecidos, ou talvez mortos, por  “sentença médica” faço pressão ao lóbi político para de uma vez por todas se assumirem a que lóbi pertencem.

O problema da falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde não tem solução?
Tem sim. Basta que obriguem todos os médicos, quaisquer que sejam as especialidades, a prestar um determinado número de anos, cinco, dez, os que forem necessários, em exclusividade, no Serviço Nacional de Saúde, e onde houver vagas e necessidade, a fim de devolver a todos nós, os custos que suportámos com a sua formação. Ah! Já estou a ouvir vozes. – Fui eu (pai, mãe tio ou o que seja) que paguei os estudos do meu filho, fui eu que paguei as propinas, as deslocações, a renda do quarto…logo tem todo o direito de escolher onde quer trabalhar.
- Lamento dizer-lhe, o Sr. Pagou tudo isso, mas não pagou a formação do seu filho, quem pagou fui eu (com os meus impostos). Por isso tenho todo o direito em ser ressarcido do meu investimento.
Simplista? Sim. As soluções dos maiores problemas da vida, resolvem-se de um modo simplista. A vida é simples nós é que a complicamos.
Dou como exemplo a formação de uma classe profissional da qual fiz parte durante trinta anos:
Todos nós pagamos a formação dos militares e em particular, dos elementos forças de segurança (GNR, PSP, Policia judiciária e outras…). Este elementos após terminarem a sua formação, são colocados onde houver vagas, claro que lhes é dada a possibilidade de escolha, mas apenas, nos locais onde há vaga, independentemente de ser em Lisboa, Algarve ou Trás-os-Montes. A estes elementos, se após terminada a sua formação, não quiserem exercer em um dos locais, onde há vaga, pode-lhes ser exigida uma indeminização. Ou seja, o Estado pode exigir que estes devolvam, o que foi gasto com a sua formação. A minha pergunta é, por que não é exigida a indeminização, a estes (médicos) e outros profissionais ou a obrigação de trabalharem para todos os que contribuíram para que eles sejam “ALGUÉM”  e continuamos a pactuar e fazer possível que estes LÓBIS queiram possam e mandem.
Eu quero, posso, e mando!.
Tu queres, podes e mandas?

domingo, 23 de junho de 2019

OS PASTORES TRESMALHADOS

Sempre houve rebanhos com ovelhas negras, brancas, bicolores, ranhosas, tresmalhadas e vão continuar a haver.
Um bom cão guia de rebanhos, com sabedoria e habilidade, com facilidade mete as tresmalhadas, dentro do rebanho.
Acontece que, ultimamente, tem vindo ao nosso conhecimento, através dos órgãos de comunicação social, que já não são só, as ovelhas, quaisquer que sejam as suas cores, que se tresmalham, são os próprios pastores a tresmalharem-se.
Quando isto acontece, fica difícil a qualquer cão guia, por mais experiência que tenha, meter ordem no rebanho, porque como é suposto, falta-lhe a ordem do pastor.
Pastores tresmalhados, também sempre houve, e vão continuar a haver.
Estes tempos, têm a particularidade de, com maior amplitude, sinalizarem e difundir estes pastores. Antes, o conhecimento dos pastores que se tresmalhavam, ficava quase sempre e só, no seio do rebanho. As ovelhas, como seres obedientes, acabavam por ignorar esta tresmalhação e recebê-los de novo como guias, não se sabe muito bem para onde as guiavam mas enfim lá iam indo.  
Acontece também nestes tempos, que as ovelhas pouco evoluíram, continuando a considerar que, os pastores tresmalhados, têm esse direito, o de se tresmalharem e mais do que isso, continuarem a ser pastores guias dos rebanhos. Invocam que, estes pastores ovelhas, são seres como Os demais, nestes casos, mais parecidos com os carneiros, já que são machos… e f…. tudo o que são ovelhas e até aumentam o rebanho...
Eu, que sou ovelha que já se tresmalhou há muito tempo, não entendendo este “tresmalhaço”, recuso-me a aceitar que, um pastor tem esse direito, não, não tem. Admito que, se possa tresmalhar, mas, não aceito e recuso que tenha esse direito.  
A continuarem a tresmalharem-se com esta frequência, sem que nada se altere, vaticino que o rebanho, ao contrario do pretendido com a sua tresmalhação que, é o de aumentar o rebanho, tenha como consequência a sua diminuição. 
Seria bom para todo o rebanho que, os pastores destes pastores, reflectissem a aceitassem a orientação do pastor supremo, para que, cada um destes pastores que agora se tresmalham, por...digamos serem mais fracos, pudessem fazer a opção, de escolher livremente a ovelha negra que, se assemelha mais com a sua cor...deste modo acabariam os tresmalhos e todos, ovelhas e pastores viveriam mais felizes.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

O QUE NOS DISTINGUE

Estes São heróis e patriotas
Estes sofrem de "Clubite"
Agora, no crepúsculo da comemoração do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, não posso deixar de voltar à “vaca fria” e, voltar a falar, no que constitui, a minha convicção, do uso indevido, abandalhado e criminoso, da bandeira nacional.
Faço-o não para me justificar, mas, para fazer um apelo patriótico, de compreensão e respeito, por aquilo que, nos representa enquanto nação.
Faço-o, em resposta aos comentários, totalmente descontextualizados, aos que não têm noção do que estão a argumentar, aos que acham que é “giro”,  que é “moda”, que fica bem, seguir o rebanho, e sem fundamento nenhum, abandalham os princípios, os valores, a educação e os símbolos nacionais, achando-se que, com este abandalhamento, estão a ser patriotas.  
Faço-o porque, continuam a azucrinar-me, e, a encher-me os ouvidos com razões que não são razão nenhuma.
Ainda não me convenceram que estou errado, mais do que me convencerem, demonstre-me que estou errado, com argumentação válida, e terei a humildade suficiente, e necessária, para admitir esse mesmo erro.
 Não vou repetir o que antes já disse, (escrevi) vou antes, contar uma história (estória), que neste caso, não é nem uma nem outra coisa, é apenas uma lenda, mas, como todos sabemos, as lendas têm sempre alguma história por trás.
Então reza assim a LENDA
Claro que estamos a falar de outros tempos, até porque infelizmente, nos nossos tempos, já não existem lendas, que bom seria que, continuassem a existir, sempre deixavam sonhar quem nos segue, vindouros claro.
Mas vamos à lenda
As armas da cidade raiana de Elvas, de onde sou natural, com muito orgulho, representam um homem a cavalo, empunhando uma lança na mão direita, de onde prende uma bandeira com as quinas de Portugal e, em roda do escudo, a legenda em latim: “CUSTODI DOMINE, UT PUPILLAM OCULI” – mais ou menos isto - GUARDAI-NOS SENHOR COMO A MENINA DOS OLHOS.
A tradição diz-nos que a origem daquelas armas terá sido o feito heróico praticado pelo audaz cavaleiro Gil Fernandes d’Elvas, ou  João Paes Gago, que houvera prometido ir ao campo de Badajoz e de lá trazer o estandarte português roubado pelo inimigo e que seria imprescindível recuperar.
Outra versão, reza que era dia santo, tanto no lado luso como no castelhano e realizavam-se as habituais procissões.
Num grupo de portugueses, animados pelas festividades, falava-se em guerra, e palavra puxa palavra, logo um deles, resolveu ousadamente mostrar a sua bravura, invadindo território castelhano com intenção de se apoderar do estandarte inimigo, SÍMBOLO MAIOR da Coroa que representava.
Tentaram dissuadi-lo, mas qual? Estava determinado !!!!!
E o dito cavaleiro, montou o seu corcel, e acompanhado pelos seus escudeiros e homens de armas, lançou-se para Badajoz, quando se realizava a procissão. Aí irrompeu por entre os crentes, arrebatou o pendão castelhano e regressou rapidamente a Elvas, com o estandarte inimigo a reboque.
Como podemos verificar, ambas falam de um estandarte – Símbolo Maior, se foi o estandarte português ou castelhano, pouco importa, o que importa é o Símbolo.
Continuando na lenda
Ao chegar ao castelo, deparou-se com as portas das muralhas cerradas. Uma, duas, três vezes o circundou, sem encontrar uma entrada. É que, os de dentro, viam ao longe os castelhanos furiosos e tinham mandado cerrar os acessos…
Desesperado, o cavaleiro ergueu-se sobre a sua montada e lançou o estandarte português? castelhano? Para dentro das muralhas, caindo, depois de grande perseguição, nas mãos dos de Badajoz.
Morreu honrosamente em combate e, as suas últimas palavra foram:
- Morra o homem e deixe fama.
Também, aquele que celebramos neste dia, Camões, nos Lusíadas, referiria, mais tarde com o mesmo sentido “aqueles que por obras valerosas / se vão da lei da Morte libertando”.
Seria este cavaleiro Gil Fernandes d’Elvas, o Bom, que foi Alcaide-Mor do Castelo e cujos feitos heróicos, nesta e noutras batalhas, não se esquecem? Chamaram-lhe “homem fronteira” os historiadores castelhanos e o próprio Poeta, contador dos feitos Lusitanos, o nomeia como um bravo na sua obra maior, os Lusíadas, no Canto XVIII, estrofe 34.
“Olha este desleal e como paga
O perjúrio que fez e vil engano;
Gil Fernandes é de Elvas quem o estraga
E faz vir a passar o último dano:
De Xerez rouba o campo e quási alaga
Co sangue de seus donos Castelhanos (…).
Seja como for a lenda, ou a história, o que sabemos é que o estandarte ou bandeira foi e é um SÍMBOLO MAIOR, pelo qual muitos deram e continuam a dar a vida. E na minha modesta opinião, não é nas janelas nem nas "clubites"que se respeita e se dá a vida pelo símbolo nacional.
Nesta Comemoração saiu um novo “herói” João Miguel Tavares, neste caso, não um Elvenses, mas um Portalegrense, já não era sem tempo… quantos heróis tem Portalegre? Bom, prossigo, que atirou com a “Bandeira das palavras”, não para dentro do castelo, mas do castelo para fora. E foi tão grande o seu acto heróico, que, a todos surpreendeu, ou talvez não, no dizer de alguns…
A mim não me surpreendeu, pela simples razão que não sabia quem era, e continuo a não saber, apenas sei, agora, que é jornalista, comentador, é casado, tem quatro filhos, filho de funcionários públicos, e, que chegou “aqui”, nas suas palavras, por mérito próprio… e faz parte de um “governo sombra”.
Sim, gostei do discurso, sem esperar nada, disse aquilo que muitos de nós dizemos, e queríamos ouvir, duma forma simples, terra à terra, de maneira que todos percebêssemos, e daí a força, e o heroísmo de nos ter atingido, pela surpresa, com a sua bandeira de palavras.
E agora que hasteou esta “bandeira” que vai fazer com ela? Esta é a questão?
Vai guardá-la como se nada tivesse dito, ou vai aproveitar a cavalgada, e fazer algo de diferente, ou seja do que defendeu, ou tornar-se um dos que criticou?
E os outros, os que fomos atingidos com a “bandeira” que vamos fazer? Esquecer?
Onde está o nosso patriotismo? Nos Campo de futebol com a bandeira nacional na mão ou atrás da vidraça da janela à espera de novos heróis?
Ou lutar e defender com a própria vida aquilo em que acreditamos, ouvimos e aceitamos como legitimo defender? 
O que nos distingue não é o sermos de direita, de esquerda ou do centro:
O que nos distingue não são as bandeiras que seguramos.
O que nos distingue é sermos nós.
O que nos distingue é a verticalidade e firmeza com que seguramos as nossas bandeiras.


domingo, 9 de junho de 2019

PESSOAS QUE NÃO SABEM ESTAR


É na exigência do cumprimento e no cumprimento da exigência que se molda o carácter e respeito do cidadão
(Isidro Santos)
Repito a frase do meu “post” anterior e volto um pouco ao tema, o respeito por aquilo que nos define e nos identifica enquanto cidadãos portugueses, para que não haja dúvidas transcrevo o artigo 11º da Constituição da República Portuguesa
Artigo 11.º
Símbolos nacionais e língua oficial
1. A Bandeira Nacional, símbolo da soberania da República, da independência, unidade e integridade de Portugal, é a adoptada pela República instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910.
2. O Hino Nacional é A Portuguesa.
3. A língua oficial é o Português.
Ainda, na sequência das Comemorações do “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, não posso deixar de escrever sobre “Camões” que, o mesmo é dizer sobre a língua portuguesa.
Quanto aos símbolos nacionais já dei a minha opinião, vou agora dar a opinião, quanto à língua “O Português”, e não parecer, porquanto os pareceres são dados por técnicos e eu não sou técnico, por isso, também posso cometer alguns erros, mas tento ao máximo evitá-los.
Tenho a noção que me estou a meter em caminhos que não domino, ou seja estou a “pôr-me a jeito” de ser cilindrado, mas, o que é a vida, senão percorrê-la por caminhos desconhecidos. Eu gosto da descoberta.
Nestes erros, já nem me refiro aos consequentes da adopção (adoção), ou não, do “novo acordo ortográfico”, que uns aceitam e seguem e outros não, é a liberdade de escolha de cada um !?...
Ah! Agora vêm os comentários, tantos sinais de pontuação seguidos não é erro? Ao que julgo saber, penso que sim, mas aqui, feito com intenção e na livre escolha do, “autor literário”, que só os mais inteligentes compreenderão.
Vem isto, a propósito, dos imensos comentários, descontextualizados, alguns a roçarem a ofensa pessoal, a misturarem no mesmo “saco”, a pessoa que sou, com a função que desempenho, voluntariamente e por gosto, naquilo que ainda possa ser útil à sociedade. Mas, dizia, esses comentários, para além do atrás referido, o que me indigna, é o uso escrito do português cheio de erros ortográficos, para já não falar da sintaxe, por pessoas que não sabem estar.
Estes tempos, das redes sociais, da internet, possibilitam-nos que todos tenhamos voz, o que é óptimo (ótimo), mas também, nos possibilitam, com facilidade, corrigir os erros se nos dermos a esse cuidado e trabalho, mas, infelizmente, o que mais pululam pelas redes sociais, são comentadores de pacotilha e preguiçosos.
Não, meus caros comentadores, se não sabem escrever português, não comentem, aprendam primeiro e comentem depois. A língua, a par da bandeira nacional e do hino nacional identificam-nos como nação, consagrados na Constituição Portuguesa.
Pobre língua de Camões que tão mal tratada és.
Se tem orgulho em ser português aprenda a língua falada e escrita.
Não, nem tudo vai bem no “reino”, esforcem-se para deixarem de ser, “pessoas que não sabem estar”.
Suspeito que vão chover comentários, espero que desta vez, contextualizados e sem erros.

É na exigência do cumprimento e no cumprimento da exigência que se molda o carácter e respeito do cidadão

sábado, 8 de junho de 2019

UM OLHAR DIFERENTE

É na exigência do cumprimento e no cumprimento da exigência que se molda o carácter e respeito do cidadão
(Isidro Santos)
O Americanismo dos Símbolos Nacionais

Para conhecimento, e de acordo com a constituição da república portuguesa são Símbolos Nacionais.
1.      A Bandeira Nacional
2.      O Hino Nacional
No que se refere à legislação ordinária, Decreto-Lei 150/87 de 30 de março, diploma que veio regular a utilização da bandeira nacional em todo o território nacional, ressalvando apenas as normas específicas do âmbito militar e marítimo. Prevê-se o uso da bandeira em todo o território nacional (artigo 2º, nº 1), determinando que ela deve ser apresentada de acordo com o “padrão oficial”(o definido no artigo 11º da Constituição) e preservada em bom estado (artigo 3º, nº 1). Além disso, o governo, os órgãos do governo próprios das regiões autónomas, os governadores civis, os órgão executivos da autarquias locais e os dirigentes de instituições privadas poderão ordenar que a Bandeira Nacional seja hasteada (artigo 3º nº 2). Por fim, nos edifícios-sede dos órgão de soberania a Bandeira Nacional poderá ser arvorada diariamente, por direito próprio (artigo 3º, nº 3). A Bandeira Nacional deverá permanecer hasteada entre as 9 horas e o pôr do sol e, quando permanecer hasteada durante a noite, deverá, sempre que possível ser iluminada por meio de projectores (artigo 6º, nº 1 e 2).
Os símbolos nacionais são bens jurídicos considerados dignos de tutela penal. O artigo 332º do Código Penal pune com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias quem publicamente, por palavras, gestos ou divulgação de escrito, ou por outro meio de comunicação com o público, ultrajar a República, a bandeira ou o hino nacionais.
Feito em parte, o enquadramento jurídico, porque muito mais há sobre este assunto, passo a dar a minha opinião sobre o que nos é dado observar por estes dias na cidade de Portalegre na comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
A cidade está em festa, nas palavras da Sra presidente da Câmara Municipal de Portalegre. Sim, todos sabemos e vemos que há algum movimento que denota “festa” e, só por isso justifica uma visita a esta cidade. Só que a “festa” resume-se ao engalanamento da Rua "do Comércio” que cada vez tem menos, feito pelos comerciantes desta rua, ao Rossio e avenidas envolventes e ao “plastron” das forças armadas.
Mas, não é sobre a “festa”, ou o engalanamento das ruas, que vou falar. É sobre o que nos é dado observar do uso, de um dos Símbolos Nacionais – A Bandeira Nacional.
Já diz o povo que a memória é curta, e a minha naturalmente, mais curta é, ainda assim, consigo ir na minha memória, ao ano de 2004, ano em que Portugal organizou o Campeonato Europeu de futebol. Neste ano, assistiu-se ao americanisno, neste caso foi ao brasileirismo, do uso, indevido, logo censurável e criminoso do símbolo nacional, que é a bandeira nacional. Não havia janela, varanda, carros, roupa interior e exterior, casas de banho, sim, casas de banho públicas, onde não se visse uma bandeira nacional. No uso de roupas interiores e nas casas de banho não seria de estranhar o seu uso, já que não lhes faltaria “mastro” para as hastear. Bom, brincadeira à parte vou ao que interessa.
Numa caminhada, não muito longa, por estas ruas, deparei, à semelhança com 2004 e outros anos posteriores, ao engalanamento de janelas e montras com a bandeira nacional.
Não sei de quem foi a ideia, nem quem deu a ordem, para se engalanarem as janelas do “pombal”, leia-a, do desactivado hotel D. João III, com a bandeira nacional. Não foi, nem é, uma boa ideia, não foi, nem é uma boa decisão. A Bandeira Nacional é um Símbolo Nacional, não é um ornamento de decoração. O seu uso indevido é crime punível com pena de prisão. Numa cidade repleta de militares fardados e, muitos com patentes superiores, como me foi dado observar, como é que não há ninguém que se indigne, com este mau uso do Símbolo Nacional. Um militar fardado é obrigado a fazer a continência à bandeira nacional, perante tantas bandeiras que continência faz?.. É péssimo, é ultrajante, este uso indevido da bandeira nacional. Como militar indigno-me e denuncio este ultraje à bandeira nacional.
E questiono-me, 
porque não se lembraram de colocar como música e letra de fundo, o hino nacional? sempre seria uma forma de, o fazer lembrar, aos que o aprenderam, e que as gerações actuais, que já não o aprendem nas escolas, o aprendessem.
porque não engalanaram as janelas do "pombal" também com a Bandeira de Cabo Verde? já que o seu presidente e militares das suas forças armadas também assistem e desfilam na avenida?
Será que estes cidadãos, Cabo-Verdianos, têm um respeito maior pelos seus símbolos nacionais e não permitiram, e bem, o seu uso indevido? ou simplesmente ninguém teve a (in)feliz ideia de as juntar?
Ficam as dúvidas, responda quem souber.
Onde está O chefe da casa militar do Sr presidente da república?
Não Sr presidente da República, exija o cumprimento dos preceitos legais do uso da bandeira nacional e mande retirar todas as bandeiras nacionais usadas indevidamente.
Não Sra presidente da câmara municipal, se a ideia foi sua ou por sua ordem, ainda vai a tempo de as mandar retirar e, substitui-las pelos “guiões” com as cores nacionais, conforme o ornamento da Rua 1º de maio, isso sim decora a rua, decora o "pombal" recebe o Sr presidente da república com dignidade e com as cores nacionais, sem cometer nenhum crime, porque no meu entendimento, e eventualmente, quem mandou decorar as janelas do “pombal” e outras com a bandeira nacional está a cometer um crime conforme consignado na legislação aplicável.
Tenho consciência que este meu “post” é mais um “devaneio” e que naturalmente político que se prese, não se pode deixar influenciar e decidir pelos comentários dos cidadãos. Mas, ainda vai a tempo…não contribua para que as gerações que agora iniciam a sua cidadania não respeitem os símbolos nacionais.
Boa festa, e bom dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Termino conforme iniciei
É na exigência do cumprimento e no cumprimento da exigência que se molda o carácter e respeito do cidadão

sábado, 4 de maio de 2019

Vamos Ver!!!!

O CHIQUEIRO
Que a política é uma PORCA da SOCIEDADE, já eu tinha descoberto há muito tempo e, penso que muito partilham desta opinião, não constituindo surpresa para ninguém. Senão vamos ver.
Porca em ambos os sentidos, isto no caso de só ter dois sentidos, porque a mim, parece-me que, tem muitos mais, mas fico-me pelos dois sentidos.
Porca, porque engorda a olhos vistos, naturalmente que aqui, são os porcos que dela vivem, que engordam, quero dizer e sem rodeios os políticos, todos os políticos.
Porca, porque chafurdam na merda, que é o único sítio onde sabem viver. Confesso que não tenho qualquer apreço, por nenhum destes porcos quer vivam nos chiqueiros do PSD, do CDS, do PS, do PCP, do BE e nos chiqueiros de todos os outros que se intitulam PAN e por aí afora.
Só mesmo estes merdosos, conseguem fazer revolver as tripas dos que os alimentam, que somos nós, os não merdosos, que os alimentamos com os votos e os impostos pagos, que contribuem para a sua engorda e de todos os que rodeiam os chiqueiros.
Só porcos, conseguem num tão curto lapso de tempo, defender uma opinião e o seu contrário e, quererem fazer parecer que sempre defenderam o mesmo e que é o melhor para todos nós. PORCOS, e estou a medir as palavras porque me apetece chamar-lhes outros nomes, como por exemplo “filhos(as) da dita cuja”, e “filhos(as) de um c…..” (pai do bode).
Se os professores têm razão nas suas lutas? Certamente têm, como têm todos os outros, mas serão mesmo os professores, os verdadeiros professores, ou os outros porcos/professores/sindicalistas que apenas querem engordar também. O que isso implica não sei, e neste momento, não me interessa. O que me interessa, é que, se há dinheiro para uns terá de haver para todos. Porque não fazem justiça com todos os pagadores de impostos? Porque dão de mão beijada, balúrdios aos porcos/ladrões administradores de bancos, e pseudo investidores/empreendedores que mais não fazem que roubarem os impostos de todos nós. Que justiça é esta?
O “déjà vu”,
O porco maior, prometeu numa comunicação aos pagadores de impostos que, o chiqueiro que neste momento nos governa, se demitia, se a merda, classificação minha, mas tenho a certeza que ele partilha da mesma opinião, for aprovada pelo chiqueiro comum de todos eles. Uma chiqueiro a querer mandar no outro, que neste caso é em dois, o chiqueiro comum de todos eles (AR) e chiqueiro que se intitula de todos nós (PR).  Vamos ver…cá para mim não vai ser nada disso, há-de ser como aquele porco, que agora é comentador na TVI uma vez grunhiu “ demito-me, a minha demissão é irrevogável”. Só mesmo os porcos não têm grunhidos de “palavra”. Espero que desta vez o grunhido do porco tenha “palavra” e a cumpra.
Custa-me referi-lo, porque fui educado a respeitar as instituições e os SIMBOLOS NACIONAIS mas, que irá fazer o porco supremo? Acabar de uma vez com a porcalhada e extinguir os chiqueiros? Bom, mesmo que fosse possível, os porcos hão-de continuar e os chiqueiros continuarão cagados.
Como é possível, que esta porcalhada, só pensem neles mesmos e nas seus chiqueiros e não pensem, uma vez que seja, e de verdade, no chiqueiro maior a que chamamos PORTUGAL.
É, porque não acredito nos porcos, que há muito tempo, não cago o voto, em nenhuma dos chiqueiros, e em nenhum dos porcos. Continuo convencido do mesmo, que são todos uns PORCOS e por isso a minha bosta de voto não a vão ver tão breve.

terça-feira, 23 de abril de 2019

LOGO EU...

Logo eu, que que não sou dado a descobrir paraísos, celestiais ou terrestres, dou por mim, nesta páscoa, a fazer a subida, arrastando a família, na tentativa de os encontrar. Todos aqueles que, ousam encetar esta caminhada, descoberta dos paraísos, sabem como é cansativo, desmotivante por vezes, doloroso, ofegante, com muita paragens para descanso e reflexão, quiçá com vontade de desistir, de voltar para trás, mas o caminho faz-se caminhando, e um pé puxa o outro e o corpo avança e a mente que não quer, aceita. Mais difícil que fazer o caminho e encontrar o paraíso, é permanecer nele, quantas e quantas vezes nos sentimos na corda bamba, a atravessar a ponte, com medo de dar o passo seguinte, mas se confiarmos uns nos outros, descobrimos que estamos protegidos e motivados para continuar em frente. Mas, como quase tudo na vida terrena, depois de alcançado, depois de atravessada a ponte, deixa de ter o mesmo interesse e significado, é a nossa perpétua insatisfação, desta condição humana e, aí, iniciamos a descida, dizem que, “para baixo todos os Santos ajudam”. Ajudam? Eu duvido…mas quem sou eu para duvidar se a descida, com a ajuda dos Santos, é mais aliviada, ou pode ser tão difícil, dolorosa e penosa quanto a subida, só mesmo os que as fazem podem dizer. Eu, sinceramente não sofri, não sofro, não me foi penoso, não me é penoso, não me foi doloroso, não me é doloroso, faço as subidas e as descidas com gosto, as vezes que forem necessárias, porque o gozo, o prazer, está aí mesmo, nas subidas e nas descidas e não na permanência. É nas descidas, e no regresso a casa, que descobrimos que o paraíso existe e está em nós. Está à distância de um abraço, ao aproximar de um beijo, à cumplicidade de um olhar.

Que cada um encontre o seu paraíso.


sábado, 16 de março de 2019

A INJUSTIÇA DA LEI

Não, a justiça não é cega. Está vendada para não ver a sua injustiça
(Isidro Santos)
Justiça é a particularidade do que é justo e correto, como o respeito à igualdade de todos os cidadãos.

Lei – do verbo latino “ligare”, que significa “aquilo que liga”, ou “legere”, que significa “aquilo que se lê, é ainda o conjunto de normas recolhidas e escritas, basadas na experiência das relações humanas, que servem para ligar os fatos ou os acontecimentos ao direito
Se pesquisarmos sobre o que é a justiça, vamos encontrar imensas definições, a falar sobre as várias justiças, como por exemplo: justiça comutativa; justiça distributiva; justiça poética; justiça pública; justiça social, enfim imensas…como digo atrás, ah! e a justiça de Salomão.
Pelo exposto, e como todos já sabíamos, lei e justiça não são a mesma coisa. Porquê falar de lei e de justiça hoje? Para melhor se perceber o que pretendo dizer, vou socorrer-me de exemplos.
Se um operário fabril, trabalhador rural, ou outros considerados menos qualificados, no exercício das suas tarefas, cometerem um erro de avaliação, de execução ou omissão, é responsabilizado disciplinarmente e ou eventualmente criminalmente, com todas as suas consequências.
Se um polícia, PSP ou GNR, aqui não me interessa a “guerra” de ser ou não militar, e também não me refiro às outras polícias, porque as outras são consideradas “experts” o que, no entender de alguns, não cometem erros, logo não os vou incluir, mas, para que não fira susceptibilidades, também podem ser incluídos naturalmente, mas dizia, PSP ou GNR cometerem algum erro de avaliação, e têm de tomar a decisão, no momento, em cima do acontecimento, com a adrenalina próprias do momento, com o stress, com o medo, sim porque também se sente medo, com a ansiedade da situação vivida, da acção ou omissão a desenvolver e esta não for considerada, por aqueles que, nos luxuosos gabinetes, com ares acondicionados ligados, no quente ou frio, conforme o tempo, na paz dos anjos, e, na maioria das vezes com um batalhão de assessores, e “expert”, a mais acertada, estes PSP e GNR pagam disciplinarmente e/ou criminalmente o erro de terem tomado uma decisão, acção ou omissão. Tenho vontade de dizer, muito gostaria de ver esses “julgadores”, no mesmo ambiente, a fazerem a avaliação e a tomar a decisão e ver se coincidiriam no mesmo “julgamento”, mas, não é por aqui que vou…
Já ouvi e vi muitas críticas, a dizerem que os polícias têm formação e treino, para não se deixarem influenciar pelo “ambiente”, ou seja, pela violência cometidas pelos outros, contra si, e contra os que estão a protegerem, pelo stress do momento, pela adrenalina, pela ansiedade… tretas, mentiras de quem afirma isso, uns por ignorância, porque não sabem como são formados os polícias, outros porque gostam de serem enganados, outros porque acham bonito dizerem isso. Fui formado como militar e como polícia e também fui formador e nunca recebi nenhuma formação em termos psicológicos de como lidar com estas situações, é com a experiência, com o tempo, o que quer dizer que cada um lida e gere-as conforme a sua pessoa, o seu caracter. Hoje, não sei se houve alguma evolução nesse sentido, mas, atrevo-me a apostar que está tudo como antes.
Se um médico, técnico altamente formado, treinado e especializado cometer um erro de avaliação, a maioria das vezes nem isso é, é simplesmente falta de atenção ao ler a ficha do doente, ou fazer ouvidos moucos ao que dizem os que estão ao seu redor, operam ou cortam a perna direita em vez da esquerda, operam ou cortam as duas mamas porque antes cortaram a esquerda em vez da direita, bom, os exemplo podiam ser muitos, de referir que, estão num ambiente calmo na maioria das vezes, sem stress, com música de Mozart ou outro qualquer grande músico, sem violência, sem adrenalina, sem ansiedade, os que lhes acontece? Nada. Na maioria das vezes nem processo disciplinar e já sabemos porquê.
Se um juiz, técnico altamente formado, treinado e especializado cometer um erro de julgamento, num ambiente controlado e seguro, onde só ele manda, e todos lhe obedecem repare-se que aqui não é erro de avaliação, o que lhe acontece? Nada. Porque os juízes representam o estado e não podem ser responsabilizados directamente pelas decisões que tomam.
Se um politico, ao que dizem os melhores técnicos, nas diversas áreas, cometem erros de administração e gestão dos dinheiros que, são de todos nós, o que lhes acontece? Nada. Porque, se assim não fosse, estes mesmos, os melhores técnicos e profissionais, dos vários sectores, não quereriam estar na política. Tretas, mentiras que nos querem fazer acreditar. A maioria deles está na política, porque são incompetentes, são burros, sem ofensa para o animal, porque esse eu estimo e admiro, estão, porque sabem que não são chamados à responsabilidade, nem disciplinarmente, nem criminalmente, nem civilmente.
Se os juízes representam o Estado, que somos nós, os polícias representam-se a si próprios?
Porque o texto já está a ficar extenso e ninguém vai ler vou terminar. Onde está a JUSTIÇA?      
Onde está o justo e correto, como o respeito à igualdade de todos os cidadãos?